Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Garbo, elegância e boa aparência. Isto ainda existe entre nós?


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Garbo, elegância e boa aparência. Isto ainda existe entre nós?

                    Quando jovem Escoteiro meu Chefe dizia para mim: - Vado Escoteiro, garbo significa elegância, distinção, graça, boa aparência, bom porte, galhardia. Ser garboso é ser esbelto, bem apessoado, ter porte vistoso, elegante, é se vestir bem, é ser impecável. E isto faz de nós orgulhosos de sermos escoteiros. Não sei por que, mas isto ficou na minha mente para sempre. Aprendi que um uniforme representa uma organização mundial, se não desse exemplo o que pensariam os outros? Outro dia vi aqui um comentário de uma Vovó escoteira. Ela dizia: Chefe, como já relatei anteriormente sou somente avó de lobinho, mas o que tenho notado é que parece haver um certo desleixo, nem todos usam uniformes somente o lenço, cada um se veste como quer, na época em que minha filha participava do escotismo era diferente. Havia muita disciplina, todos uniformizados impecáveis, não entendo essa mudança. Pois através do uniforme distinguia-se que eram escotistas. Houve realmente essa mudança? O que dizer para ela?

                Eu sei que nos dias de hoje muitos que se tornaram escoteiros pensam diferente. Existe uma gama de adultos que acham que garbo é sinônimo de militarismo. E dai se for? Eu sei que não é. Eu sei que muitas organizações não militares primam em se apresentar bem para que sejam bem vistos e isto trás orgulho aos participantes. Eis que a UEB adotou a vestimenta. Não sou contra apesar de ser um caqueano de coração. Porque esta cisma com o militar? Afinal quantos deles foram escoteiros quantos deles ainda participam do movimento e quantas coisas boas estão fazendo na formação dos seus jovens? Porque criaram tantos tipos de vestimenta? Em que lugar do mundo isto existe? Tem os politicamente corretos que defendem. Dizem: Somos um país tropical de extensão enorme. Cada estado tem o direito de escolher. Verdade? Para mim não. Isto não passa de uma desculpa desconexa sem pé e sem cabeça. Para mim a UEB quando adotou a vestimenta com estas possibilidades deixou aberta uma janela que julgo ser a maior confusão e desordem na apresentação escoteira de todos os tempos. Sem entrar no mérito vejam o que B.P disse:

“A farda escoteira, pela sua uniformidade, constitui agora num laço de fraternidade entre os rapazes do mundo inteiro”. O uso correto do uniforme e a elegância na aparência de cada Escoteiro, individualmente, tornam-no um motivo de crédito para o nosso Movimento. Mostra que está orgulhoso de si mesmo e da sua tropa. Pôr outro lado um escoteiro desleixado, mas vestido, pode causar aos olhos do público, uma péssima impressão sobre todo o movimento. Mostrem-me um desses tipos e lhes afianço que provarei que ele é um daqueles que não conseguiu pegar o verdadeiro Espírito Escoteiro e não se orgulha de ser membro da nossa Grande “Fraternidade”. B.P.

                         Porque simplesmente não adotaram a manga curta e comprida? A calça curta e comprida? Quem disse que a liberdade de escolha nos daria maior apresentação do escotismo junto à sociedade brasileira? Quantos me disseram que com a vestimenta muitos jovens que não gostavam do caqui iriam correr para serem escoteiros? – Sem desdizer tenho várias testemunhas duas delas que nem sabiam que eu e Celia éramos Escoteiros – Minha vizinha comentou com a Celia minha Esposa – Dona Celia, fiquei horrorizada com o desfile de hoje. Os escoteiros andavam, alguns conversavam o uniforme não entendi bem, todos diferentes. Olhe que já vi antes escoteiros desfilando, com seus uniformes garbosos, educados, respeitosos no lugar onde estavam. E quantos mais pensaram assim? Onde em que lugar do mundo está acontecendo está torre de babel escoteira? Onde existem tantas escolhas para cada um usar seu instinto democrático e de liberdade de vestir o que quiser? E de quem é a culpa de tudo isto? Para mim da UEB que fez e desfez sem consultar a ninguém, que determinou sem perguntar as razões e partiu célere para vender sua nova aquisição na loja escoteira.

                          Sei que não tem volta esta “bagunça” desculpe o termo. Agora é hora da ação dos chefes. Tentem pelo menos se igualar na apresentação dos seus jovens. Se cada um na Tropa ou na Alcatéia escolhe o que quiser teremos sempre esta apresentação que na opinião e de boa parte da sociedade brasileira que já viu discorda e comenta desastradamente a nova apresentação escoteira. É preciso ser mais realista, mais firme no garbo de sua sessão. Temos uma reunião por semana e colocar o lenço ou usar uma camiseta para um noviço ou pata tenra até que vá lá que espera o dia de sua promessa. Mas sempre assim? Qual a explicação? Se na hora que deviam estar devidamente uniformizados não estão para que serve ter um uniforme ou vestimenta? A boa apresentação não tem lugar e hora, é um hábito de comportamento. Não quero ser dono da verdade, mas quando jovem trabalhei para ter o meu uniforme, trabalhei para ter meu chapéu. Nossa apresentação na época era para nós ponto de honra.

                          Esta liberdade de escolha não leva nosso movimento a ser reconhecido como educacional e pedagógico. Nada disto. Qualquer educador, qualquer pedagogo ou mesmo aqueles que poderiam nos dar atenção em nossas pretensões quando verem isto se afastarão. Os comentários de quem não participa estão aí em todos os lugares, só não vê quem não quer. Alguns poucos chefes estão dando mau exemplo. Usam chapéus esquisitos que nada tem a ver com o que diz o POR. Usam camisa da vestimenta e calça de outra cor. Usam lenço mal postado, enfim eu sei até que muitos vestem seus uniformes ou vestimenta na sede. Tem vergonha? Então deviam ter vergonha também de serem chamados escoteiros. Estou sendo rude? Paciência tem limites. Nunca pensei que no fim da minha vida teria que ver estes absurdos que para mim serão um atraso no nosso crescimento e reconhecimento no futuro.


                      Sei que minhas palavras não serão bem recebidas por muitos. Peço desculpa, mas no fundo não sei se deveria pedir. Mesmo com os novos tempos se os novos pensadores escoteiros disserem que garbo é somente uma palavra que não conduz a nada, que nos trás uma aparência militarista eu continuo a ser um Escoteiro daqueles a moda antiga. Mesmo que digam que os tempos Badenianos já ficaram no passado eu ainda luto pelo nosso reconhecimento nos meios educacionais brasileiros. Ainda sonho em termos empresariais, educacionais e políticos ou quem sabe um Presidente da Republica Escoteiro, daqueles que se orgulham do que foram que deram valor a sua promessa escoteira. Bom mesmo seria acreditar que eles sabem o que é palavra, o que é honra o que é dignidade. Bom mesmo seria saber que seu caráter estava acima de qualquer suspeita. Melhor ainda que fossem transparentes nos seus atos sabendo que valorizando o escotismo estarão valorizando a própria nação brasileira!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Técnicas de reuniões de tropa


Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Técnicas de reuniões de tropa
          
          Existem técnicas de reuniões de Tropa? Alguns acham que sim outros não. Se eu fosse ainda um Chefe jovem minhas reuniões não iriam mudar a rotina, a não ser que os monitores solicitassem. Há muito tempo a maioria delas seria como abaixo. E você faz assim também? Mas não se preocupe. Sei que a sua maneira sua Tropa vai muito bem obrigado. Eu acreditava que agindo assim estaria trabalhando no Sistema de Patrulhas. Não vou dizer para você fazer assim também, mas fica a dica.

01 – Antes de iniciar as reuniões as patrulhas já estavam reunidas no seu Canto de Patrulha, (em qualquer ponto da área de reunião) conversando, vendo assuntos pendentes, verificando como estão às etapas dos patrulheiros, as conquistas de eficiência. O Monitor e o sub. dando todo apoio nas provas de classe.
02 – Eu sabia que podia confiar nas patrulhas. Não haverá correrias sem necessidade, gritos no racha de futebol, uniforme desleixados e uns poucos em um canto, afastado dos demais. Eles sempre souberam que ao chegar para a reunião à patrulha tem seu lugar de encontro. Todos estarão lá, ninguém chega atrasado. É uma tradição;
03 – Antes do inicio usar meu apito ou o Chifre do Kudu com moderação. Usava mais os sinais de braço para evitar muito barulho e chamar os monitores, você sabe nunca se inicia uma reunião sem conversar antes com os monitores.
04 – Eles os monitores sempre sorridentes. Perguntam como vai ser a reunião, qual o tempo livre vai ter para eles ensinarem seus patrulheiros, qual será a patrulha de serviço para a próxima reunião. Eu sabia que a patrulha de serviço já preparou as bandeiras para o cerimonial;
05 – Ficava tranquilo. Os assistentes já separaram o material necessário para jogos e treinamento. Eu explico aos monitores como vão agir;
06 – Sabia que na chamada geral, eles irão correndo, (em fila) e formar por patrulha se apresentar não antes de dar o grito de patrulha. O monitor daria três passos a frente e dizer: – “Sempre Alerta chefe, patrulha pronta e sem nenhuma falta”. O Monitor se orgulha por não ter nenhum faltoso.
 07 – Sempre por sinais manuais todos iram formar em ferradura. O convite para o cerimonial de bandeira, onde o garbo e boa ordem se faria presente. Os patrulheiros indicados pelo Monitor da patrulha de serviço para a cerimônia de hasteamento tomariam seu lugar. Os escolhidos sempre promessados sabem que é uma honra e já aprenderam como fazer. Não haverá erros e nem precisa do Chefe ficar ao lado deles;
08 – Rotina após o cerimonial o Monitor da patrulha de serviço escolher um para fazer a oração. Ele já sabia que estava designado pelo monitor de sua patrulha e preparou uma bela prece, que todos terão orgulho em escutar ou acompanhar;
09 – Em seguida que tal formar em linha? Afinal é hora da inspeção Estamos realizando uma “Operação Patrulha Padrão” e esses pontos serão levados em consideração. Claro todos almejam a bandeirola Patrulha Padrão, que no mês anterior pertenceu aos “Corvos”. Todos os jogos e o treinamento também valem ponto;
10 - Sem esperar um assistente chamou os monitores para combinar os detalhes do jogo. Será um jogo bem forte e deve ser bem explicado. Os monitores irão explicar as suas patrulhas como será;
11 - Enquanto o assistente dirige o jogo, eu e os demais assistentes estaremos preparando o treinamento de técnicas escoteiras. Uma das poucas que irá fazer com toda a tropa, pois sabe que isto é função do Monitor;
12 – Fico alegre quando vejo as patrulhas ativas. Sempre em movimento ou no Canto de Patrulha, que tão bem conhecem. Orgulho-me dos assistentes. Um baluarte para a programação e a vida da tropa. Dou enorme valor a eles.
13 – Hora de uma palestra. Não mais que dez minutos. Sou o responsável. O tema é a Lei Escoteira. Procuro uma sombra, sentados a moda índia e vou logo dando o Jogo da Lei. Eu sei que isto é melhor que palestra. Ninguém gosta não é?
14 – O tempo passou quem sabe chegou a hora de troca de monitores entre patrulhas, para ver alguma etapa que estava programada naquele dia. Cada Monitor irá ver o conhecimento da outra patrulha, tudo no maior respeito. O sub.monitor recebeu bem o Monitor visitante. Uma norma de conduta que eles não esquecem.  
15 – Hora de cantar? Eu sabia que na tropa um Escoteiro tocava violão e o outro saxofone. Isto da vida a canção. Gritar não é cantar. Eu sabia que não tinha boa voz. Já tinha combinado com um assistente que tem. Dez minutos? Ótimo. Dizem que a música é uma maneira harmoniosa de se expressar por meio de sons, em uma maneira agradável aos ouvidos;
16 - Bem, está na hora de convidar os sub. monitores e juntamente com um assistente ver a limpeza e arrumação que fizeram na semana na sede. Função da patrulha de serviço. Vale também para a competição da Patrulha Padrão;
17 - Enquanto o assistente estava com os subs repassei com os monitores o jogo de adestramento que irá se realizar. Quem sabe a escalada com as escadas de cordas? Eles não sabem? Deixe que eles inventem. Quem sabe uns bons tombos irão divertir todos. Não é a arte de aprender a fazer fazendo?
18 - O jogo foi muito bom. Aproximando o horário de encerramento. As patrulhas discutem o próximo acampamento de final de semana. Já tinha marcado com os monitores de fazer uma visita antes. Nada melhor que conhecer o local antes de acampar;
19 - Agora é o ultimo jogo. Surpresa. A tropa não sabe como vai ser. Os demais não foram preparados e muitos deles são aplicados pelos próprios monitores. É um bom jogo, claro. Ainda bem que nestes anos preparei uma boa biblioteca e meus resumos eram ótimos. Sabia que depois do jogo teria de fazer anotações sobe o que os jovens acharam. No sábado anterior um dos assistentes foi quem preparou. Um sucesso!
20 – Final de reunião. Todos sabem que na tropa a pontualidade é ponto de honra. Hora de começar hora de encerrar. Feita a inspeção e oração a Patrulha de serviço dirige a cerimônia. Se houvesse entrega de distintivos ou especialidades seria a hora. Promessa no início, demais no final. Antes do debandar a Patrulha de serviço da semana se apresentou. Não é dia da Corte de Honra se fosse os pais seriam comunicados com antecedência que os filhos ficariam mais uma hora.
 21 – Três passos à frente, mãos cruzando abaixadas por três vezes. Hora do grito da patrulha em seguida da tropa e finalmente se todas as sessões estiverem ali o grito do Grupo Escoteiro.
22 – Claro que eu ficarei na porta da sede despedindo de todos. Um aperto de mão um abraço fraterno e diz ao pé do ouvido: Obrigado por estar aqui, conto com você! Isto tem um valor enorme e um Sempre Alerta do Chefe melhor ainda.
 23 – Sempre fico algum tempo após o horário esperando a saída de todos. Faço questão de agradecer aos assistentes, afinal são mais que isto são meus amigos. Ao chegar em casa farei meu relatório pessoal analisando como foi à reunião. E a próxima? Quem sabe os monitores irão preparar? Quem sabe eles dividirão entre si as etapas da reunião e irão dirigir?
          

                             E assim sua reunião? Ops, só sugestão nada mais... 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Cruzeiro do Sul & Lis de Ouro & Escoteiro da Pátria & Insígnia de B-P.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Cruzeiro do Sul & Lis de Ouro & Escoteiro da Pátria & Insígnia de B-P.

                 Já é rotina meus comentários falar sobre a evasão escoteira. Tenho tentado entender o porquê não temos crescimento, porque a evasão é enorme e porque tudo que temos no escotismo parece que não dá suporte as nossas necessidades em termos quantitativos e qualitativos. Existe um conceito e uma necessidade de que a sociedade brasileira deveria ter uma melhor noção do que somos e até onde podemos ir. São diversos os caminhos. Já escrevi dezenas de artigos sobre isto. Nossos lideres ainda não se deram conta que os resultados até hoje não são os esperados. Usam sim um palavreado bonito, simpático, e não é de hoje que ouço falar no Plano de Crescimento e Expansão, Planejamento Estratégico e assim por diante. Nos estados sei que fazem reuniões e mais reuniões e os resultados na maioria são quase nulos. Se um dia veremos um escotismo forte e bem visto nos meios educacionais ainda vai demorar. Nesta crônica abordo uma duvida do porque não temos milhares recebendo os distintivos que são exemplos e motivação para o Lobo, o Escoteiro, o Sênior e o Pioneiro. Antes de entrar no cerne da questão vejamos como o jovem pode chegar na etapa final e receber seu distintivo.

                       Eu gostaria de chamá-los de comenda e não distintivo pela sua importância. O jovem que o recebe é merecedor desta distinção não só pelo seu esforço, mas como exemplo aos demais. Igualar aos demais distintivos que recebe não sei se é o ideal. Afinal a Comenda é uma condecoração concedida a pessoas que se destacam em suas áreas de atuação, portanto o jovem que o recebe tem todo este direito. Pelo que vi todos eles são aprovados pela diretoria do Nível Local, homologado pela Diretoria Regional e certificado pela Diretoria Executiva Nacional deste o lobinho ao Pioneiro. É ou não é de uma importância enorme? Vejamos as etapas para cada ramo e o que se esperava do jovem que corre atrás de seu sonho:

Para ser um Lobinho ou Lobinha Cruzeiro do Sul.
• Tenha conquistado todas as atividades previstas no 2º Guia do Caminho da Jângal;
• Tenha participado de, no mínimo, três acampamentos ou acantonamentos;
• Tenha conquistado, no mínimo, cinco especialidades em pelo menos três ramos de conhecimentos diferentes;
• Tenha conquistado uma das quatro Insígnias de Interesse Especial do Ramo Lobinho: Insígnia Mundial Escoteira de Meio Ambiente, ou a Insígnia da Lusofonia, ou Insígnia do Cone Sul, ou a Insígnia da Boa Ação;
• Seja recomendado pelos Velhos Lobos e pela Roca de Conselho por ser um Lobinho dedicado, frequente às atividades da Alcateia e cumpridor da Lei e Promessa do Lobinho.

Para ser um Escoteiro ou Escoteira Lis de Ouro:
• Tenha realizado a totalidade das atividades previstas no Guia da Aventura Escoteira - Rumo e Travessia;
• Possuir o Cordão Vermelho e Branco;
• Possuir uma das seguintes Insígnias de Interesse Especial do Ramo Escoteiro: Insígnia Mundial do Meio Ambiente, Insígnia da Lusofonia, Insígnia Cone Sul ou Insígnia da Ação Comunitária; 
• Possuir pelo menos 10 noites de acampamento, como Escoteiro, com sua Patrulha ou Tropa Escoteira;
• Possuir a Insígnia da sua respectiva modalidade (Aviador, Grumete e Explorador), do Ramo Escoteiro.

Para ser um Escoteiro Sênior ou Guia da Pátria:
• Tenha realizado a totalidade das atividades da Etapa Azimute;
• Tenha conquistado o Cordão Dourado;
• Possua uma das seguintes Insígnias de Interesse Especial do Ramo Sênior: Insígnia Mundial do Meio Ambiente, Insígnia da Lusofonia, Insígnia Cone Sul ou Insígnia do Desafio Comunitário.
• Possua pelo menos 10 noites de acampamento, como Sênior, com sua Patrulha ou Tropa;
• Possuir a Insígnia da sua respectiva modalidade (Aeronauta, Naval ou Mateiro), do Ramo Sênior.

Para ser um Pioneiro ou Pioneira com a Insígnia de B-P.
• Tenha realizado 100% das atividades do Guia do Projeto Pioneiro;
• Tenha revisado seu Plano de Desenvolvimento Pessoal (Projeto de Vida);
• Tenha elaborado e executado um projeto pessoal, de relevância, com duração de no mínimo quatro meses, de sua livre escolha, cujo conteúdo seja aprovado pela Comissão Administrativa do Clã, que deverá cobrir os seguintes aspectos:
- Cujo conteúdo atenda uma das áreas prioritárias: Serviço, Natureza, Trabalho ou Viagem;
- Escolha da ideia; - - Planejamento e programação; - - Organização; - - Coordenação; - Execução; - - Avaliação; - - Relatório.


                          Não sei se é fácil ou difícil conseguir esta importante etapa escoteira na vida de cada um. Nem vou julgar esta extensa burocracia onde vários órgãos são responsáveis em avalizar e aprovar.  Porque isto não acontece? Têm-se mais de 1.200 Grupos Escoteiros no Brasil registrados. Pelo menos deveríamos ter mais de 10.000 jovens preparados para receber tais distinção. Isto acontece? Acho que não. Quantos são não dá para saber, pois para a UEB não é importante comunicar aos seus associados. Por baixo acredito que menos de 0,5% do efetivo recebem. Como nem sei se nossos dirigentes estão preocupados, se estão vendo uma melhor maneira de chegar lá, continuamos no velho chavão que a culpa é dos chefes. Um tema para meditar. Não para afirmar, pois no fundo os chefes de todas as sessões no Brasil acredito que devem saber o motivo. Quem sabe chegou a hora de nossos lideres estarem mais próximos das Unidades Locais, ouvindo, perguntando, sugerindo e melhor ainda sendo mais transparente em suas ações? Que o digam nossos dirigentes distritais, regionais e nacionais...

sábado, 21 de novembro de 2015

O dia que os chefes escoteiros foram parar no xilindró.


Conversa ao pé do fogo.
O dia que os chefes escoteiros foram parar no xilindró.

                     Ouve um tempo, há muito tempo lá pelo final da década de sessenta que me colocaram na função de Comissário Regional em Minas Gerais. Matuto do interior eu era bamba em nós, fazia mais de setenta escoteiros e marinheiros, um expert em Morse e semáforas e enviava mensagens com as bandeirolas subindo e descendo numa velocidade incrível. Era um mateiro de mão cheia. Meus campos de patrulha eram demais. Andei por este mundo de Deus em uma bicicleta ou a pé. Sabia me orientar pelas estrelas, tirava de letra as constelações no céu. Com meu chapéu de abas largas rodei em locais inóspitos, acampei em picos famosos, cheguei a ir de carona em Manaus. Mas não sabia viver nos meios da Corte. Entedia bulhufas de leis de normas o escambal. Até hoje não sei por que o Escoteiro Chefe um dia me chamou a sede regional e disse:

- Vado Escoteiro, me indicaram você. Disseram que vai dar conta do riscado. Não me disse o que fazer como fazer quando fazer e onde fazer. Pedi uma semana de prazo para pensar. Ele me deu cinco minutos. Afinal era o Presidente das Lojas Brasileiras na época uma empresa de tirar o chapéu. Arthur Basbaum não disse quem me indicou. Fiquei calado por cinco minutos. Aceitei sem mesmo consultar a Célia. Achei que precisava aprender e conhecer o escotismo em meu estado. Coloquei minha bota de sete léguas e rodei cidades, conheci chefes, grupos e o escambal. Risos. Desculpe, adoro a palavra escambal, ela engloba tudo que penso. O tempo foi passado, o primeiro Conselho Regional (hoje assembleia) foi um fiasco. Que sabia eu disto? Sozinho em uma mesa enorme quase peguei minha bússola silva para me orientar. Passou um ano passou dois e então foi à vez de Boa Esperança. Uma linda cidade próxima a Belo Horizonte, gente hospitaleira e amiga com um Grupo Escoteiro excelente.

               Nossos conselhos pela primeira vez em minas passou a ser uma vez em uma cidade outra na capital. Em Boa Esperança como em todas as outras cidades a fraternidade imperava. Nunca esqueci o Conselho em São João Del Rey. Em nosso Conselho Regional não tinha “sabidos” donos da verdade, conhecedores de leis e normas. Havia sim um estatuto um regimento interno e o POR. Mas o fator primordial era o abraço, a recordação de rever um amigo, de fazer uma rodinha com todas as autoridades presentes e o Zé das Quantas lá do sertão apertando a mão de todo mundo e abraçando quem podia abraçar. À noite a abertura oficial. Presentes autoridades, gente da alta roda, empresários e o escambal. De novo? Risos. Ao terminar e após o coquetel já eram mais de dez da noite. Melhor jantar no hotel onde estávamos hospedados. Saímos em bando juntos e pé, pois era apenas cinco quarteirões de distância. Uma turma risonha, contando causos, uns cantando e eis que alguém viu um muro com centenas de goiabeiras no terreno interno carregadas. Gente que coisa linda! Maduras, divez de todo tipo.

              Paramos para admirar. Um pequeno toco encostado no muro e alguém subiu nele até o cimo. Começou a jogar goiabas para os demais. Mas a aventura era boa demais para ficar olhando e esperando a sua vez de receber. A maioria subiu nas alturas, os pés de goiabas entortando, uma anarquia de chefes escoteiros sem igual. Era jovem, era Chefe, o padre da igreja de Boa Esperança, o Padre João de Juiz de Fora, o Escoteiro Chefe Darcy Malta, o Profissional da UEB nosso amigo, eu nossos assistentes, cinco chefes femininas uma delas DCIM do Rio (prefiro não dizer o nome). Uma farra de chefes sem tamanho. Todos na sua simples humildade de fazer uma traquina que fizeram na sua juventude. Eis que o dono do terreno e das goiabas viu e não gostou. Trouxe a policia. – O Cabo gritou: - Teje preso! Desçam todos. Vão todos para o xilindró seus ladrões de goiaba.

             Quando a turma se juntou após descer, ele viu o Padre Tavino da cidade. Olhou de Banda e viu Seu Nonato o vice-prefeito. Alguém raspou a garganta e não menos que Doutor Antonio o Juiz de Direto. O presidente da região Coronel Aragão ficou envergonhado. O cabo sem jeito não sabia o que fazer. Pediu desculpas. – Olhem turma vou facilitar para vocês, pego a chave com o dono e todos podem “roubar” desculpem, podem tirar quantas goiabas quiserem. A turma caiu na gargalhada. O Cabo não teve jeito se não rir também. No dia seguinte apareceu no local do Conselho o proprietário. Pediu a Palavra ao Presidente Regional Coronel Aragão do Exercito Brasileiro. – Gente um milhão de desculpas, não sabia que os ladrões de goiaba eram gente tão ilustres. A turma caiu na gargalhada. – Mas olhem continuou, abro meus portões para vocês. Podem levar o que quiserem, Boa Esperança se sente honrada por tão ilustres “pegadores” de goiaba. Kkkkkk.

Mentira? Não verdade. Aconteceu. Quem sabe aumentei só um pouquinho? Risos.                                     

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Bandeira do meu Brasil! Uma homenagem ao dia da Bandeira.


Crônicas de um Velho Escoteiro.
Bandeira do meu Brasil!
Uma homenagem ao dia da Bandeira.

Bandeira minha, de encantos mil, imagem linda do meu Brasil!
Quando te vejo bandeira amada, graciosamente assim hasteada,
E minha boca ainda infantil, fala bem alto, viva o Brasil!

                Tudo no escotismo é maravilhoso. Os acampamentos, a marcha de estrada, a fogueira crepitando, o nascer e o por do sol. Mas para mim o cerimonial de bandeira marca. Ali é onde o valente Escoteiro treme. Não é um tremor de medo e sim de honra e orgulho. Convidado ele olha para o monitor, o Chefe e parte como se fosse fazer um ato que ficará gravado em sua história escoteira, onde irá contar para seus pais, seus amigos o dia que foi privilegiado e escolhido para hastear ou arriar a Bandeira do Brasil. É um cerimonial realizado em todos os Grupos Escoteiros do mundo.  No inicio e no fim das atividades Escoteiras lá está ela lembrando que nossa pátria é nossa morada. Eu não sei mais de quantas cerimônias eu participei. Para mim e meus irmãos Escoteiros é um orgulho e uma honra estar ali, uma honra múltipla ser escolhido entre muitos para o líder do cerimonial. Seja em um hasteamento ou arreamento. Não importa onde seja, na sede ou no campo, no mastro ou arvorada sempre é um espetáculo que ninguém esquece.

                 Cada país, cada grupo costuma ter seu cerimonial próprio, mas inigualável. Ali em ferradura, em círculo, com a saudação Escoteira o objetivo é sempre o mesmo, elevar aos céus nosso amor à pátria. Não importa se ela sobe ou desce por um só Escoteiro ou lobo, por dois e já vi até três com sua bandeira no cerimonial. Já vi um Grupo Escoteiro que ela sobre enrolada e ao meio mastro ele se abre como se o vento a tocasse para ela mostrar todo o seu brilho. Tem aqueles que sobem ou descem devagar, tem outros que ela sobe ou desce por parte do cabo. Uma vez vi um cerimonial de Escoteiros do mar. Foi lindo, Enquanto ela subia um silvo de um apito de marinheiro se fazia ouvir. Quando jovem ainda existia na prova de Segunda Classe saber  desenhar, conhecer sua história e quem foi seu idealizador. Saber o que representa as cores é fácil. Difícil é desenhar.

                  Todos brasileiros sabem que o verde simboliza a pujança das matas brasileiras, o amarelo as riquezas minerais do solo, o azul o céu e o branco a paz. As estrelas os estados brasileiros, dizem que a frase “Ordem e Progresso” teve a influência de Augusto Comte, filósofo francês. Mas desenhar a bandeira me tirou o sono por muitas noites. É fácil? Tente e depois me diga. Você sabia que para calcular a bandeira toma-se por base à largura desejada? Esta é dividida em quatorze módulos iguais. O comprimento será de vinte módulos, a distante dos vértices do losango amarelo ao quadro externo será de sete décimos. O círculo azul no meio do losango terá um raio de três módulos e meio. O centro dos arcos da faixa brancas estará dois módulo a esquerda do ponto de encontro do prolongamento do diâmetro vertical, do círculo com a base do quadro externo. O Raio do arco inferior da faixa branca será de oito módulos e meio. A largura da faixa branca será de meio módulo. Chega, estou tremendo, já fiz, mas hoje? Ainda falta os módulos da largura da faixa branca, da posição das estrelas. Um estresse grande para quem não é bom matemático.

                   A bandeira tem normas, horas de hastear e arriar, A lei número 5.700 de primeiro de Setembro de 1971 define tudo sobre ela. As normas protocolares dos diversos órgãos governamentais e das Forças Armadas, embora divirjam nos detalhes concordam na maioria dos procedimentos. Mas não vou muito longe. O que sei é que todos nós Escoteiros temos um grande amor pela bandeira. Nosso respeito, nosso amor não tem como explicar. Dobrar, guardar ou preparar para as solenidades nos faz sempre ter um carinho enorme, ter noção da sua importância e quando somos os escolhidos muitas vezes temos medo de errar. Já vi chefes tremerem, já vi chefes assustados com a bandeira virada, já vi chefes correndo para corrigir seus Escoteiros e lobinhos, mas eu nunca fiz isto. Sou daqueles que só se aprende a fazer fazendo. Quem não erra nesta vida? Tão fácil dizer – Firme! E consertar? Deixai os jovens na bandeira sorrir, a ver ali seu orgulho de ser brasileiro!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!


Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha 
Brasil, talvez.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Rio Doce, Onde tudo começou. Mataram o meu rio e parte da minha história.


Rio Doce, Onde tudo começou.
Mataram o meu rio e parte da minha história.

                       - É muito triste quando o ser humano usa o que poderia ser bom, para destruir o próximo e sua autodestruição, impondo medos... No momento que algo vira discussão e desrespeito, já não existe mais nada ali, a causa e a verdade para que nos propusemos a lutar em união, não tem mais o porquê... Se tentarmos ajudar, praticar algo que nos foi ensinado de bom... Nos tornamos alvo... Tudo que existe um sistema e interesses não existe seres humanos e natureza.... Existe destruição e o meu coração chora e grita, pois gostaria de salvar o mundo e todos os seres vivos... Mas o ser chamado humano tem escolhas e a maioria prefere sempre usar o pior lado... Não compreendem que o resumo de tudo é a nossa evolução espiritual, o amor e o perdão.

                       - Somos preto e branco, pois os dois é preciso, para agir com amor e razão, para o nosso equilíbrio... Nada pode ser demais, pois sofremos... Não podemos modificar tudo, pois sofremos... Mas só sofremos quando esquecemos que temos que amar sem esperar e dar amor para os que realmente querem amor... Ajudar, tentamos... Mas não são todos preparados para ajuda, pois precisam ainda se ajudar... Ninguém vê o seu coração de verdade... Só a capa que vai voltar para Terra. Abençoados sejam ♡ nunca podemos regredir por sombras que só usam quem quer ser usado para nos abalar. Sejamos a cura para o nosso planeta. (MC Beth - livro natureza desconhecida)

            Mataram o meu rio e parte da minha história, mas não mataram minhas lembranças. Elas irão existir para sempre. O homem sempre o homem a destruir a quem sempre deu a ele a alegria de viver. Linda Natureza, é lamentável que a estejam destruindo! Mais lamentável ainda por aqueles que nascerão e não terão a chance de conhecê-la em toda sua essência e plenitude. Onde está o rio que tanto amei? O rio que me fez Escoteiro, o rio que deu de beber a um Escoteiro e sua patrulha, que alimentou com seus peixes, com seus pés de ingás, com suas goiabinhas chinesas? Com suas lindas corredeiras para contar histórias? Onde estão às cavernas do São Raimundo que tantas vezes dormimos ou em suas praias próximas a Aimorés? Onde estão as piteiras que nasciam na Ilha dos Araujos em suas margens nos dando a benção de fazer belas jangadas para o rio atravessar? Ah! Rio Doce que nunca vai sair da minha memória.

             Brincando de mocinho e bandido, nas suas margens pusemos para correr os valorosos soldados do nosso exército invencível, usando a astucia de uma abobora feiticeira a balançar nas suas águas límpidas e belas muito acima do Riacho Grande. E meus amigos índios de Crenaque? Onde vão pescar? Onde irão contar suas histórias em volta de fogueiras toscas na beira do rio a lembrar de seus antepassados? Dói fundo. Saber que nunca vou esquecer com nossos bólidos de aço a margear a estrada de ferro procurando aventuras, atravessando pontilhões enormes com medo dos milhares de vagões gritantes a passar. Fervendo água para nos lavar nas noites frias e soturnas dos belos acampamentos em Derribadinha, Conselheiro Pena ou na cidade onde nasci – Barra do meu Cuieté!

              O que vai ser da minha cidade onde cresci? Onde o escotismo meu deu vida, me deu canoas, me ensinou a fazer jangadas no Curtume do Gato Preto junto aos valorosos companheiros de jornadas. Valadares... Governador? Não o conheci, mas amava minha cidade. E lá na Pedra do Ibituruna olhar a cidade ver o rio serpenteando em sua volta, sorrindo para os que queriam pescar. Que subida meu Deus! Patrulha! Amanhã é as cinco, vamos descer o rio de jangada. Supimpa. Sem lugar para parar. O dia inteiro a navegar. Governador Valadares que me deu o sonho Escoteiro, Grupo São Jorge, lenço verde e amarelo, amor no coração a descobrir que a vida escoteira tem valores que só quem vive quem sabe onde pode chegar... Na sua palavra, na sua ação, no seu caráter e na sua vontade de ser mais alguém a agradecer a Deus por estar ali com companheiros, escoteiros como eu. Ah! Meu Nosso Senhor levai para longe o barro que invadiu e destruiu parte dos meus sonhos de amor ao Rio Doce.

                Helinho, Israel, Tãozinho, Chico, Darcy e Fumanchu e eu. Bolinha ou Vado escoteiro. Esquecê-los? Nunca mais. E o Fumanchu? Como era o nome dele? Tonhão? Cozinheiro de primeira pescava e cozinhava um peixe com farofa de milho como ninguém. Tudo pescado nas frescas águas do meu Rio Doce ou adjacentes. Não dá para esquecer o Tatu bola que passamos dois dias nas margens de Resplendor para pegar. Ninguem queria matar. Uma dó danada. Chiquinho dizendo que a carne era saborosa. Israel pegou o facão. Casca dura, procurar um lugar para enviar sua faca escoteira. Alguém gritou! – Olhem é uma “onça pintada”. Pimba! O tatu aproveitou e se foi. O Terceiro Escoteiro da Patrulha Lobo ainda lembra afinal uma historia escrita nos contos da vida. Linda de morrer, seu totem passeou por todo o rio que hoje está a morrer... Se já não morreu. Adianta dizer aos homens para não destruir em poucos dias o que a natureza levou milhões de anos para construir? Nunca mais, nunca mais vou ouvir o som das cotovias embaixo do pontilhão de Derribadinha. Nunca mais mataram o meu rio. Mas nunca matarão minhas lembranças!

“A vida dos animais e de toda a natureza”. não pode ser destruída pelos humanos.
Como podemos ignorar e destruir tamanha beleza e perfeição?
Não temos o direito de matar, seja para a nossa alimentação, vestimenta,
dinheiro, poder ou lazer. Destruindo a Natureza estamos automaticamente nos destruindo. Somos filhos da Natureza e nossos irmãos são todos os seres que aqui dividem esta vida. Lagrimas caem dos céus a cada ato insano
dos humanos que a cada dia vendem a sua alma atrás do sucesso.

Por um despertar da consciência de cada um.
Por uma forma de viver mais digna e correta.
Mesmo estando aqui só de passagem,
temos por obrigação fazer o bem.

domingo, 15 de novembro de 2015

É possível viver em harmonia como irmãos?


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
É possível viver em harmonia como irmãos?

Diversos países têm duas ou mais Associações Escoteiras funcionando irmãmente. Pelo que ouço falar e pelo que leio elas vivem em harmonia dentro dos princípios do respeito, da Lei Escoteira que dizem sermos amigos de todos e irmão dos demais. Portugal é o exemplo mais notório. Há um respeito mutuo e ninguém quer ser maior que ninguém. As atividades nacionais são compartilhadas. Nenhuma delas se intitula proprietária, dona ou possuidora dos direitos do nome escotismo. A União dos Escoteiros do Brasil não admite outra associação no país. Tudo fez para que elas desistissem, seja através de alguns politicamente corretos que disseminaram por suas localidades que estas associações devem ser vista como desagregador do escotismo. Alegam que a UEB tem leis tem direitos inquestionáveis. Afirmam ainda que elas não têm respaldo internacional. E para culminar moveram uma série de processos contra elas e além de várias unidades Escoteiras e seus os adeptos que com todo direito resolveram fazer escotismo fora das asas da UEB. Direito absoluto e incontestável.

Todas elas foram criadas dentro do espirito e método que nosso fundador estabeleceu. A Associação Escoteira Baden-Powell, (AEBP), a Federação dos Escoteiros Tradicionais (FET), a Liga dos Escoteiros tradicionais (LET) a Organização dos escoteiros Florestais (OEF), e podemos considerar também a Associação dos Escoteiros Independentes (OEI) que não tenho certeza se ainda existe lutam por um lugar ao sol. Não vamos esquecer os Desbravadores e as Bandeirantes do Brasil. A UEB não admite nenhuma destas associações. Julga-se proprietária de tudo que diz respeito ao escotismo. Abriu de norte a sul do país processos judiciais para a maioria delas. Pelo que sei e pelas informações que recebo a UEB não tem tido sucesso em seu intento. Tem sido derrotada em todas as instancias até agora. O gasto muito com tais processos pagos pela UEB ainda não foram abertos aos seus associados. O pior é que sabemos no final muitos irão pedir ressarcimento e quem sabe indenizações pelas acusações indevidas. Vejamos o que diz a UEB em seu site oficial:

- A União dos Escoteiros do Brasil, nos últimos anos, tem enfrentado grande proliferação de associações que, de forma clandestina (?) afirmam-se praticantes do escotismo. Com tal conduta, em claro desrespeito à legislação brasileira, (juízes de diversas instâncias negaram tal afirmação) fazem uso de expressões típicas tradicionalmente utilizadas pela UEB. Tratam-se de marcas com registro no órgão brasileiro oficial, responsável pelo depósito e registro de marcas - Instituto Nacional de Propriedade Intelectual - INPI. Incluem-se nessas marcas as palavras e expressões: escoteiro, escotismo, escotista, scout, sênior, guia, pioneiro, lobinho e jamboree nacional escoteiro, entre outras. (juízes que julgaram as ações não aceitaram estas alegações). A Direção Nacional tem clara sua responsabilidade em coibir o uso indevido da expressão “escoteiro” por aqueles que, fora da instituição regular e legalmente autorizada a sua prática no Brasil (?), põem em risco nossa história e respeitabilidade.

Vejam bem, a UEB se diz proprietária do nome Escoteiro e de muitos outros que sempre foram utilizados por B-P quando iniciou o escotismo no mundo. Afinal todas as associações Escoteiras mundiais adotaram tais nomes e a UEB no Brasil se diz a proprietária de tudo. Sei que até agora vários juízes em diversas instâncias negaram a ela este direito. Diz a UEB que fez o registro no INPI, Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. É certo tal procedimento? Quem lhe deu aval ou autorização para tanto? Ora se eu não quero participar da UEB, mas amo o escotismo e tenho uma promessa de anos não tenho mais nenhum direito? Ela diz que este procedimento põe em risco a nossa história e respeitabilidade. Verdade mesmo? Não seria ela a UEB quem está pondo em risco nossa lei tão apregoada onde diz que somos amigos de todos e irmão dos demais escoteiros? Ou será que Escoteiro é só os que têm o registro atual nesta associação? Para mim ela sim é a culpada por tais atos que no meu modo de entender são puramente inverdades e autoritarismo.

Eu não conheço profundamente as outras associações Escoteiras existentes no Brasil. Salvo os Escoteiros Florestais onde tenho muitos amigos com quem mantenho contato. Se procurarem nos sites destas associações verá que se preocupam em fazer o escotismo e pouco atacar a quem dela se desfaz. Dizer que elas têm direitos é questionável. Como diz um famoso comediante existem controvérsias. Outro dia li de um Chefe Escoteiro que vendo a impossibilidade de registro de muitos grupos, no Rally de lobinhos participaram vários que não estavam em dia com a UEB. O responsável jurídico mostrou seu saber dizendo o que eles os lobinhos nunca poderiam ter participado. Quem conhece as entranhas da UEB e suas diretrizes distorcem em normas absurdas e leis que ela própria fez para se declarar como a única verdadeira a praticar o escotismo no Brasil.

Agora mesmo estou vendo um cartaz feito por uma região escoteira da UEB que diz: - Ser Escoteiro é ter: - Honra Integridade, Lealdade, Presteza, Amizade, Cortesia, Respeito e responsabilidade. Será que tudo isto é somente palavras para os seus associados? Onde está nossa honra? Nossa palavra? E onde está nossa promessa? “Não me esqueço da frase de Caio Júlio Cesar que através dos tempos viu sua frase ser repetida tantas vezes que ninguém mais esqueceu: - Á mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”. Em um mundo que supervaloriza a imagem e as aparências - embora com certa hipocrisia pregue que “o ser” é mais importante que “o parecer” – facilmente se explica porque a frase ganhou popularidade. Oxalá aqueles que a empreguem no futuro saiba, ao menos, que estão valorizando as aparências em detrimento da verdade.


Admiro todas estas organizações pela sua tenacidade em não desistir. Não pertenço a nenhuma delas, mas tenho um sonho, um sonho igual ao de Martin Luther King e tento ao meu modo Escoteiro interpretar suas palavras: - Podemos nos unir trabalhar juntos, cada um decidindo seu próprio destino. Com fé poderemos fazer um belo escotismo, podemos rezar juntos, acampar juntos, lutar juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser Escoteiros irmãos. Esse será o dia quando todos os filhos de Deus irão gritar Aleluia, e darão um abraço escoteiro que irá durar para sempre. Neste dia iremos aprender a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, e seremos irmãos de sangue para sempre... Tu e eu! Eu sei que tem alguma coisa que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas. Temos de aprender a viver em paz com nossos irmãos escoteiros ou morreremos odiando a quem devíamos amar. Não é com violência e prepotência em destruir pessoas que iremos atingir nossos objetivos. Aproximar-nos e sermos mais amigos e irmãos seria sim um objetivo real nos nossos princípios escoteiros.

sábado, 7 de novembro de 2015

Está faltando motivação em sua patrulha?


Conversa ao pé do fogo.
Está faltando motivação em sua patrulha?

Caros monitores de patrulha.

                 Estou escrevendo este pequeno adendo pensando que alguns de vocês podem estar sentindo-se desanimados, vendo suas patrulhas a cada reunião mais e mais perdendo a motivação. Isto já aconteceu em minha patrulha muitas vezes quando eu era da idade de vocês. Chega uma hora que os jogos as atividades aventureiras vão perdendo aquele sabor que tinha no inicio quando começamos nossa jornada no escotismo. Passado o tempo muitos já pensam em outras responsabilidades na vida pessoal, aquela conversa franca já não está mais adiantando. O Conselho de Patrulha virou uma rotina de um pequeno papo e todos querendo ir embora, pois outro programa os espera. Sei que a maioria dos meus irmãos chefes escoteiros vêem com preocupação e tentam ao seu modo animar ou mesmo conversar com os rapazes e moças mais velhos da patrulha e que podem sim motivar a patrulha para que ela não desista do seu ideal.

                 Muitas vezes isto acontece por nossa causa, nós chefes também temos aquele dia de desanimo, de cansaço, de um trabalho exigido demais na nossa vida profissional e familiar. Dizer que alguns assuntos só podem ser resolvidos pelos pais é jogar nas costas deles muitas coisas que nesta missão nós prometemos seguir e enfrentar. Assim não sei se é a melhor solução. Uma vez meus caros monitores me embrenhei em plena mata, com os monitores a procura de achar a melhor solução para dar uma nova vida, uma nova alma aos escoteiros da patrulha. Foi bom, pois ficamos ali por dois dias só em função de achar o caminho do sucesso que poderia dar novo animo a patrulha. Sempre soube deste que me entendo por Escoteiro que você pode ficar com um jovem por anos a fio na tropa sem conhecê-lo em profundidade e em três ou quatro noites de acampamento saber tudo sobre ele.

                 Já ouvi de muitos monitores dizerem que alguns patrulheiros se mostram aborrecidos e desalentados com as atividades e que a estes faltam o espírito Escoteiro que todos nós buscamos. Até posso compreender a aflição de um monitor ao ver que a patrulha não anda, não deslancha e a tristeza é maior quando no sábado alguns passam a faltar sem uma boa explicação. Um dos monitores disse aos demais que as Atividades de Patrulha estavam deixando a desejar. Ele não sabia como fazer para entusiasmar novamente a todos os patrulheiros. Só sei que ficamos quase uma noite em volta de uma fogueira, muitas vezes em silêncio olhando as estrelas no céu sem ninguém ter uma boa ideia, uma boa sugestão para que tudo voltasse como antes. Um deles me chamou a atenção para um fato – Será que nós monitores não temos culpa? Qual o exemplo que estamos dando? Outro se perguntou quantos Lis de Ouro a Tropa teve nos últimos dois anos. Isto gerou uma discussão gostosa e que as perguntas apareciam e as respostas também. O desanimo poderia ser pelas especialidades, pelas etapas, pelos cordões e até mesmo pelas estrelas de atividade que estavam rareando.

                 Chefe! – Disse um dos monitores, na minha patrulha apesar de todos os meus esforços não consigo que os meus escoteiros se compenetrem dos seus cargos, Parece que só vão por aonde eu vou e fazem o que eu faço... Todos nós ali em volta da fogueira olhamos para o monitor e olhamos para dentro de nós mesmos. Como acertar sem conhecer os desejos e as dúvidas de cada um deles? Como educar e forjar caráter se não conhecemos bem a cada um dos nossos comandados? Estas ponderações resultou numa animada discussão ali naquela floresta, sob um fogo que estava quase apagando não sei se por causa do calor de uma discussão gostosa que acontecia. Muitos se entusiasmaram de tal maneira que disseram para se próprio que era hora de mudar.

                 Chefe! Podemos passar uma noite em um acampamento com nossa patrulha? – Pensei que sim desde que tomada às providencias necessárias, em local escolhido a dedo, próximo a um sitio bem formado, quem sabe cercado e deixá-los viver por um dia e uma noite a certeza que haviam crescido e queriam se conhecer. Se este fosse o remédio porque não tomá-lo? Eu sabia que não seria a solução final, mas deixar que se entendessem que se conhecessem e que aprendessem a se respeitar seria um enorme passo para ajudar na motivação que tanto os monitores se ressentiam e que gostariam que agora tudo fosse diferente. Disse eles que para isto acontecer eu faria duas visitas ao acampamento para ver e sugerir prováveis desvios.  A partir daí faríamos uma grande competição por três meses, com prêmios aos que atingissem um patamar de eficiência, lutar para que as patrulhas se enfronhassem mais nos distintivos a que tinham direito. Era um jogo de todos e não de meia dúzia. Um plano foi elaborado.

                 Sei que não foi um sucesso tudo que foi feito, mas sei que foi um caminho que eles mesmos escolheram. Durante algum tempo a motivação aconteceu e a partir daí com a participação mais efetiva da Tropa seria sim um caminho a seguir para manter motivada e unida a patrulha. Sei que para mim foi uma grande lição. Quando confiamos à resposta será sempre positiva. Como dizia B-P ou somos ou deixamos de ser. A melhor maneira de manter a patrulha motivada é motivando nossos monitores e vocês são a alma e o coração da patrulha. Meu caro monitor, eu conto com você!


E olhem, eu desejo hoje uma fenomenal, uma extraordinária, uma estupenda, uma fantástica reunião de Tropa. Sempre Alerta! Atividades mil para vocês!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Programando o programa. (Parte I)


Conversa ao pé do fogo.
Programando o programa. (Parte I)
(aguardem a segunda e terceira parte)

                   Todo mundo conhece, todos os escotistas fazem. Afinal nada se produz sem ele. Alguns simples, outros complexos, mas todos com o mesmo objetivo. Conheci em minhas atividades escoteiras, muitos programas bons, outros nem tanto. Junto a tantos outros amigos escotistas, fizemos programas de sessões, de Diretoria, de Conselho de Chefes, de Atividades Especiais, de Grandes Jogos, de Região Escoteira, De Ajuris, de Elos, de Adestramento, de Atividades Nacionais e até algumas internacionais. Quando planejamos os programas das sessões e do grupo eles devem se entrelaçar. Como? Pensando em termos que todos os órgãos do grupo os têm (um programa). Alguns grupos todo final do ano fazem uma reunião própria para este tema, (Indabas dos chefes em regime de acampamento é muito válido) e costumam convidar a diretoria e alguns pais que sempre colaboram nos programas anuais. Isto facilita muito para se planejar adequadamente.

                      Se um programa geral é feito isto ajuda em muito as sessões escoteiras para fazerem os seus e a diretoria do grupo. Ninguém gosta quando um programa diz uma coisa e a diretoria ou o distrito programa outro sem avisar. Conheço Grupos Escoteiros que no final do ano sempre dão oportunidade aos jovens através das patrulhas e da Corte de Honra sugerir as datas do ano seguinte. Quantas excursões, quantos acampamentos, quantas atividades aventureiras e assim por diante. Os lobos também quem sabe podem ser consultados. O Diretor Técnico é responsável para que não haja comprometimento de alguma atividade que não conste do programa geral do grupo. Difícil imaginar um bom programa onde ele sofre constantemente modificações, adaptações e é fustigado por terceiros para ser alterado.

                     O Diretor Técnico, o Conselho de Chefes e a Diretoria tem a obrigação de manter o programa conforme se discutiu e foi aprovado. É importante notar que os melhores programas de sessões e que mantem os jovens ativos e Até B-P. no Escotismo para Rapazes dizia que o melhor programa é aquele desenvolvido pelos rapazes e moças. Afinal são eles a parte interessada e eles o fazem com perfeição em seus bairros, na sua rua, com os amigos que ali estão sempre juntos por anos e anos a fio. Difícil? Não. É bom lembrar que quem deve gostar do programa são eles e não o chefe. Estes estão ali para ajudar, orientar dar o rumo e finalizar os dados que ficaram faltando.

                     Alguns chefes pensam diferentes. Acham que os jovens não estão preparados e deixar por conta deles não haverá nada prático. Muitos irão sair, pois vão ver tudo diferente. Pode até ser. Mas foi tentado? Foi dado a eles ideias sugestões, instruções e aberto um leque de oportunidades? Não estou aqui a dizer que o que escreverem será feito. Tampouco será deixado de lado. Para isto deve ser discutido minuciosamente no Conselho de Patrulhas, no Conselho de Monitores e só após junto a Corte de Honra (muitas tropa só tem a Corte de Honra) será tomada uma decisão de qual programa será o escolhido. Nenhum programa ficará sem o “tempero” do chefe e dos assistentes. O que seria o “tempero”? – Jogos, canções, técnicas Conversa ao Pé do Fogo, e claro sugestões que não estarão ao alcance deles. Tais como, atividades distritais, regionais e nacionais. Mas é importante que estas não ocupem nada mais que 10% do programa anual.

                 Alguns chefes se ressentem com tantas atividades oferecidas pelo distrito, região e a Nacional. Dosar sem prejudicar o programa da Tropa é minha sugestão. Estes órgãos devem ter seus programas com antecedência e enviado aos grupos. Ninguém deve ser obrigado a fazer um programa que não foi planejado. Ninguém gosta de sugerir, aprovar e ver tudo alterado sem uma explicação lógica. Os rapazes e moças contam com suas atividades e quando elas são suprimidas deixam uma lacuna difícil de ser modificada no futuro. Se derem oportunidade aos jovens na sua sessão para fazer, montar e quem sabe até dirigir um programa em sua tropa, eu garanto que a evasão irá diminuir e muito. Deixe que façam sempre e verifiquem se a presença está melhorando, se os sorrisos aumentaram e se a procura agora é maior. Se for assim estão no caminho certo.

       Aquela velha tendência de reunir chefes e assistentes para fazerem entre si os programas a curto, médio e prazo sem ter um esboço feito pela tropa nem sempre alcançam os resultados desejados. É possível reunir jovens e fazer estes programas. O importante é fazer de tudo para manter a patrulha unida, ter um numero satisfatório de presença e lutar para que a unidade se preserve por muitos anos. Muitos dirão que dificilmente uma patrulha se mantem com seus próprios elementos por anos. Nenhum Chefe gosta de chegar à sede e ver as patrulhas formando com três ou quatro. É ruim fazer um programa com poucos e isto dificilmente será mantido por muito tempo. Torno a repetir, trabalhar para manter o jovem na Tropa é tarefa dos monitores, trabalhar para que os monitores façam corretamente suas responsabilidades com a patrulha é tarefa do chefe. Ninguem gosta de chegar à sede e ver que o programa é ruim, que os jogos não tem o sabor que esperam, e sabemos de antemão que é o primeiro passo para a desistência.  

      Lembramos sempre que BP criou um estilo, um método (Sistema de Patrulhas) e fugir dele é confirmar que os resultados não serão satisfatórios. Temos hoje uma evasão desconhecida. Ela prejudica muito o crescimento interior do jovem e isto contamina os demais. Sei de muitas tropas e alcateias cuja presença desanima muito não só os jovens como também a chefia. O pior é depois das férias muitos não voltam mais. Crescimento técnico, intelectual, e moral faz parte do adestramento Escoteiro. Ensinar o jovem a caminhar com as próprias pernas faz parte do jogo. É tão bom saber que uma patrulha está junta por anos e podemos confiar que tudo vai dar certo. E depois do passar dos anos, ver aqueles que foram nossos jovens, estarem dentro da comunidade agindo como verdadeiros escoteiros.


       O melhor caminho para o sucesso é ver os rapazes e moças reunidos por um bom tempo, alegres, motivados e esperando sempre a próxima reunião, o próximo acampamento ou a próxima atividade externa. Um Grupo Escoteiro é uma família. Unida. Fraterna. Onde o respeito mostra o grau de crescimento de cada um. Você faz parte da família. Veja onde é seu lugar e trabalhe para que todos sintam felizes no desenvolvimento de suas tarefas.