Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O Dossiê – O Escotismo Brasileiro no primeiro decênio do século XXI


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
O Dossiê – O Escotismo Brasileiro no primeiro decênio do século XXI

                     Há tempos tomei conhecimento do relatório feito pelo Dr. Jean Cassaigneau, antigo Secretário Geral Adjunto da Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME) e devido a sua grande experiência foi convidado pela União dos Escoteiros do Brasil para fazer um estudo de expansão e crescimento do Escotismo no Brasil. Produziu um excelente trabalho. Não o conhecia. Imaginem que isto aconteceu em 2007. Acredito que todos os órgãos escoteiros, aí incluindo Grupos Escoteiros no Brasil tenham recebido uma cópia pela importância do conteúdo. Portanto meus comentários hoje estão muito defasados. Afinal são quase nove anos quando foi publicado. Se suas observações ou sugestões foram aceitas não sei. Alguns dizem que sim. No Google tem alguns artigos a respeito.  Mas lendo-o com calma vejo que nada do que escreveu foi discutido ou apresentado aos membros do escotismo nacional. Dizer que houve mudanças é faltar com a verdade. Não vou entrar aqui em todos os detalhes de seu relatório, pois isto iria alongar muito. Quando vemos que nosso efetivo e nosso crescimento quantitativo ou qualitativo é pífio sinto que tudo que ele escreveu é perfeito. Acertou em cheio nas suas colocações.

                     Para produzir o relatório ele visitou dez regiões escoteiras, conversou com mais de cento e sessenta escotistas, pioneiros e até com pessoas não escoteiras. Ele mesmo diz que viu na UEB recomendações de membros ativos para modificar alguns aspectos negativos ou controversos e incentivar o crescimento tanto qualitativo como quantitativo. Isto até serviu de subsídios em seu trabalho. De posse de uma boa documentação seu relatório vai ao âmago da questão que eu acredito aflige nosso movimento, o deixando estagnado há décadas e décadas. Alguns amigos mais próximos a nossa direção confirmam que muito do que ele disse foi posto em prática e os demais itens por acharem impossível seu aproveitamento. Sinceramente até hoje não vi nada sendo posto em prática do que ele escreveu.

                De uma maneira simplificada, o seu estudo pretendia dar um salto quantitativo e qualitativo ao Escotismo Brasileiro. Claro, dentro de suas prioridades as mais importantes foram de recolher ideias, opiniões e sugestões de membros da UEB em boa parte do território Nacional, não só dos dirigentes. Não faltou uma identificação e uma análise das realidades e tendência. Comentou sobre uma proposta para uma visão de consolidação e desenvolvimento do Escotismo no Brasil. Não deu a solução, apesar de que ficou explícita no final do relatório. Deu a entender que em sua opinião existem sim soluções concretas, articuladas e coerentes. Interessante foi sua comparação entre os membros da UEB e a população brasileira. Só como exemplo, temos uma media de 0,4% (hoje é muito menos) de participação enquanto no Chile ela é de 0,22%.

                   Interessante notar seus gráficos do nosso crescimento é uma verdadeira “sanfona” de vai e vem. O ápice foi em 1991 e se manteve até 1993 aonde chegamos a mais de 70.000 membros (hoje passando um pouco dos 80.000 membros). A partir daí uma queda vertiginosa. Suas observações sobre a movimentação do efetivo nos estados é excelente. Faz um breve retrospecto da evasão e me baseando pelas minhas parcas informações não sei se concordo com seus números nos dias de hoje, pois a considero muito maior. Sua comparação com outros países sobre a arregimentação de adultos nos coloca em boa posição, mas em relação aos jovens perdemos e muito.

                  Poderia me aprofundar mais no seu relatório, principalmente no que disseram a maioria dos entrevistados. Mas isto iria alongar muito. Mas do que eles disseram não me escapa algumas preciosidades: - O escotismo é visto como um clube – Falta divulgação e quando é feita muita vezes é desvirtuada. Os jovens não escoteiros não compram muito a ideia do que estão vendo. Muitos escotistas e escoteiros tem vergonha do uniforme, não fazem marketing com ele em atividades extra-sede. (aprovaram o traje, é mais fácil se apresentar com ele que com um uniforme – nota-se que ainda não se pensava na vestimenta e se ela existisse naquela época ele ficaria abismado com as quantidades de escolha e a péssima apresentação ao publico). Não existe um bom trabalho para mostrar o escotismo na sociedade e principalmente junto aos responsáveis pela educação no país. Acham que o público acredita que somos um movimento fechado (sempre dentro das sedes escoteiras), mudar a imagem do Escoteiro “biscoito” para um escotismo com formação do caráter, um movimento sério com preparação vocacional e compromisso social. Rebatem sempre a vergonha de se mostrarem em público, sua linguagem (o programa) muitas vezes são incompreendidas. Mudar a imagem do Escoteiro “babaca”, do Escoteiro “cata-lixo” e bobo e diversificar para uma presença ativa na comunidade.

                 Isto foi que disseram a ele em suas entrevistas. Tem muito mais. Centenas.  Os próprios dirigentes da UEB na época (2007) já diziam que parece que somos uma organização secreta, não temos penetração visual. Ficamos trancados em nossas sedes. As pessoas respeitam o que conhecem, quem não é visto não é lembrado. TEMOS QUE VENDER NOSSO PEIXE! Centralização não é a solução. A Nacional busca fora o que tem dentro. Precisamos ter menos burocracia, menos política, menos instabilidade. A UEB é um trem com vagões pesados. A UEB não faz rodar a roda que inventou o Baden Powell (BP).  A UEB é como uma ostra – apenas abre-se e fecha-se imediatamente. A UEB cuida da política e não da administração. A ESTRUTURA DA UEB É FEUDAL E FECHADA. Cada membro da UEB está fazendo do seu jeito. É preciso ser um colegiado e não levar em conta a promoção pessoal. A UEB é uma fogueira de vaidade onde se briga por besteira!

         Isto meus amigos está no relatório. Não são palavras minhas. Claro, de 2007 podem dizer, mas será que mudou alguma coisa? Olhe para o escotismo de 2016, como ele é visto na sociedade brasileira. Tente entender o porquê até hoje não temos abertura nos meios educacionais ou empresariais. Tente entender porque temos uma alta evasão de membros. Antes de encerrar veja algumas outras pérolas do que disseram membros da UEB na época – O Escotismo, antes era desafio e conquista, agora é brincadeira. Qualquer grande organização que se preze, antes de ʺvenderʺ um produto novo, realiza uma pesquisa de opinião para saber se aquele produto irá ʺvenderʺ bem, ou a melhor forma de fazêlo. Perguntar não ofende, não faz mal, pelo contrário, valoriza a pessoa e torna a política mais sábia. Os escotistas e dirigentes, quando podem, têm que fazer ʺimportaçãoʺ (ou seria ʺcontrabandoʺ), de publicações, de um Estado para outro. O programa novo é calmo de mais.

                    Realmente não sei e não posso afirmar se fizeram alguma coisa sugerida pelo relatório do eminente Dr. Jean Cassaigneau. Sua experiência como antigo Secretário Geral Adjunto da Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME) não deixa dúvidas quanto ao seu excelente trabalho. Dizer mais o que? Vamos mudar quando? Vamos crescer quando? Esta fogueira de vaidades por poder, não importa onde, desde o Grupo Escoteiro até os dirigentes quanto ainda vai perdurar? Que os defensores continuem a defender o indefensável. Como disse nosso querido BP, o que importa são os resultados e infelizmente eles não são bons. 80.000 mil membros para uma população de 200 milhões de habitantes não é nada. Não fiquem satisfeitos com suas alcateias e tropas pequenas, não fiquem alegres com estas atividades caça-níqueis de nossos dirigentes. Procurem ver se a evasão existe e cobrem das autoridades. Todos nós somos responsáveis!  




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Se não existirem as tradições a mística e o simbolismo, então o escotismo acabou.


Conversa ao pé do fogo.
Se não existirem as tradições a mística e o simbolismo, então o escotismo acabou.

                  Os meus artigos sobre mística, simbolismo, nossas origens e tradições tem sido os mais lidos atualmente. Chamou-me a atenção. Peguei todos eles e fiz um condensado, um livro em PDF. Após comunicar que estava disponível me assustei com tantos pedidos. Afinal o tema não foi esquecido e isto era formidável. Choveram pedidos de todo Brasil. De formadores muitos poucos, uma pena, pois eles sim poderiam ser a paliçada a defender o que de mais importante temos no escotismo. Os pedidos partiam de todos os estados e até de outros países. Confirmava-se assim que existe ainda uma preocupação para preservar nossas origens. Os chefes se ressentem por não mais existirem aquelas gostosas místicas, nossos símbolos que nunca foram esquecidos e claro nossas tradições. Sempre um ou outro a indagar que isto não pode nunca acabar.

                   O escotismo sempre esteve assentado em bases sólidas, com um programa definido e metodologia posta em prática com resultados em várias partes do mundo. Isto é discutível? Acredito que não. Somos um movimento de ação, de trabalho voluntário, mas diferente de tantos outros que existem por aí. Infelizmente em nome da modernidade estamos perdendo nossas raízes. Uns poucos se esqueceram do passado e vivem um sonho do escotismo moderno. Não há mais consultas, não há mais pesquisas e nem mesmo se dão ao luxo de saber se todos estão de acordo com as novas metodologias que estão hoje em pauta, copiadas de pedagogos e pensadores do primeiro mundo Escoteiro. Será que nossos resultados foram ou estão sendo bons? Onde estão os antigos escoteiros no seio da sociedade brasileira a valorizar nossa organização?

                   Qualquer membro do movimento vê que nossa evasão é uma das maiores do mundo. Se levarmos em conta o que B.P pensava na formação escoteira, precisaríamos de pelo menos dez anos na permanência do jovem nas suas fileiras. Mas hoje isto é uma utopia. Os nossos valores estão sendo substituídos. São poucos que ainda acreditam no “Fazer fazendo”. São poucos que conversam e dão liberdade aos jovens para dar seu testemunho e o que acham do escotismo atual. Ouvir o jovem dificilmente nossos chefes e dirigentes fazem. Eles se acostumaram tanto com deixa o vento me levar que nem mesmo se perguntam se era isto mesmo que os jovens querem. Chefes comentam, fazem, atuam sempre a dizer que eles adoram o que eles trouxeram de novo no programa. Esquecem-se que temos jovens de várias camadas sociais espalhadas em todo território nacional. A característica principal que nos definia não existe mais. Dois artigos foram sucesso quando os publiquei. O bastão Escoteiro e penacho tiveram centenas de chefes curtindo e compartilhando. A jarreteira já não existia mais. Muitos me perguntaram o porquê isto foi esquecido ou extinto.

                   Dizem que por segurança acabaram com as estrelas de metal. O sistema de provas de classe foi substituído. A bela tradição de abrir o olho do lobo na primeira estrela, de dizer que ele agora é um lobo dos bons na segunda estrela também se foi. Hoje ainda temos os cordões de eficiência e as especialidades. Muitas. Soube de um que conseguiu mais de cem delas. Acho que vi este filme nos escoteiros Americanos. Ainda temos o Cruzeiro do Sul, o Lis de Ouro e o Escoteiro da Pátria. As exigências mudaram. Os velhos sonhos aventureiros foram delegados ao esquecimento. Dizem que hoje isto não é mais possível. Os acampamentos de Gilwell ficaram na história. Ordem Unida é coisa de militares. Marchar nem pensar. Até mesmo um Cerimonial de Bandeira já tem formador dizendo que devemos ser sucinto e breve sem muitas pompas e misticismo. O Sistema de Patrulhas está sendo abandonado por muitos cursos que se tornaram um amontoado de técnicas modernas que nada tem a ver com o escotismo de B.P.

                         Quando nos aproximamos do escotismo o fazemos por acreditar que ele é diferente, tem métodos interessantes e sua simbologia agrega místicas que nos fazem pensar como são e qual sua importância no contexto. Poderíamos dizer que B.P era um místico? Acho que sim. Afinal ele fundou um movimento diferente de tudo que se conhecia até então. Um cerimonial de bandeira é místico? Formaturas por sinais é místico? Sistema de Patrulhas também seria místico? Uma Insígnia de Madeira também? E o aperto de mão, a saudação, a promessa quanto de misticismo temos aí? Pensemos que o Uniforme ou a vestimenta e seus apetrechos tais como o estilo militar, o chapéu e o lenço; os distintivos e provas de classe; as especialidades e a alegria de receber um certificado não seria um misticismo gostoso de participar e viver assim diferente em uma organização? Seria isto misticismo?                      


                       Peguem um fogo de conselho, existe mística maior? E as historias contadas ao pé do fogo que falam dos Cavaleiros da Távola Redonda, da luta de B.P no Transvaal, o primeiro acampamento em Brownsea, A força espiritual de Gilwell Park, o cumprimento da mão esquerda, as saudações Escoteiras, o lenço, o extinto tope com seu penacho, as jarreteiras, as estrelas de metal e tantos outros. Pessoas têm uma sensibilidade maior diante da natureza; outras, diante de situações humanas; outras, diante de intuições filosóficas; outras, diante de suas reações interiores ou quando se encontram em meio ao borbulho da vida agitada na cidade. O escotismo oferecia isto, uma vida de aventuras, uma mística que transcende o tempo, uma simbologia única, uma tradição quase imutável.


                     Quando isto deixar de existir então aquele escotismo de B-P também não será o mesmo. Não afirmo, mas estão tirando o sabor da aventura, da mística, dos nossos símbolos substituindo por outros fatores que julgam mais importantes. Sem perceber já estamos nos transformando em um movimento sem passado, uma historia que vai devagar se extinguindo. Hoje a alegria do jovem ao receber um distintivo, sem simbolismo, sem saber que seus ancestrais escoteiros se orgulharam em receber é um esquecimento do qual ele não mais vai se lembrar. Tudo isto vai aos poucos perdendo a graça. Ele nem sabia que seria assim. Agora o que vê nada difere do seu colégio, do seu computador ou celular. Estamos a perder nossos rumo, nossas origens nossos rastros que nos fizeram o maior movimento de jovens do mundo. A natureza se foi, o sentido da descoberta e andar com suas próprias pernas está acabando. Vai chegar a hora que já chegou para muitos: - Perguntar a si próprio se vale a pena continuar. A mística, o simbolismo e nossas tradições são nossas origens. Ela nos envolve por todos os lados. Ainda bem que tem muitos que não se esqueceram do seu passado e se dermos as mãos quem sabe poderemos ainda resgatar nossa memória. E isto meu amigo Chefe só depende de você! 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O garbo ainda tem valor nos dias de hoje?


O garbo ainda tem valor nos dias de hoje?

                            Um amigo, antigo escoteiro como eu no escotismo sempre aderiu à modernidade defendendo as posições tomadas pelos novos lideres que nunca ou quase nunca consultaram ninguém. Decidiram por si só, não ouve transparência, não ouve pelo menos uma pesquisa junto aqueles que fazem o escotismo em suas localidades.  São tantos os fatos acontecidos que escrevi dezenas de artigos, mas que no fundo eram como ecos no alto de uma montanha que sabemos serão repicados até desaparecer nos vales sombrios. Sempre tentei aceitar muitas das novas posições assumidas, esperava e ainda espero os resultados que dificilmente acontecem. Estamos sós nos meios educacionais, não temos penetração nos meios empresariais. A mídia só comenta nossos erros e a defesa de todas as outras organizações infantis e juvenis acontecem menos no escotismo. Mas e daí?

                     Boa pergunta, e dai? Bem ele tem lutado ao seu modo com a maneira legal do uso da vestimenta, muitas vezes documentada onde poucos se preocupam do que pensam a comunidade como um todo. Um vizinho meu um dia me viu de uniforme e disse? Existe ainda este? Balancei a cabeça. – Olhe senhor Osvaldo estive no desfile e vi uma turma vestido de todo jeito. Não havia uniformidade como já tinha visto antes. Eu nada tinha a dizer. Calei. Pensei comigo como sempre penso sobre o garbo que tanto nos orgulhamos um dia. Garbo, elegância de modos e de gestos, porte imponente, marcial. Será esta a publicidade que queremos? As defesas são diversas. Muitos explicando que o mundo de hoje é outro. A educação é outra. Eu como um Velho Chefe Escoteiro me senti só. Ainda me sinto. Tive que engolir a vestimenta e as explicações dos novos donos do poder e daqueles que não dizem nada aceitando a imposição sem indagação. A culpa não é deles. Acostumados a servir e aceitar nada disseram.

                      Enfim, o mundo de hoje já não é meu. Nunca foi, mas teve uma época diferente. Quando um dia entrei em um arraial bem longe da minha civilização, com a patrulha escoteira bem formada e juntou de gente na praça nos olhando. Claro, caqui chapelão e bem postados dissemos bom dia. Foi então que um senhor chegou perto de nós e disse: - Sempre Alerta! E olhou para a multidão e disse: São escoteiros minha gente, meninos do bem, de coragem de cidadania! Olho-me no espelho quando visto meu uniforme querido. Fico a pensar porque não houve um pouco de garbo, de brilho na confecção da vestimenta. Acostumado com o meião cinza me arrepio com a meia pequena. Exemplos do meu Chefe e seu porte garboso via sua camisa dentro da calça e todas as peças bem engomadas ou passada a ferro. Acostumado com o chapelão me estremeço com os chapéus de pano usados hoje. Acostumado com o garbo e o porte Escoteiro me pergunto se mudei tanto se hoje não é ontem e como será o amanhã.


                   Já me disse um dos novos chefes consciente da mudança existente no mundo que os de hoje também terão histórias para contar quando chegarem à minha idade. Que seja. Não desmereço, mas seria tão bom uma uniformização mais respeitosa, mais abrangente, mais sedutora a conquistar a comunidade brasileira como nós o fizemos um dia. Se éramos poucos como alguns pretendem dizer eu posso garantir que não somos nada. Nossa representação é mínima nos 5.500 municípios brasileiros. Quando teremos força, quando teremos apoio quando teremos um nome escrito no coração de cada um não sei se será no meu tempo. Mas não desmereço ninguém. Quem sabe um dia entra na liderança nacional alguém que raciocina que pensa que sem exemplos sejam verbais, pessoais ou ilusórios não seja como um motivo de aceitação somente por parte de quem está, mas também daqueles que nos olham e nos julgam por mais que possamos dizer que isto não é importante.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

As eleições Escoteiras estão chegando.


Conversa ao pé do fogo.
As eleições Escoteiras estão chegando.

                  Municipais? – Não. Escoteiras. Uai! Então temos eleições? – Claro que sim Zé das Quantas. Pergunte ao escoteirinho de Brejo Seco. Ele já ouviu falar. Agora todo ano tem. Renovam o CAN o Congresso Escoteiro e as Assembleias Regionais. – Mas isto não é bom? – Seria Zé, mas nada de novo no front. Você precisa ver as propostas. Cada uma “mais maió de grande” que a outra. A gente lê, fica de cabeça para baixo e lê novamente e não entende nada. Enquanto isto os "çabios” do nosso escotismo vão alterando sua forma, suas tradições, os métodos de educação que B-P deixou e assim o barco vai seguindo nas águas turvas de um rio que não tem mais fim. Remar sua própria canoa já era. Agora são eles que estão no leme. E o futuro? Grandioso! Eles fazem mil promessas. Sob a nossa batuta o escotismo será outro em pouco tempo. Quando ouço isto vou para a floresta conversar com o Tatu Bola e fico ali me esquecendo da vida!

                 Não sou chegado a este tal de planejamento Estratético, programa educativo e tantos outros que estão sendo praticados. Vejo falar nisto há muitos anos. Muitos candidatos vibram. Gosto de ver eles nas fotos. Vocês já observaram as fotos de quantos escotistas e dirigentes estão nas páginas das redes sociais? São candidatos. Falam bem deles. Caramba! Você os vê de uniforme, de vestimenta sorrindo, alguns com a camisa para fora (é norma dizem), chapéus esquisitos, meias brancas pretas e já uma vermelha pintada de amarela. E as fotos deles em cursos (belo exemplo para os cursantes) em reuniões de cúpula, em restaurantes, recebendo certificados, promoções, medalhas, em passeios para descanso após uma reunião, pois ninguém é de ferro. Fotos de meninos e meninas Escoteiras? Nem pensar. Parece que eles são o escotismo e não o contrário. Só postam os mais humildes, os mais simples. De vez em quando um coitadinho aparece recebendo uma Correia de Mateiro e um Lis de Ouro. Os grandões estão onde devem estar. Na cúpula sorrindo, abraçando recebendo medalhas sendo elogiados e o escambal.

                   Se tiverem um tempo visitem suas páginas. Uns gatos pingados em volta da bandeira. Desculpe, tem alguns que tem sessões completas, mas é difícil de ver. Alguns candidatos são de grupos Padrão Ouro. Uma vez cobrei fotos da patrulha no campo, suas pioneiras, formados para a inspeção ou só a patrulha em jornada. E os lobos? Estes pelos menos aparecem mais. As chefes sabem que ali está seu manancial de motivação e são mais perseverantes com a motivação. Já há alguns anos que a maioria dos estados apresentam suas chapas de candidatos ao poder. Isto é bom. Democracia plena? Isto não. – Os estatutos são claros, dizem. Eu me pergunto se isto está certo. Depois de eleitos fazem o mesmo que os outros fizeram. Lutar para mudar o errado, lutar para valorizar nossos voluntários, lutar para que as taxas sejam a menor possivel, lutar para que haja transparência, consulta as bases e boas discussões de temas ainda não vi em nenhuma chapa.

                          O que vejo hoje são adultos falando bonito, esquecendo-se de ouvir o jovem (base primordial da formação escoteira) procurando ser servido em vez de servir. Nas ultimas eleições elogiei uma chapa em São Paulo. Este ano não. Depois das eleições os que me procuraram nunca mais me disseram Sempre Alerta. Sei que ainda tem estados que as eleições são proforma. Sempre o mais antigo dirigente dizendo quem vai assumir.  Quem sabe alguma chapa terá como proposta alguns destes itens?

- Lutar por uma democracia plena, onde todos adultos terão direito de votar e ser votado, fazer uma grande pesquisa nacional para ouvir e analisar as opiniões sobre a evasão escoteira em todas as unidades locais.
- Montar uma comissão de novos e antigos para analisar e sugerir as vantagens do que antes tínhamos tais como: Tradições, simbolismo e místicas Escoteiras, programas progressivo, nomenclaturas etc.
- Voltar a discutir as vantagens do Sistema de Patrulha (tão esquecido hoje) e as bases fundamentais do escotismo feito por Baden-Powell. Lutar com todas as forças para que as taxas possam ser ao alcance do mais humilde Escoteiro ou do Escotista, dando a ele oportunidade de estar presente nas grandes atividades nacionais.
- Fazer um marketing agressivo com empresas, dirigentes educacionais, no intuito de conseguir apoio não só logístico como financeiro, mostrando a comunidade brasileira o que é e para que serve o escotismo. Ter bons profissionais para trabalhar junto aos órgãos federais, empresariais e organizações de comunicação para conseguir apoio e ou patrocínio para nossas atividades suavizando assim as enormes taxas que não estão ao alcance de todos.
                
                      Não coloquei aqui alguns temas que são preocupação de alguns escotistas. A homoafetividade e o reconhecimento de outras afirmações de crenças e não só o ateísmo. Que sejam bem vindas estas discussões, que se estude a possibilidade de atender suas necessidades, mas tudo sem prejudicar a grande maioria de jovens que hoje praticam o escotismo conforme vem fazendo há tempos. Como sou um Velho Escoteiro arcaico não vou de encontro aos novos tempos. Para mim é difícil acompanhar as novas metodologias tão apregoadas por boa parte dos candidatos. Não sou pedagogo e nem entendo nada disto. Eu ainda acredito que a modernidade e o passado podem andar de braços dados. No entanto quando meia dúzia passa a fazer mudanças sem consultas à maioria isto se torna uma ditadura onde não temos defesa e nem podemos cobrar os erros no futuro.

                          Em anos anteriores erroneamente dei meu aval a alguns candidatos em regiões e na Própria direção nacional. Foi uma mancada. Não sou eleitor e dificilmente posso comparecer as Assembleias. Afinal além de Velho sou um aposentado e nem “tutu” para a gasolina tenho, que de lá pagar um hotel, refeições e a nunca esquecida taxa de participação. E cá prá nós, chegar lá com a voz sumida, sem poder pedir a palavra, sem poder discutir nada em um breve seminário e onde terei que ver e ouvir os eruditos com propostas portentosas o melhor mesmo é ficar em casa. Ops! Esqueci, não sou registrado, portanto não existo para a União dos Escoteiros do Brasil. Já vivi muito estes parâmetros em outras eras. Nunca acreditei nas promessas feitas. Mas ainda bem que aparecem novos candidatos novas chapas, pois quem sabe um dia tudo vai mudar? Não foi um general amigo de Baden-Powell que na Segunda Guerra Mundial disse que – O possivel vamos fazer agora! O impossível daqui a pouquinho!    


Meus parabéns aos eleitos, que eles sejam felizes para sempre!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Jogos.


Conversa ao pé do fogo.
Jogos.

Ficou acordado na Corte de Honra que os jogos nas reuniões serão uma escolha da Tropa”. O Chefe ficará encarregado somente dos chamados “Jogos surpresa”. Cada Patrulha fará mensalmente sugestões apresentadas pelos escoteiros. Os monitores transmitirão entre si e aos demais às sugestões apresentadas por toda a Tropa. Nenhum jogo terá a formalidade de obrigação e sim jogado espontaneamente, não só pelo caráter competitivo, mas também pela simplicidade de jogar e divertir!
(transcrito de uma ata de Corte de Honra).

                  Definitivamente não vou dar aqui uma aula sobre como fazer e usar jogos nas atividades Escoteiras. Quem sou eu para isto. Vou somente dar o exemplo que ouvi de um Velho Lobo que me contou suas andanças em visitas a Escoteiros e ali pode ver se o método escoteiros estava sendo levado em consideração pelos jogos apresentados. Vejamos o que ele disse:

- Primeiro exemplo.
Uma visita em uma tropa de um bairro nobre, onde os jovens demonstravam ter conhecimentos intelectuais acima da média, e com um ou dois monitores bem adestrados e outros ainda tentando conhecer melhor suas potencialidades. Os demais aspirantes, pois notava-se a rotatividade na apresentação das patrulhas. Conversando com alguns chefes (Um com insígnia) ele pode observar um Assistente dirigindo um jogo. Pomposamente formou às patrulhas, chamou os monitores, deu às instruções e estes tiveram um tempo para orientar suas equipes. Até aí tudo bem. - O Jogo iniciou sem muito entusiasmo. Era complicado e cheio de regras. O Assistente parou o jogo pôr três vezes. Até que se deu pôr satisfeito. Senti pelo olhar nos seus olhos sua satisfação pela vitória alcançada! - Ele tinha ganhado o jogo! - Os jovens estavam ali, parados, cansados, com ar de quem estão acostumados e muito obedientes e disciplinados!

- Segundo exemplo.
- Nesta Tropa o Chefe fez questão de mostrar um fichário muito bem feito e acabado. Um pai era o responsável para classificá-lo. Os jogos estavam perfeitamente organizados, distribuídos pôr tipo, função, objetivo etc. Tudo conforme já se viu em palestras de curso. – Perguntou quem escolhia os jogos e fazia seus comentários antes e depois da aplicação. Ele respondeu que era ele mesmo, pois sabia e conhecia a reação dos jovens (comentou baixinho que era professor de Educação Física e que no momento estava cursando psicologia infantil). Participara de vários cursos de Recreação e Jogos e alardeou inclusive que fora convidado pela Equipe de Formação para dirigir e colaborar em vários cursos. Sua grande especialidade, porém eram jogos. Notou que ele era o único a dirigir e comandar. O jovem ali não se manifestava. Ele já conhecia tais tipos. Muitas vezes pelos jogos se conhece o Adestramento da tropa. Pobre dos rapazes!

                Ele teve o prazer de conhecer muitas tropas Escoteiras em suas andanças. Descantou algumas e teve uma que ficou surpreso com o desenvolvimento das patrulhas e dos jogos. Fator preponderante na formação do sistema de patrulhas. Ele me disse que o que mais o deixava triste eram as justificativas de faltas, de indisciplina e da preguiça dos escoteiros. Chefe, falou – Eles vão justificar a vida toda os fracassos e a falta de entusiasmo dos jovens. Não entenderam que eles são os próprios culpados!

- Terceiro exemplo.
- Quando cheguei, fiquei perplexo com tamanha confusão. Não havia apitos, chefes dirigindo, todos bem formadinhos feitos soldadinhos. A sinalização era feita com as mãos. Graças a Deus minha audição seria poupada daquela vez! - Ali estavam eles, em dupla, pôr Patrulha três ou quatro em outro canto. Todos espalhados. Notei logo a maneira do Adestramento. A Tropa era pequena, três patrulhas no máximo seis em cada uma. O Chefe estava alçado em um poste simples dentro da sede, junto a mais dois monitores amarrando um cabo. Ninguém olhava sinal que aquilo era comum. Mais dois monitores estavam com um Assistente recebendo instruções. Ninguém correu para me receber. - Não deram conta da minha presença. Fiquei a vontade e percorri cada Patrulha com satisfação. Era um Adestramento dos bons. Não só aos monitores como também os demais escoteiros da Patrulha. Ele já conhecia este plano de reunião. Estava em casa! Logo que o Chefe da Tropa me avistou me cumprimentou de longe e se desculpou pôr não poder me dar muita atenção.

- Um monitor se apresentou educadamente pedindo licença e dizendo ao Chefe sobre o jogo que seria realizado daí a alguns minutos. Apesar de combinado previamente (havia programa!) a maioria gostaria de fazer o jogo do mês anterior. O que o Chefe achava? - Ele concordou de imediato e pediu ao Monitor que preparasse o material. Bem acho que vocês não precisam saber qual das tropas está fazendo o certo. Pena que não foi filmado o olhar, a feição e a alegria reinante antes, durante e depois do jogo. Aquilo sim era diversão!

                     Jogos são sempre uma preocupação para os chefes não importa a sessão. Esquecem que o manancial são os próprios jovens que participam. Quem deve gostar são os jovens e não os chefes. Quantas boas ideias podem dar e garanto que irão vibrar com os jogos que tiraram da sua imaginação. Não sou um expert em jogos, mas dou algumas sugestões: - Procure desenvolver nas matilhas e nas patrulhas qualidades de liderança. “Se pretendermos que, nas horas vagas, eles saibam brincar sozinhos, devemos propiciar a eles a prática da direção das próprias atividades”. Para começar, partilhe com todos às suas responsabilidades de orientador de jogos. Vá aos poucos, delegando-lhes obrigação e autoridade, desde que tais coisas estejam à altura de suas capacidades. Dê-lhes não apenas incentivo para a prática da Direção, mas também, tempo. E não esquecer nunca: - Permita que a turma escolha, de vez em quando o jogo que vai realizar e eleja o seu dirigente. Discuta com elas os resultados dos jogos e faça-as participar do planejamento do programa semanal.


                     Encerro este comentário lembrando o que escreveu Theodore Roosevelt Presidente americano no passado: “Creio nos jogos ao ar livre e pouco me importa que sejam jogos brutos ou violentos e que ocasionalmente alguém se machuque. Não simpatizo com o sentimentalismo exagerado que pretende manter os jovens embrulhados em algodão. Na luta pela vida o homem formado ao ar livre sempre demonstrou ser melhor. Quando vocês brincarem, joguem duro e quando trabalhar trabalhem duro. Mas não deixem que os jogos e os desportos prejudiquem seus estudos”. 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

O Presidente do Brasil.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
O Presidente do Brasil.

                     Não, não vai ser eu. Nunca poderei ser. Nunca fui politico e agora seria impossível. Não tenho mais idade e afinal eu sou um Escoteiro. Para mim é questão de honra ter dignidade transparência e ética. Que me desculpem alguns presidentes que assumiram a liderança no país em algum tempo. Não vamos desmerecer todos eles, mas a politica me mete medo. Einstein disse um dia que seu ideal politico é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como individuo e nenhum venerado. Não é o que acontece na nação brasileira. Todos querem o poder, serem elogiados, e isto me lembra de Charles de Gaulle quando disse que nenhum político acredita no que diz. Fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele. E nunca nos esqueçamos de Maquiavel dizendo que o primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem a sua volta.

                     O líder da nação estará sempre em conluio com alguém. Para ter o poder tem de associar com outros políticos que só veem seu próprio interesse. Seus ministros são escolhidos de acordo com o voto que tem no Congresso Nacional. Se eles tem conhecimento do que irão fazer ninguém sabe. Fico pensando se um mágico dissesse: A partir de hoje fica proibido eleger todos que estão eleitos! Seria bom? Iria surgir novos nomes? Claro que não, mas só de pensar que estes 39 partidos que apregoam nos programas de TV e Rádio que são honestos, que vão mudar que vão fazer isto e aquilo fico pensando na cara deles quando não pudessem estar mais lá. O pior é que tem muitos que ainda tem a pachorra de acreditar neles. Eu e Célia todas as tardes em nossa varanda milagrosa (é lá que tiro da cartola do meu pensamento tudo que escrevo) quem iremos votar nas eleições deste ano. Em quem acreditar? Quem deverasmente podemos dizer que tem o espírito Escoteiro no coração para usufruir nosso voto?

                       Fecho os olhos e fico matutando. E se o povo do Brasil escolhesse alguém que nunca foi politico? Mesmo que ele não desse certo, que não fosse tão honesto, não seria melhor experimentar o novo em vez do antigo que provou que não merece confiança? Ou será que merece? É de doer ouvir suas promessas. A realidade brasileira está aí, ninguém pode duvidar que erros monstruosos foram e são cometidos – É duro ver a falta de caráter, de honestidade, ver homens que achamos que seriam probos roubando descaradamente e quando pego nas garras da lei repetem sempre: - Não sou eu! Sou honesto! Não tenho nada com isto! É culpa da oposição que quer me ferrar! – Já sei, o culpado é o marido da Zica Vírus que dizem não morde ninguém. Chamem o Japonês da Federal e o levem para Curitiba. Ops! Não é na sede escoteira nacional e sim para a polícia federal. Mas malhar em ferro frio é uma tragédia. Quando as eleições chegarem sempre vai ter um para pedir voto ao fulano. – Ele foi Escoteiro? Merece confiança? Vai mudar o Brasil? E eu então dou risadas.

                      Agora pensando bem, como são honestos nossos lideres políticos. Ninguém fez nada. No Mensalão todos foram inocentes. Agora na Petrobrás quando um juiz os meteu na prisão, cantaram igual passarinho. Interessante que ninguém sabia de nada. Os Presidentes da Estatal nunca ouviram falar. O tal Conselho da Estatal se reunia com olhos vendados. Vixe! Que dirigentes incompetentes! Na iniciativa privada não seriam nem faxineiros. E o Presidente e a Presidente ficaram boquiabertos em saber que estavam roubando o Brasil! E o povo meus jovens amigos acordou quando um peitudo chamado Joaquim Barbosa ex-ministro do STF manda gente graúda para a cadeia. Não esqueço o que ele disse: - "O caráter de alguém, para mim, não está na cara, na altura, na cor da pele, na força ou na posição social. Esta rara qualidade só existe em homens justos, dignos, que honram suas raízes e, acima de tudo, têm seu valor. Nada, nem ninguém pode comprar um homem íntegro e honesto”. O cara é Escoteiro e não sabe!

                         Mas pensando bem, sai um entra outro de peito e raça parecendo o herói Escoteiro do desastre da Serra da Mantiqueira. Dois seres diferentes um menino de calças curtas que disse andar com suas próprias pernas e o outro um novo que repete sempre que a corrupção não tem cores partidárias, que quem é extorquido procura a policia e não o mundo das sombras. Sérgio Moro é nosso novo herói. Seu estilo inconfundível mostra seu caráter e seu perfil de homem honesto. Será que foi Escoteiro quando jovem? E mesmo odiado pelos políticos, mesmo aplaudido pela população ainda enfrenta a sanha dos seus superiores onde muitos não escondem seu ciúme pelo seu sucesso. E o mundo vai girando. Os políticos vão se desgastando, mas como carrapatos se apegam aos seus cargos e não querem de maneira nenhuma perder a “boquinha” e ir trabalhar honestamente.


                          Ainda fico pensando, pensamentos abstratos e cheios de hipotéticos senões utópicos se um milagre pudesse mudar a mentalidade da nação brasileira. – Já pensou se escolhêssemos gente nova para todos os cargos políticos no país? Mesmo que nesta leva eleita tivesse desonestos, aproveitadores seria uma redenção. Pelo menos uma limpeza seria feita em um Congresso Nacional e na Política Brasileira de homens que não são homens, são párias, muitos desclassificados que estão a abusar da inocência de muitos que ainda acreditam em suas palavras. As palavras do Juiz herói repercute no meu pensamento, nesta tarde gostosa, na varanda da minha barraca onde estou a meditar se o Brasil muda a politica ou a política muda o Brasil. - 'Eu sempre recebo tapinhas nas costas de pessoas que dizem que [a Lava Jato] vai mudar o país. Não acreditem nisso. “O que muda o país são as instituições mais fortes”, afirmou. (Juiz Sérgio Moro).

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Mensalidades + Taxas = Patrimônio perfeito.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Mensalidades + Taxas = Patrimônio perfeito.

                Verdade? Bem sabemos que hoje em dia sem pagar taxas ou mensalidades não podemos nos associar a nenhuma organização. As cobranças são perfeitas. Você pode pagar por depósito em banco, cartão, boletos ou mesmo pelo celular que oferece mil maneiras de tirar seu rico dinheiro do bolso. E no escotismo? Bem cada Grupo cada Região e a Nacional têm suas fórmulas mágicas. Mas não pense que vai ter alguma coisa de graça. Não vai. Ou você paga ou então vá ser Escoteiro em outra freguesia. Até que concordo, pois sem dinheiro não podemos fazer nada, no entanto isto está virando um pandemônio para muitos jovens que querem ser como os mais bem aquinhoados e não são. Se eu disser como foi no passado os novos ricos escoteiros vão cair matando. Vão dizer que passado era passado, presente é presente e devemos nos precaver para o futuro.

                  Eu não sirvo de exemplo. Sou péssimo nisto. Afinal meus pais eram paupérrimos, a cozinha era junto com a sala e sentávamos em caixotes para as refeições. A tal mistura que dizem aqui em Sampa era uma vez por mês. Então entro para os lobos, minha mãe deu um duro danado lavando e passando roupa para fora para comprar o brim azul e ela mesmo fez meu uniforme. O grupo me deu o lenço, o meião e o boné. – O Grupo deu? Deu sim. Os chefes e simpatizantes faziam tudo para facilitar nossa vida. Cresci, virei Escoteiro, eu mesmo fiz minha caixa de engraxate. Com ela comprei meu uniforme caqui, meu chapelão, meu cinto, minha faca, minha machadinha, a mochila ganhei do grupo, o cantil um chinês amigo do meu pai me deu. Hoje? Necas! Isto não existe mais. Mensalidades naquela época? Dinheiro de hoje por volta de dois reais. Mixaria? Pode ser, mas a maioria não podia pagar. Acampar? Cada um pedia a mamãe um pouco de cada coisa. Nunca passamos fome e fizemos belos e lindos acampamentos. Eu que o diga com minhas mais de setecentas noites de acampamento.

                  Quando um grupo resolvia convidar outros para uma atividade em conjunto todos traziam seus mantimentos. Nunca se pensou em taxas. Claro que muitas cidades os prefeitos doavam a intendência. A coisa começou a se complicar com os novos dirigentes com pensamentos modernos e viram onde tirar nosso rico dinheirinho nos eventos regionais e nacionais. Apareceram as tais taxas. No início pequena, mas depois foram crescendo. Nossa liderança regional e nacional sabiam que ali tinha uma mina de ouro. Quem pagaria? Os associados claro. E ela daria o que em troca? Boa pergunta. Falam bem dela, do tal de SIGUE que ensina a você tudo, da sede nacional que está em pleno vapor e dizem que é linda. Da cantina que vende no cartão, e deve ter mil formulas seguras para receber seu rico dinheirinho. Dizem que lá tem dezenas de funcionários e até profissionais bem treinados. Verdade? Não sei assim me disseram. Ela é supimpa. Tem várias formas de cobrança. Não conheço todas, mas não vende fiado, se não pagar o registro não participa de nada e olhe se quiser registrar tem numero mínimo e não tem choro e nem vela. E olhe tudo é barato, vestimenta até de duzentos reais. Você escolhe o número e ela fabrica para você. Não reclame se desbotar. Ela não troca depois de um mês.

                   Não vamos só reclamar, ela ajuda os mais humildes com isenção de mensalidades não das taxas. Exige uma documentação que muitos ficam pensando se vale a pena comprovar que é pobre. Ah! Como é duro ser pobre! Apresentou tudo que pediram então recebem a carteirinha. Gente fina é outra coisa. Mas as taxas não tem meu pé me dói. Se não pagar não participa. Nos eventos nacionais elas são exigidas e soube que até em Jamborees Internacionais ou outros eventos fora do Brasil, ela cobra sua taxa fora a do país anfitrião. E em dólar, por favor! Vamos ficar só no Brasil. Vejamos as taxas dos jamborees no Brasil. Claro que eles tiveram inúmeros patrocínios, mas a taxa individual é sagrada. Ou melhor, salgada. Você paga uma taxa de quase um salário mínimo ou mais, tem o transporte ida e volta, alimentação extra e se quiser passear na cidade vai gastar mais umas moedinhas. Este ano a Assembleia Nacional será realizado no norte do pais. Um Chefe lá faz o que pode para dar tudo que pediram. Tentou hotéis mais baratos, tudo, mas a taxa tem que pagar a nacional não perdoa.

                    Quando da realização da Assembleia Nacional em São Paulo um passarinho me contou que a Região conseguiu patrocínio para tudo. Poderia ter sido tudo gratuito. A Nacional bateu o pé. Precisamos manter nosso caixa disseram. Muitas regiões fazem das tripas e corações para cobrar menos, mas agora a mensalidade do registro regional foi incorporada e se paga a parte. E os Grupos Escoteiros? Estes vivem na luta atrás de bens de capital, sem posses, sem recursos batendo prego em bancos de areia na beira dos rios. Sei que tem alguns com uma estrutura bem montada para receber o que lhe é devido. A maioria, entretanto nem receber suas mensalidades conseguem. E quando vão acampar? É um Deus nos acuda! Pede aqui, pede ali pede acolá. Participar de eventos regionais e nacionais agora é individual. Se algum jovem pode pagar vai e os demais ficam. Não exigem mais patrulhas completas. Agora é individual e lá as turminhas se formam enquanto os chefes na sua maioria passeiam de lá para cá a discutir o escotismo mundial de Baden-Powell. Soube que para cada jovem participante nestas atividades tem mais de trintas chefes presentes.

                        Não podemos reclamar. Tem cursos de dar em doido. Pode pagar a taxa? Então vai. Não pode? Faça economia bicho! Afinal não quer aprender? O Movimento Escoteiro é único onde o voluntário tem de pagar para ajudar. Ele paga suas taxas, mensalidades, dos seus filhos e olhe que tem muitos que pagam até dos filhos dos outros, pois ele chega com aquela carinha e diz: - Chefe! Eu não posso pagar! Quem dera eles tivessem uma estrutura profissional para cobrar dos pais às mensalidades. Tem grupos que são bem estruturados e tem soluções para tudo. Jantar dançante, bingo, festa do sorvete e não vai faltar a feijoada. Bendita feijoada que os chefes se matam para vender os ingressos e nem sempre dão os resultados esperados. Eu digo sempre falar é fácil, mas alguém da direção arregaçar as mangas e dizer: - Chefe conte comigo, sou da Região e da UEB, vim ombrear com você para montar um caixa em seu grupo de dar inveja. Sonho? Deve ser sim, pois me belisquei e acordei na hora.

                         Não adianta assessor pessoal, distrital, cursos e o escambal. Sempre teremos Grupos Escoteiros neste grande Brasil cuja estrutura é simples e nunca possuem nada no caixa. Fechar? Será que a UEB pensa assim ou vê neles uma maneira de arrecadar para ela? Cá prá nós, aqueles que labutam em grupos humildes sabem que nem sempre podem contar com os pais. Dizer para eles que quem precisa do escotismo são eles e não você é utopia. Ele na sua maioria não pagam as mensalidades. Afinal quem ganha um dois ou três salário mínimo, de onde vai tirar uma sobra? E o leite das crianças? Quem tem coragem de dizer: - Se não pode pagar, não traga seu filho aqui!  


                 Enfim como diz aquele Chefe bem formado, lenço bonito no pescoço, vestimenta nova, camisa para fora da calça (está nos trinques) bom emprego que olha para seus alunos no curso e diz: - Não existe almoço grátis. – Você pergunta: - E um pãozinho com manteiga tem? Acho que sim, quando for visitar a sede regional ou nacional eles vão lhe convidar para um almoço grátis no melhor restaurante ou vão mandar o cantineiro buscar um pãozinho seco e duro para você. Pois é e pensar que Baden-Powell pensou que quem precisava do escotismo eram os mais humildes e hoje vemos isto aí chega a doer não?

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Viver é adaptar-se com os novos tempos.


Crônicas de um Velho Chefe escoteiro.
Viver é adaptar-se com os novos tempos.

                    Ainda estou tentando me adaptar aos tempos modernos. A tecnologia bate a minha porta a cada instante. Não posso reclamar, pois foi através dela que dei a conhecer minhas ideias, o escotismo dos velhos tempos e como vive hoje um Velho Escoteiro fora do seu tempo. Um poeta dizia que as coisas mudam, quer você queira ou não. Você só tem de escolher: - Adaptar-se as mudanças ou sofrer com elas. Tenho muitos seguidores quando comento os velhos tempos escoteiros onde vivíamos um sonho. Mas eles são daquela época e como eu também tem saudades do seu passado. Mas e hoje? Vejo alguns novos e até mesmo outros de dez vinte anos de escotismo combatendo estas ideias que um dia viveram na mente de muitos jovens e que hoje são anciãos. Eles fazem tudo para desmerecer o ontem e tentam por demais valorizar o que é hoje e o que será o amanhã.

                   Desfazem do chapelão, da carrocinha cantante nas trilhas em busca de um lugar para acampar. Agora desfazem até mesmo do fundador. Afirmam que muitas de suas frases foram ali colocadas por outros. Dizem que o que ele disse não tem valor histórico e que sempre nos seguramos com mensagens de nosso interesse e não aquelas que ele também disse, mas não há usamos. Já vi um IM dizendo que ouvir os jovens é perda de tempo. Devemos sim mostrar a ele a força das ideias de um mundo moderno e que deram certo, mostrar um novo caminho e ensinar a vida como ela é hoje. Outro IM repetiu o chavão que os jovens de hoje querem acampar, plugar na internet e baladas. Estas místicas de promessa leis e tradições ficaram para trás. Quantos me contestaram sobre o sistema de patrulhas? Estes são aqueles que orgulhosamente comandam um cerimonial de bandeira para uns poucos lobos e umas duas ou três patrulhas com dois ou três cada uma.

                     Bem não vamos generalizar. Têm sim ainda Unidades Escoteiras bem formadas. Bem equipadas. Pais participantes e sempre atingindo o sonho dourado do Padrão Ouro. Outras lutam para conseguir seu lugar ao sol. Quem sabe será um novo escotismo, mas pensante retorno dos anos 80 até hoje. Sempre a me dizerem do novo escotismo. Sempre me contestando e nunca apresentando números de resultados. Sem desmerecer temos uma bom número de homens e mulheres que passaram pelas fileiras Escoteiras e hoje sabemos do seu caráter e de sua norma de conduta impecável. Mas isto é o resultado que esperamos? Quando uma União dos Escoteiros do Brasil “comanda” de forma autocrática com normas e estatutos feitos a quatro mãos podemos confiar? Muitos de hoje dizem que sim. Afinal garantem que esta é a democracia participativa. Se for então jogo meu remo ao mar e vou dormir no meu barco sem saber aonde ele vai me levar.

                        Mas fugi do tema. Fugi do passado. Fugi de muitos que nunca esqueci e não vou esquecer nunca. Hoje aquele programa progressivo não existe mais. Como sou um Velho gagá, decrépito e esclerosado ainda não entendo bem o programa de hoje. Muitos me explicaram, mas como entender? Salvo alguns que permaneceram como eram no passado os demais me ofuscam por causa de tantas especialidades. Copiam “lós Americanos” que tem cem duzentas e não sei quantas em uma faixa que deixa muitos embasbacados. A jornada que fiz de vinte e quatro quilômetros hoje seria uma hipótese absurda devido à marginalidade. Sair à rua virou um perigo, andar sozinho mais ainda, a segurança desapareceu. Meninos que deviam estar escoteirando estão roubando e matando em cada esquina. Mas sabemos que o escotismo moderno não é para eles. Pobres nunca terão vez. Se eu trabalhei engraxando para comprar tudo que precisava hoje não. Afinal com qualquer duzentos reais você compra uma vestimenta. Claro ela pode rasgar, vai desbotar e nunca terá a durabilidade de uma mochila as costas, dois ou três dias bivacando e acampando.

                      Hoje tempos o escotismo de papel. Como? Burocracia meu amigo. Tudo que fizer tem de colocar a assinatura, quem sabe pedir permissão, ou mesmo reconhecer firma para uma jornada maior com seus seniores. Se o seu assessor pessoal não concordar fica frio. Pelo sim pelo não os tempos são outros. Um dos meus arguidores sorriem quando me mostram suas razões. Não respondem quando pergunto dos resultados, mas cá prá nós, você que me lê também algum dia se preocupou? Desculpe mas você e eu sabemos que a maioria destes jovens terão pequena duração nas fileiras Escoteiras, sabemos que menos de dez por cento dos voluntários como você estarão na ativa daqui a cinco anos. Portanto escrever o passado, dizer como era, que muito do que foi poderia ser ainda não terá validade. Meia dúzia da liderança é quem decide. Quando deixo o pensamento fugir pela montanha em busca de uma caverna para hibernar fico a lembrar daquela quadrinha que tem no Caminho para o Sucesso do fundador: - “Tem gente que é um gansinho daqueles que vão atrás, nas pegadas do pai ganso vai seguindo o filho atrás, ele nunca fará nada que não tenha feito o pai”.

                     E para terminar quem sabe vamos chegar aos 85.000 membros no Brasil. Mas não chegamos neste número em anos anteriores? _ É Pouco? Muito? Isto é importante? Cada um de nós eu sei que tem sua própria resposta.

REME SUA CANOA
Canção (Paródia)

Um homem não deve ser boi de rebanho que vai empurrado pra frente sem ver:
Se firma o caráter, faz sua tarefa. E rema a canoa para onde quiser.
Sem medo, ele olha os escolhos que enfrenta: Bebida, mulheres, o jogo e os espertos. Não vai encalhar, porque as rochas contorna.
Remando a canoa com os olhos abertos.

Côro – Portanto, ame o próximo com a si mesmo, Vá indo pra frente como o mundo faz Não fique sentado chorando assustado...
Conduz com o remo a canoa, rapaz!

Do livro, Escotismo para Rapazes de Baden Powell.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A Patrulha Escoteira. Encargos.


A Patrulha Escoteira.
Encargos.

                 Existem uma gama enorme de treinamento para que a patrulha escoteira se torne uma equipe unida e forte. Hoje iremos focar somente na distribuição de tarefas, já que se cada um fizer sua parte à união de todos só trará benefícios mostrando uma equipe coesa e com os mesmos objetivos. O trabalho em equipe é divido entre todos os patrulheiros. Cada um com sua responsabilidade, conhecendo bem sua função e contribuído para que a patrulha obtenha o melhor resultado possível. Ao monitor o responsável compete motivar aconselhar e ensinar a cada um como fazer. Parece simples porem sabemos que uma patrulha coesa demora meses para atingir um hábito de comportamento no desenvolvimento de suas capacidades.

                  Os encargos na Patrulha são formas importantes para que a patrulha atinja seus objetivos. Muitas vezes estes encargos são escolhidos pela aptidão de cada um, outras vezes discutido e aprovados em Conselho de Patrulha. Sempre de comum acordo entre os patrulheiros. Algumas patrulhas adotam o regime de rodizio e isto traz bons resultados haja visto que cada um pode conhecer bem como desenvolver no campo e na sede em casos de substituições ou colaborações em situações especiais. Muitas tropas possuem as mesmas necessidades de cada cargo, mas as definições dos títulos podem divergir, o que é perfeitamente normal. Aqui iremos mostrar os mais usais na sede e no campo.

Na sede.
Monitor – É o líder eleito pela Patrulha e nomeado pelo Chefe da Tropa, é o elo entre a chefia e a patrulha. 
Submonitor – O braço direito do monitor e por este motivo é indicado por ele, em acordo com a patrulha. 
Almoxarife – É o responsável pela caixa da patrulha, onde se guardam ferramentas, lonas, barracas, cordas e etc. Também pela manutenção das ferramentas e solicitação de aquisição na falta de algum material. 
Escriba ou Secretário – Cuida do livro da patrulha onde consta o histórico e suas recordações. E encarregado da entrega das autorizações e avisos à patrulha. 
Tesoureiro – É o responsável pelo cofre da patrulha, arrecadação de fundos e do controle das compras. 
Administrador – Junto com o Tesoureiro são responsáveis pelos gastos da patrulha. Bibliotecário – Cuida da biblioteca (livros, manuais, guias), do blog e do mural da patrulha. 
Recreacionista – Faz atividades para a patrulha, sugere jogos e atividades e busca novidades para a chefia. Outros podem ser sugeridos conforme a necessidade de cada patrulha. 

No campo.
Almoxarife – Segue as funções da sede, mantendo o material organizado; 
Intendente – Este deve atentar aos mantimentos da patrulha, deixando-os protegidos e organizados, assim como responder ao apito da chefia (um silvo longo) para recebimento de material. 
Cozinheiro – Prepara as refeições e previamente o cardápio e a lista de mantimentos.
Auxiliar de cozinha – Encarregado em manter limpa e organizada a cozinha e auxiliar o cozinheiro quando necessário. 
Sanitarista – É responsável pela construção e limpeza do banheiro, fossa e latrina.
Aguadeiro – Cuida do abastecimento de água para a patrulha, inclusive para preparar alimentos. (busca, traz, vê se esta limpa, etc.). 
Lenhador – responsável por não deixar faltar lenha para a fogueira e principalmente, para a cozinha, é o único que tem permissão para entrar no canto do lenhador. 
Socorrista – Este deve ter pleno conhecimento de primeiros socorros e deve manter o kit (caixa) de primeiros socorros organizado, verificando se precisa repor algo. É uma função que exige bastante responsabilidade. Assim como na sede outros encargos podem ser criados conforme a necessidade. 

O Monitor é responsável pela administração, disciplina, treinamento e escolha das atividades de sua Patrulha. Preside o Conselho de Patrulha e transmite aos companheiros os conhecimentos, habilidades e técnicas escoteiras. 
O Submonitor auxiliará e tomará parte destas responsabilidades, bem como comandará a patrulha quando o Monitor não estiver presente. Ambos deverão suprir a falta de algum patrulheiro cumprindo com o encargo e as tarefas que eram a ele designado. Cada escoteiro da Tropa deverá ter ao menos um cargo que foi designado no Conselho de Patrulha e que desempenhará por aproximadamente seis meses ou de acordo com a vontade da patrulha (pode ser mudado a cada acampamento).


 Uma patrulha coesa tem vantagens evidentes: os patrulheiros que a compõem comunicam-se muito melhor e, portanto, formam consensos mais rapidamente, decidem mais depressa e gastam menos energia tentando entender umas às outras. Uma patrulha coesa, por conseguinte, tende a ser mais eficiente e mais eficaz.