Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

sábado, 19 de novembro de 2016

Hoje tem reunião escoteira. Vamos todos lá!


Porque hoje tem reunião!

Hoje é dia da bandeira, faço a minha saudação.
Tenho por ela respeito, pois amo minha nação.
O verde das minhas matas, o azul lindo demais.
O amarelo que curto, dela não esqueço jamais!

E supimpa lá eu vou, participar da reunião,
Pois hoje é dia de festa, vou fazer a saudação.
Bandeira do meu Brasil, bandeira da minha nação,
Por tí eu tenho respeito, Tu vives no meu coração.

Bandeira minha de encantos mil,
Imagem linda do meu Brasil.
Nossa bandeira é nosso manto

Onde hasteada nos traz encanto.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Nas asas da imaginação. Mamãe! Eu vou acampar!


Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Nas asas da imaginação.
Mamãe! Eu vou acampar!

       Mamãe! Por favor, não chore! Eu disse que voltarei, eu não vou para a guerra, eu vou acampar, pois sou um bom escoteiro e já volto. Irei aprender a ser homem Mamãe! A senhora ouviu o Chefe falar, que aqui é uma escola de honra! Aqui se aprende à ética e ter palavra, seguimos uma lei e nos orgulhamos de segui-la. Temos na mente nosso Herói Caio Martins. Não foi ele quem disse que todos nós devemos andar com nossas próprias pernas Mamãe? A senhora não quer me ver crescer e depois se orgulhar em saber que sou um homem de caráter? Eu vou acampar minha Mãe. Eu vou pisar nas terras puras do meu país, vou sentir a natureza em meu coração. Deixe que leve seu espírito comigo, me dá um beijo e um abraço e enxugue estas lágrimas. Elas estão fora de lugar. Minha querida Mamãe reze por mim e por meus amigos. Peça a Deus que ele nos proteja, pois ele nunca deixou de proteger os Escoteiros. E quando voltar Mamãe eu estarei sujo por fora, mas limpo por dentro e quem sabe apesar de que o Escoteiro está sempre limpo, mas se isto acontecer não se preocupe, estou aprendendo a ser homem.

        É Mamãe, agora sou um Escoteiro, e isto significa muito. Poderei olhar as águas do oceano de outra maneira. Vou entender porque as ondas do mar se arrebentam na praia, Irei entender as gaivotas que voam pelo céu azul. Irei aprender a beber na cuia onde fica a nascente, a pureza daquelas águas que nos dão a vida. E sabe Mamãe, vou dormir em uma barraca junto aos meus companheiros e me deliciar com os sons da floresta. Afinal Mamãe não diziam os poetas que sem sonhos, a vida é uma manhã sem orvalhos, um céu sem estrelas, um oceano sem ondas, uma vida sem aventura, uma existência sem sentido? Ah! Mamãe! Enxugue estas lágrimas, seu filho vai partir, mas vai voltar. São poucos dias e eu pensarei em você. Nunca vou esquecer a minha querida mãezinha. Você sabe que sempre estará em meu coração.

        Quando chegar na floresta eu vou ver as aves que moram lá, verei ver os peixes que pulam na lagoa encantada, vou andar nas trilhas da imaginação e ver as pegadas dos animais. Como deve ser belo Mamãe poder sentir a brisa da madrugada, olhar o nascer do sol, o cantar da passarada vai ser um doce amanhecer. Mamãe deixe eu lhe dar um beijo, neste teu semblante preocupado, nesta tua tez franzida, nos seus olhos molhados e pedir para sorrir. Sorria mamãezinha querida, seu filho já vai crescer. Ele vai aprender a cozinhar. Pode Mamãe? Será que vou gostar? Ah! Mamãe eu acho que vai ser o máximo em minha vida. Vou poder sentir o aroma da minha refeição, me lembrarei da senhora e seus quitutes imortais. Mas farei coisas difíceis de imaginar. Na montanha que escalarei vou avistar o mundo aos meus pés.  Poderei dizer às nuvens que agora sou uma delas. Quem sabe bem lá do alto irei ver o grande Gavião Negro passar?

        Mamãezinha meu amor, te amo demais, mas preciso enfrentar a vida. Um dia eu vou crescer e preciso aprender as maneiras de viver como um homem respeitado. Quero aprender com a natureza o que aprendi com a senhora. Sabe Mamãe, me contaram tantas coisas que eu quero viver também o que os outros viveram. Quero fechar os olhos e ouvir o som de uma bica de águas cristalinas, vou beber a água da fonte, sentir seu sabor, deixarei que ela molhe meu rosto tão cheio de felicidade. Pois é mamãe, pense no seu filho feliz, junto aos seus companheiros, eles são bons Escoteiros e brincam de aprender a crescer. Eu quero também contar estrelas, pois eu nunca contei. Vou descobrir onde fica a constelação de Aquarius, quem sabe verei a Gemine o Caranguejo, do Escorpião e nunca terei medo, nossa Mamãe são tantas. Mas já conheço o Cruzeiro do Sul no hemisfério celestial sul. São tantas coisas no céu que penso que ele é imenso demais Mamãe.

         E o tal fogo de conselho que eles falam muito? Acho que amarei demais. Ver o fogo esvoaçante, querendo subir aos céus, as labaredas brilhantes a fazerem escarcéus. E as palmas minha Mãe? Dizem que elas são lindas, e os esquetes nunca esquecidos as risadas coloridas, alguém a gritar! – Sou o próximo! Disseram-me que farei parte em uma. Vai ser a primeira vez. E os aplausos Mamãe eu sei que serão demais. Pois eu vou me preparar com alegria e quem sabe serei um ator por um dia? É Mamãe dizem que no final do fogo todos choram, mas é de alegria, eles dão as mãos entrelaçadas e cantam uma canção tão linda que tenho de decorar! - “Não é mais que um até logo, não é mais que um breve adeus”!  

        O último beijo de hoje Mamãe. O Chefe está chamando, a patrulha me esperando e tenho que partir. Irei acampar nos montes, nos altos dos horizontes para aprender ser alguém. Voltarei de novo a nossa casa e serei um homem digno, a senhora pode acreditar. Sabe Mamãe uma estrofe de um poema que não esqueço? – “Mamãe, um dia fiz a promessa, a todos eu prometi, que seria homem honrado, e do escotismo uma apaixonado, subindo lá nas alturas, em busca de aventuras, que só podemos encontrar no meu escotismo amado”. Adeus Mamãe preciso partir, a senhora que fica não chore com minha brusca partida, e se um amigo me procurar diga a ele onde estou. Que ele coloque a mochila aprume sua bandeira e cante uma bela canção, com um belo sorriso no rosto vai correndo me encontrar.

Adeus Mamãe, adeus não até logo, pois logo eu voltarei!


terça-feira, 15 de novembro de 2016

Apenas um pequeno poema, nada mais... A Super Lua!


Apenas um pequeno poema, nada mais...
A Super Lua!

(Peça por peça coloquei minha farda, amada como o sonho de primavera, sapatos, meião, calça curta e camisa, lenço e anel. E quase esqueci o meu chapéu! E lá fui eu, a procura da lua, da Super Lua tão abençoada por Deus e o céu se esqueceu de abrir, não vi a lua, fardado fiz minha saudação e disse que iria esperar ela voltar, não importa o tempo pois para ela eu sou imortal!)

              No escuro da floresta, onde se desenlaça o vento, onde brilha a lua sobre as águas modorrentas do riacho, vejo uma névoa dançante querendo tapar meus olhos para não ver, uma gaivota de prata se desprende do ocaso, a vela do mar balança, as ondas altas, as estrelas brilhantes. Foi ontem ou foi hoje que a lua despiu seu véu e flutuou errante no céu com um brilho sem par e foi dormir para voltar muito tempo depois! Quimera que não me deixou ver a lua fincada no céu, nuvens cinzentas que se prostraram no ar e há esconderam no firmamento. A noite findou, a lua se foi e me lembrei do poeta que disse ter pena da lua, tanta pena coitadinha, tão branca na rua e ele a viu chorar sozinha! Só ela triste, tão triste na minha rua sempre a chorar sozinha. E então chego à janela, e fico a olhar para a lua e docente eu fico a chorar com ela!

                Foi um poeta quem me contou, que a lua foi ao cinema, passava um filme engraçado, a história de uma estrela que não tinha namorado. Não tinha porque era apenas uma estrela bem pequena, dessas que, quando se apagam ninguém vai dizer... Que pena! – Era uma estrela sozinha, ninguém olhava para ela, e toda luz que ela tinha cabia numa pequena janela... Foi então que a lua ficou tão triste com aquela história de amor, que até hoje a lua insiste, amanheça, por favor! E eu triste com a pequenina estrela tentei me distrair com a lua, que no céu estava sozinha brilhante com seu fulgor. Seria a lua Azul, tão bela e conhecida, ou seria a super lua que no céu gigante aparece, logo quando a tarde se vai e aos poucos anoitece trazendo estrelas e a lua que todos querem ver.

                Não vi a super lua, não vi a lua azul. Brilhante e fulgurante que no céu sorriu ao mundo. Quando ela voltar, lá por volta de 2033, e se não chover nem ventar, se a lua e o sol forem limpos, e se houver festa no mar, se o chão se cobrir de flor e o endereço dela estiver claro, e o mundo livre de dor, irei ver a lua meu distinto amor... E nada mais eu vou dizer, se o tempo não tiver fim, se a terra e o céu se encontrarem na porta do meu jardim, eu direi a ela, volte, não esqueci de você, cantarei uma canção com violas de eternamente, toadas saída da mente e eu ficarei aguardando por favor... Lua, minha lua! Espere por mim!   


    A Lua.
Quando eu morrer e no frescor de lua,
Da casa nova me quedar a sós,
Deixa-me em paz na minha quieta rua...

Nada mais quero com nenhum de vós!

Quero é ficar com algumas poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...

Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...

E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...



domingo, 13 de novembro de 2016

Cinco livros de historias escoteiras em PDF.


OS CINCO LIVROS DE HISTORIAS ESCOTEIRAS MAIS LIDOS DE TODOS OS TEMPOS (PDF)

Centenas de chefes já leram. São histórias longas cada uma com uma gênero diferente. Quando iniciei a saga de pseudo escritor pensei na possibilidade de editar e distribui-los preços mínimos aos meus amigos. Não tive sorte, pois os valores eram superiores ao que podia pagar. Tentei de tudo e nada. Até mesmo em editoras virtuais. Não desisti e resolvi distribuir aos amigos gratuitamente todos eles em PDF. Muitos podem imprimir e encadernar. Muitos simpatizantes ou não do escotismo se interessaram. Até hoje são centenas de pedidos. Se você ainda não possui nenhum deles estão à disposição gratuitamente, mas lembre-se em PDF. São cinco títulos. Você pode pedir em separado ou todos neste caso é só pedir o GRUPO 4.

- O FANTÁSTICO JOGO NOTURNO NA MISTERIOSA ILHA DO GAVIÃO NEGRO.
Quatro patrulhas perdidas em uma ilha misteriosa, quatro valentes monitores, uma luta de morte onde viver e morrer era questão de honra. Uma aventura incrível em um jogo noturno sem igual. Vinte e oito escoteiros lutando para sobreviver na escuridão da floresta. 63 páginas.
A FANTÁSTICA SAGA DO COMISSÁRIO LEOCÁDIO.
Ano de 1930, o escotismo lutando para sobreviver em um estado do Brasil. Um matuto é escolhido para comissário. Uma luta desigual. A vontade de vencer e o sonho de fazer acreditar que somos todos irmãos. Um final incrível! – 71 páginas.
O ESTRANHO FUNERAL DO CHEFE GAFANHOTO.
Quarenta e cinco anos de escotismo para ser covardemente linchado e morto por uma cidade que sempre o admirou. Uma acusação injusta. Como provar sua inocência? Um antigo Escoteiro enfrenta a fúria de uma cidade para mostrar o valor do seu Chefe que sempre amou. 30 páginas.
A LENDA DO TESOURO PERDIDO NO DESERTO DE NEGEV.
Baseado em lendas bíblicas conta a história de uma cidade chamada Jericó, as margens do Rio Jordão, entre as montanhas do Sinai, perdida entre o Mar da Galileia e o Vale da Judeia, surge uma Tropa Escoteira que a todo custo enfrenta o cruel Pirata Inglês Edward Teach, mais conhecido como Barba Negra. Suspense, aventuras e emoção. 48 páginas.
A PATRULHA DA ESPERANÇA.
Cinco jovens meninas formam uma patrulha e nela viveram seu ideal Escoteiro por toda sua existência. Um juramento de sangue, uma promessa de estarem juntas até a morte. A história se passa no passado, no presente e voa espiritualmente ao futuro. Um dos meus livros em PDF mais solicitados. 52 páginas.

Aproveite e peça na minha caixa postal (Não deixe seu e-mail aqui, envio automático) e recebe no mesmo dia. Peça por título ou todos como Bloco 4.  Lembrem-se os cinco livros são em PDF. Uma centena de chefes já os tem em seus arquivos. Agora é sua vez. E melhor, gratuito. Sempre Alerta!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Diga-me, você é Chefe Escoteiro?


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Diga-me, você é Chefe Escoteiro?

                         Sei que sim, afinal costuma nos fins de semana esta uniformizado ou vestimentado. Só isto diz que você se considera um de nós. Mas desde quando se convenceu que é um Chefe Escoteiro? Olhe que tem muitos que dizem que são e ainda não entenderam sua verdadeira posição quando dizem que é um “Chefe”. Eu sei que muitos nos procuram porque sentem simpatia pela filosofia, outros porque querem ajudar e tem aqueles que nem mesmo se perguntaram se este realmente é o seu lugar. Bem eu sei que todos somos seres humanos com virtudes e defeitos, mas no escotismo adotamos como regra ser fraterno. Já leu a respeito? – Se não leia: - Fraternidade é um termo oriundo do latim frater, que significa "irmão". Por esse motivo, fraternidade significa parentesco entre irmãos. A fraternidade universal designa a boa relação entre os homens, em que se desenvolvem sentimentos de afeto próprios dos irmãos de sangue. Fraternidade é o laço de união entre os homens, fundado no respeito pela dignidade da pessoa humana e na igualdade de direitos entre todos os seres humanos.

                       Demais não? Eu amo esta fraternidade e sei que você também. Mas explique para mim somente um artigo da lei. Não precisa os demais. Adoro a lealdade. Você já leu o que seria lealdade? – Por definição eu li que esta palavra tem origem no termo “legalis”, que em latim remete para o conceito de lei. Inicialmente esta palavra designava alguém em quem era possível confiar e que cumpria as suas obrigações legais, ou seja, alguém que não falha com os seus compromissos, demonstrando responsabilidade, honestidade, retidão, honra e decência. Uma pessoa leal é alguém que é fiel e dedicado, e sempre cumpre as suas promessas. Ex: O meu melhor amigo é o maior exemplo de lealdade. Ops! Desculpe, sei que leu tudo que B-P disse sobre lealdade. Meus parabéns.

                     Pois é, Chefe dizem é Chefe, ele manda no pedaço e todos obedecem. Pensa assim como muitos pensam? Para tirar minhas dúvidas procurei saber a diferença do Chefe e do líder. Dizem por aí que é a mesma coisa. Não duvido. Parece simples para qualquer um que é inteligente e sei que você é. Vejamos líder: - É um Chefe, um guia, aquele que representa um grupo. Chefe: - Pessoa que comanda que dirige. É o cabeça e assume a responsabilidade pelos seus atos. Seria isto mesmo? São duas definições que apesar de parecidas a primeira traz o sentido de orientador, de guia a ser seguido e a segunda da o sentido de autoritarismo. Eu prefiro mesmo o líder e o chamo de Chefe como se fosse um sinônimo a ser observado.  Enquanto o líder é conhecido como aquele que orienta as pessoas a fazerem de bom grado aquilo que é proposto, sem imposições e sempre aberto a contestações, sua postura é mais voltada para a participação de todos.

                        E dai? Pode perguntar. Não sei. Não sou um catedrático, um expert no tema. Sou um pobre iletrado que se meteu onde não devia. Mas resolvi colocar isto em pauta porque estamos vendo muitos atuantes no escotismo que ainda não procuraram saber o que são. Posso estar errado e olhe que errei demais em minha vida, mas a carranca, o franzir do cenho, o saber tudo pode não ser benéfico. Fico pensando se não seria melhor sorrir em vez de assumir uma posição ameaçadora, hostil e antipática. Qual beneficio teríamos agindo assim? Nenhum pode me dizer. Mas se houver Chefe que age assim, que bem trará ao escotismo?

                         Vez ou outra me pergunto o que significa uma Promessa. Se eu já fiz uma acredito que todos também fizeram. Sem ser repetitivo acho que é um compromisso de fazer alguma coisa. Prometer é algo de assumir o que foi dito. – Chefe! Grita alguém... Fazemos o melhor possível! Não sei se fazemos mesmo.  Mesmo considerando o melhor possivel porque ainda existe tanta incoerência entre chefes? Onde está o abraço, o respeito, a cortesia, a palavra e a simpatia que devemos ter para com o próximo?

                     No fundo a maioria adora ser chamado de chefes. Contestam alguns que não. Sei lá. Já vi outros tanto discordando deste título. Enfim mudam tanto que no futuro o termo “Chefe” pode desaparecer. Já existem os pedagogos escoteiros, os diretores, os presidentes. Eu só sei de uma coisa. É duro aguentar tipos donos da verdade, cara feia, sem lealdade e sempre a dizerem que o escotismo é assim e assado. Adoram artigos do POR e dos Estatutos. O bom de tudo é que ainda temos os simpáticos, os alegres, os de bem com a vida. Os que ouvem mais e falam menos. Quando vejo a escoteirada sorrindo e dizendo alerta meu Chefe! Eu me sinto realizado não por mim e sim por ele. Pena que a EB não se presta a ser amiga, a ser prestativa, a ser leal, a ser Cortez e não achar que ela é dona de tudo e só ela manda. Falta muito entre eles e outros a humildade. O humilde tem mais credito que o mandachuva.


                       E vou parando por aqui. Se dei um recado eu nem sei. Aprendi tanto em minha vida escoteira que hoje me realizo com tudo que faço. Já fui um carrancudo mas hoje faço questão de sorrir em tratar a todos com bondade, sem ser maioral ou sabe tudo. Quantos caminhos eu passei, quantos chefões enfrentei. Penso que não deixei inimigos mas também não fiz tantos amigos. B-P sonhou que a fraternidade escoteira poderia ser a aglutinação de todo o mundo Escoteiro por um bem comum. Pelo menos nas palavras e ações dos Jamborees alguma coisa ainda anda com suas próprias pernas. E chega por hoje, porque estou escrevendo isto? – risos. Mano Velho meu amigo, eu também estou ficando Velho.  Até mais e sem SAPs. Meu querido e gostoso Sempre Alerta para você. E olhe se nos encontrarmos algum dia não vai faltar um cumprimento dos bons com um sorriso leal e um abraço... Ah! Adoro abraços! Até mais!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A Legião dos Esquecidos.


Crônicas de um Velho Chefe escoteiro.
A Legião dos Esquecidos.

                          Estou à procura deles. Alguém sabe onde estão? Porque os procuro em todos os lugares e não consigo encontrá-los? Agora são outros? Não tem rostos? Não tem nomes? Serão os sem promessas e promessados? Desapareceram no tempo? Deixaram de ser alguém como nós? Foram esquecidos na memória e ninguém mais lembrou que eles um dia foram como nós? Saudades. Muitas saudades deles. Difícil não relembrar os bons momentos vividos. Se foram bons ou maus não importa, o que importa na verdade é a essência que ficou e marcou. Fizeram cursos, participaram de inúmeras atividades do distrito e da região e até da nacional. Foram muitas vezes abraçados pelos lideres que fingiam que eram importantes. A Associação peca. Eu sei que ela não é consciente e nem viva. Eu sei que ela é inanimada. Não aproxima de ninguém. Ela não se importa com quem foi ou com quem fica. Se hoje eles não estão mais ao lado dela são considerados agora como uma de Legião de Esquecidos.

                         E foram tantos e tantos. Jovens que acreditaram na filosofia e se sentiram enganados. Voluntários que deram o que tinham e não tinham pela Associação. Eles fizeram parte da história e da vida da associação e ela o esqueceu. Eles sempre diziam que não era nada pessoal. Era um amor fraterno, uma filosofia de vida. Não vieram colher flores perfumadas nos jardins da Associação. Ah! Eram simples “scout” que um dia acreditaram que podiam ajudar e fazer o bem como queria a Associação. Entraram, viveram, amaram e se foram. Tiveram seus momentos e de repente viraram lembranças apagadas no tempo. Para a Associação eles eram apenas mais um dos milhares que hoje pertencem a Legião dos Esquecidos. No calor das ações geradas no calor de um ideal, eles sabiam que estes belos sentimentos e acontecimentos que marcaram suas memorias se acabaram.

                      A Associação é implacável. Tem as suas convicções, normas, parágrafos, sentimentos burocráticos e frios, gelados e deles não abre mão. Ela vive o sonho de seus devaneios de altivez de riquezas. Ela não se importa com aqueles que um dia acreditaram nela, lutaram enquanto as forças da verdade prevaleciam e tinha valido a pena. Agora que se foram, que fazem parte da Legião dos Esquecidos não tem mais serventia para ela. Ela a Associação é fria, pensa que não importa quem vai e quem fica. Sabe que tem sempre uma Legião de Novatos que acreditam como acreditaram aqueles que um dia se foram. Eles agora sorriem, batem palmas, cumprem ordens, faz saudação e disto a Associação gosta. Se amanhã alguns deles resolver se juntar aos outros ela a Associação não vai comentar, não vai reclamar e nem pedir para ficar. Agora que se foram para ela não importa se eles são da Legião dos esquecidos.

                        A Associação não se lembra de que eles um dia foram presentes sacrificaram o que podiam e erroneamente pensaram que a Associação estaria sempre ao seu lado. Não foi assim. Nunca foi. A Associação nunca se interessou por eles. Enquanto lutaram pelos jovens, enquanto sonhavam em fazer do nosso país um gigante cheio de nobreza e honradez a Associação deixou que ficassem. Enquanto eles ajudavam a fazer grandes momentos, pagos e sem presentes, enquanto lutavam nas fileiras da Associação ela sorriu e apoiou. Ela se sente bem com a fila que se forma, da reverência que se faz, do sim e o não sem discordar. Para ela todos os momentos que eles viveram intensamente acabaram se transformando em memórias tristes que ela faz questão de apagar e esquecer.

                          Pergunta-se a Associação o porquê ela não os procurou? O porquê ela não mandou pelo menos uma carta, pequena, simples, sem afetação, com poucas palavras escritas – Obrigado! Você me fez feliz um dia. Não. Nem isto ela faz e sabemos que ela nunca fará. Para ela, esta Legião dos Esquecidos ficou na memória do tempo. Perdida em um luar sem luz em um cantinho no céu. Eles se foram e ela pouco importa para onde vão. Agora serão ignorados, não existe gesto de nobreza, não importa o que eles fizeram, se sacrificaram os seus que viviam ao seu redor, se fez dos seus proventos uma doação sem volta. Se ele ficou sem dormir para domar o vento e as tempestades de um acampamento, não importa o tempo dedicado o carinho com um sorriso para os que estavam ali a dormir sob as estrelas. Ele deu tudo que tinha e nunca foi agraciado, nunca foi elogiado, nunca recebeu da Associação um muito obrigado.

                    Eles são muitos, são tantos, são milhares, estão por aí espalhados nesta terra imensa, que Cabral nos deixou. Eles hoje vivem com suas memórias ainda vivas de um passado gostoso de um tempo que se foi. Uma poetiza sintetizou tudo sobre eles: - O tempo passa tão rápido. O tempo deixa para trás, os momentos vividos. Os bons e os sofridos, mas que jamais são esquecidos. Não há volta, não existe convite de retorno. A Associação não se presta para isto. Ela não se importa de quem chega e de quem se vai. Claro, já foi dito e falado, ela não é consciente e nem viva e por isto segue seu caminho sem volta. Não haverá medalhas, não haverá um agradecimento, não existe nos escaninhos de seu ser qualquer menção a ser lembrada dos que se foram. Para ela eles são a Legião dos Esquecidos.


             Ah! Adeus Associação! Não precisava ser assim. Esta legião podia voltar. Tantas coisas para dar e ajudar. Quem sabe um elogio merecido ou sorriso furtivo ajudaria? Quem sabe uma palavra de carinho? Porque não apagar esta insensatez, esta frieza e pensar que dar as mãos seria melhor? Sei que não. Não adianta remar sua própria canoa. As águas revoltas e os turbilhões da vida levaram a canoa e sem remos e ela se perdeu nas cascatas e cachoeiras para sempre. A Associação esqueceu-se de um dia dar os remos para remar. Outros agora assumiram seu lugar. Nos seus rumos ela já desenhou sua meta. Com uma Silva ou uma Prismática traçou sua reta no mapa que ela acredita ser o melhor para crescer. Nestas novas estradas, onde o rumo é de uma só, onde ninguém pode se orientar ela sorri pelos que um dia ousaram discordar. Muito bom ela diz, agora eles são a Legião dos Esquecidos. E eu fico aqui matutando, e copiando a poetiza Estefani: - E eu continuo olhando as estrelas e lembrando-se do seu sorriso, dos momentos com você vividos que nunca mais voltarão!  

sábado, 5 de novembro de 2016

Você é Escoteiro?


Você é Escoteiro?

               Quando alguém lhe fizer esta pergunta, responda na hora: Sou sim, com muito orgulho e muito feliz. Diga para ele que está aprendendo a ser alguém, para que todos que te amam possam um dia orgulhar. Que você aprendeu que o caráter é importante em cada um de nós. Que ser leal é ponto de honra, e sua palavra é sagrada. Explique que está aprendendo que a honra faz parte dos honestos. Que a ética é mais que tudo. Que aprende tantas coisas que cada dia que passa mais se orgulha de ser um Escoteiro desta grande Fraternidade Mundial.

               Seja simples sem ser prepotente. Diga que ele não sabe, mas são tantas coisas maravilhosas que acontecem com os escoteiros, que hoje você sabe que a felicidade pode ser alcançada e você alcançou. Sem ser pedante diga que é um privilegiado por Deus em estar aqui. Explique que já viu um céu estrelado deitado na relva, em volta de uma fogueira cheia de amigos e amigas. Que viu constelações, cometas varando o espaço sideral deixando para trás um rastro de luzes coloridas. Diga que isto lhe dá certeza que existe um Deus supremo e que o escoteiro é puro nos seus pensamentos, nas suas palavras e nas suas ações.

                Fale naturalmente sem afetação. Explique que gostaria que um dia ele pudesse estar junto para experimentar como é bom dormir sob as estrelas! Ver o sol nascer e se pôr ainda vermelho no horizonte deixando uma marca profunda em nossos corações. Quem sabe um dia ele vai poder saborear o cheiro da terra molhada, ouvir o cantar de um riacho de águas cristalinas e do perfume das flores silvestres, do som maravilhoso da passarada, do piar da coruja em um carvalho qualquer. E se ele quiser poderá ver o lenho crepitando em uma bela fogueira onde todos riem, cantam e vão vendo as fagulhas subirem aos céus, languidas e serenas até que a aragem leva-as para longe.

                Mostre a ele como é lindo ser escoteiro. Sem egoísmo mostre a ele que ser Escoteiro é um privilégio de poucos. Não deixe de comentar os artigos da Lei, conte um pouco sobre a natureza, da chuva caindo em uma floresta, ouvindo o som imperdível aos ouvidos de um velho mateiro. Diga que temos uma ternura imensa com a natureza, que para nós é fácil encontrar o Norte e o Sul, orientar pelas flores pelos animais e insetos. Como seguir a sotavento, deixando o vento nos levar, sentir a brisa da madrugada, descobrir as flores desabrochando nas campinas distantes. Sorria para ele entender como é bom depois de uma longa jornada, a gente tira o calçado e molhar os pés nas águas geladas de um belo riacho. Depois deitar com a mochila de travesseiro tirar uma soneca embaixo de uma frondosa árvore e olhar em volta sentindo o cheiro da relva cujo vento sopra com amor em nossa face. Tente mostrar a ele com é lindo chegar ao cume de uma montanha e ver o horizonte! Um espetáculo imperdível que poucos podem ver.

              Faça o convite a ele para ser um de nós sem ser pedante. Explique que nem todos tem a oportunidade de ter o que temos. Fale que aqui aprendemos que o medo é próprio dos fracos que é preciso ter coragem e amor para conviver em uma vida saudável e fraterna com os demais escoteiros. E se um dia ele quiser você vai apresentá-lo a um Grupo Escoteiro. Mas seja sincero, afinal nós sabemos que entrar qualquer um entra, mas ser escoteiro não é para qualquer um!

                E finalmente se ele resolver mesmo, diga que é sempre bem vindo. Diga a ele que será mais um irmão de tantos milhões espalhados pelo mundo. E quando for fazer a Promessa em uma tarde de verão, conte a ele o que o nosso fundador Baden Powell ouviu de um Chefe Zulu que somente os valentes entre os valentes se saúdam com a mão esquerda. E finalmente dê a ele um abraço, aquele tipo Escoteiro que faz a gente se sentir bem. Explique que agora ele pertence a grande fraternidade mundial. Afinal ele sendo um de nós é nosso irmão e do mesmo sangue como Kaa nos ensinou. Agora ele irá pertencer a grande fraternidade mundial composta de todos os escoteiros do mundo.


           E quando ele estiver preparado convide-o para colocar sua mochila, pegar sua tralha e com seu bornal e cantil partir com você cantando uma canção, para onde o vento quiser levar onde lá ao longe bem distante vão viver mais uma bela aventura!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A técnica mateira da Vovó Escoteira.


Conversa ao Pé do Fogo.
A técnica mateira da Vovó Escoteira.

                     - Chefe! Minha avó chegou hoje e vai embora amanhã. Eu gostaria que o senhor a conhecesse. Olhe ela foi escoteira há muito tempo atrás. – Olhei para Georgia e não pude dizer não. A reunião tinha chegado ao fim e a casa dela era próxima. Entramos e vi um casal de idosos sentados na poltrona da sala. Educadamente se levantaram e me cumprimentaram. Ela a Vovó me olhou de cima em baixo: - Pelo menos está bem uniformizado disse. – Delfim seu esposo riu. – Desculpe Chefe, ela adora lembrar seus tempos de escotismo. Ela não se fez de rogada. – Meu caro Chefe, disse, afinal ou você está ou não está uniformizado! Falar o que? Sentei em uma banqueta e Georgia foi preparar um café para nós. Não podia faltar. – A Senhora foi Chefe onde? – Ela me cortou dizendo: - Meu nome é Ana. Chame-me assim ou se quiser Chefe Ana!

                         - Eu fui escoteira, guia e pioneira. Fui Chefe por mais de 50 anos. Ah! Esqueci também fui azulão! – Lobinho Chefe, Lobinha! Quando passei para escoteira a chefia o nosso Chefe de Grupo exigiu de mim algum que nunca exigiu de ninguém. Fui obrigada com muito prazer a aprender o Código Morse e eu mesmo fabriquei uma rústica cigarra para treinamento com meu namorado. Semáfora eu tirei de letra. Mais de 45 letras por minuto. E olhe transmitindo e recebendo. Fiquei “bamba” no alfabeto dos mudos-surdos. Ele me exigiu vinte jogos usando a Lei Escoteira e uma palestra de quinze minutos sobre ela. Gostoso mesmo foi o Percurso de Gilwell que eu fiz. Fiquei craque em mapas e croquis. Fiz um mapa em escala variável de minha cidade até o Sítio do Redentor. Aceitei o desafio dele para fazer dez nós escoteiros com dois cadarços na boca usando a língua e os dentes! Kkkkkkk. Era demais!

                          Ana era demais. Contava sorrindo sem se mostrar a tal. Chefe, quase fiz toda prova de primeira classe. Dei aulas em atividades de primeiros socorros. Ensinei a muitos jovens a especialidade de Saúde e Socorrista. Aprendi em um acampamento a montar uma tala e fiz um torniquete depois de uma sangria para retirar um veneno de cobra. Olhei para ela estupefato. Fui uma especialista no uso do lenço. Tipoias sabia fazer mais de oito tipos. Mostrei a ele vários tipos de maca e uma delas eu montava em menos de três minutos! – Zózimo um monitor me ensinou a achar o Fio de uma Lâmina e aprendi a afiar com perfeição. Todos os cuidados com o material de sapa, desde lixar e olear não tinha segredos. Aprendi a fazer de olhos fechados uma Amarra Quadrada, uma Diagonal ou Paralela sem esquecer a Tripé. Fiz mais de seis tipos de costura de arremate sendo que uma delas desmanchava em segundos ao fim do acampamento.

                 Durante dois meses fiz um estágio no Instituto Butantã, e aprendi a reconhecer quais as Venenosas ou não. Ana dava um show em sua simplicidade. Eu mesmo sendo um Insignia de Madeira com muitos anos de escotismo não tinha todo aquele conhecimento. Ela adivinhando o que pensava continuou: - Comida Mateira era fichinha e o Frango Frito no Barro tirei de letra. Café sem Coador perdeu a graça, mas quando fiz pela primeira vez um Arroz sem Panelas ninguém acreditou. Precisei provar! Aprendi com o tempo a armar qualquer barraca de olhos fechados e acredite, a Bangalô com sua parafernália de tubos de armação eu decorei os números um por um. Uma vez me desafiaram a construir uma Oca e dois índios amigos ficaram embasbacados com meu acabamento. Nunca fiz nenhum curso de Sobrevivência na Selva, mas era tranquilo a quantidade de Armadilhas que aprendi a fazer. Era perita em achar nascentes e dominava a Cozinha da selva com maestria.

                      Com seu Gil meu professor de pioneirías aprendi a usar o Serrote e o Traçador. Fiz Pioneiras fantásticas. A Ponte Levadiça, a casa do Escoteiro em um jequitibá de cem anos, um Ninho de Águia, uma passagem secreta entre arvoredos, e tive a honra de ajudar a Patrulha Quati a montar um acampamento suspenso e olhe, levamos água do ribeirão até lá! Nossa mãe! Ana era demais. E ela continuou: - Com Mano Velho aprendi Sinais de Pista não aqueles de amadores. Seguia qualquer Pista em qualquer terreno. E olhe bem, poucos tiveram a felicidade de ver o Crepúsculo em uma noite de inverno do alto de uma montanha. Incrível a visão. Nunca abandonei minhas raízes. Fiz questão de fazer o IM de Alcatéia, de Tropa, de Sênior e Pioneiro. Dirigente não. Nunca pensei em ser uma. Não sei se hoje isto ainda existe, mas naquela época escotismo era técnica sem esquecer o introito da formação moral e intelectual do jovem. 

                    - Meu caro Chefe, precisa conhecer minha coleção de bússolas, tenho de mais de trinta países. Passei uma semana junto a um astrônomo que me ajudou na arte de observação das estrelas. Foi maravilhoso. Aprendi a orientação de maneira técnica. Com seu Júlio, um amigo de papai que morava em uma fazenda dominei a maneira de se orientar pelas árvores, pelas estrelas, e até mesmo pelos ninhos de diversos pássaros que sempre construíam com a entrada virada para o Este. - Se um dia me der à honra de uma visita em Moradas Novas, onde vivo irei mostrar ao senhor minha biblioteca escoteira. Só literatura escoteira. Mais de trezentos livros aí incluídos os de B-P que não foi fácil adquirir e tive que ir a Inglaterra para adquiri-los. Tenho uma coleção de selos, de lenços e de anéis que agora chamam de arganéu. Já deixei meu testamento de tudo que tenho para o Grupo Escoteiro onde nasci. Vou doar uma infinidade de objetos que tenho. Afinal são seis bastões encordoados com couro inglês, duas mantas com mais de quinhentos distintivos pregados em cada uma e meus oito uniformes deste que entrei para o escotismo em 1946.


                     Ela se calou sorrindo. Eu boquiaberto não sabia o que dizer. Delfin seu esposo pediu desculpas e a levou para o quarto. Era hora dos famosos remédios que nós idosos não temos como fugir. Georgia me serviu um cafezinho e parti. Disse a ela para despedir por mim a sua Avó e seu Avó. – Por favor, diga para eles que só de ouvir aprendi tanto que nunca mais esquecerei a lição de uma avó escoteira que sempre amou aquilo que fez.  . Educar, formar caráter, espirito de iniciativa, formação espiritual, bons cidadãos. “E fui pensando, pensando até que me dei conta que eu tinha muito ainda que aprender”!