Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

domingo, 26 de abril de 2015

E o cordão dos puxa sacos cada vez aumenta mais.



Conversa ao pé do fogo.
E o cordão dos puxa sacos cada vez aumenta mais.

                         Uma amiga muito querida sempre comenta o que escrevo. Ela já notou que costumo tirar um “sarro” de vez em quando dos nossos dirigentes, mas ela sabe também que escrevo temas sérios. Não sou assim tão religioso, mas como espiritualista acredito no crescimento interno e externo de todos nós. Escotismo é minha paixão, amo demais e não foi ontem. Tem muitos anos desde 1947. Nestes tempos que para mim parece que foi ontem vi coisas que poucos viram. No escotismo como em todas as associações organizações seja onde for isto existe também. Vamos lá. Hoje vou me divertir com os puxa-sacos que existem no escotismo. Muitos perguntam: - É verdade? Temos puxa-sacos no escotismo? Vejamos o que dizem dos puxa-sacos: - É o ato de bajular, palavra que vem do latim bajulare, que significa adular servilmente. Não é difícil encontrar quem é, foi ou conhece alguém que pratica a bajulação, essas pessoas são denominadas de puxa-sacos. O melhor exemplo de bajulador é o funcionário de alguma empresa que, na tentativa de ganhar a confiança, crescer na empresa e/ou obter um aumento no salário, concorda com tudo que o chefe diz e é o primeiro a rir da piada contada pelo chefe.

                Há bajuladores conscientes, pois sabem que realmente são puxa-sacos. “Amado Mestre, meu incontestável Guru...” A figura do bajulador - o famoso bajulador - foi imortalizada por diversos personagens como o indefectível Rolando Lero, (Rogério Cardoso, excelente ator já falecido).  da Escolinha do Professor Raimundo. Retrato da sociedade, onde sempre há alguém disposto a bajular, adular, lisonjear, rasgar elogios, normalmente para obter vantagem. Sabe aquelas pessoas que vivem elogiando, babando e servindo de capacho para outras, na ânsia de serem beneficiadas por tal comportamento? Pois é, vamos dar logo nome aos bois, são os insuportáveis bajuladoras de nosso dia a dia. Eles estão por toda parte: no escritório, na academia, no elevador, no curso de mestrado – sim, até lá – trata-se de uma espécie que se multiplica, infelizmente. Pois bem, o puxa-saco, baba ovo, e seja lá mais o quê, tem em seu DNA a incapacidade, logo, precisa se colocar sempre na condição de adorador do outro para conquistar algo, seja pessoal ou profissionalmente. É patético, triste e banal, mas verdadeiro.

                     O pior é que muitos não sabem que carregam este comportamento em seu DNA e agem como se sua puxação de saco fosse à coisa mais normal da face da terra. Antídoto? Pessoas bem resolvidas, que não cultivem este tipo de gente por perto e que dê um basta a tanta melação. – pelo amor! Já dizia Shakespeare: “Aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador”.  Alimentar este tipo de pessoa por perto pode ser desastroso – perigoso. Temos isto no escotismo? Muitos dirão que não - Deus me livre! Risos. Mas é verdade? Não posso afirmar não estou mais na ativa em grupos escoteiros e regiões. Fico muito atrás de um computador como agora. Mas me disseram que tem. E como tem! Bem eu os vi no passado. Os baba ovos que queriam mais um taquinho, uma medalhazinha ou um carguinho não escondiam suas condições de puxa-sacos. Achei que estavam em extinção, mas não. Eu pergunto por que puxar o saco no movimento Escoteiro? Não tem salário, dedica tempo que não tem, não sairá em capa de revistas e sempre um eterno desconhecido. Olhe que o trabalho a ser realizado é super-cansativo.

                     O Puxa-saco gasta o que tem e o que não tem. Ele nunca será entrevistado pelo Jô Soares. (os que foram devem ter se arrependido) e ainda são muito vigiados. Qualquer reclamação lá estão os politicamente corretos Escoteiros a desdizer e chamar sua atenção. Então não devíamos ter tais tipos. Dizem e eu concordo que o escotismo toma tempo, a gente gasta boa parte do nosso salário com tudo que fazemos lá, pagamos taxa para tudo e ainda não somos devidamente reconhecidos pela comunidade educacional do Brasil. Portanto seria uma hipocrisia dizer que temos puxa sacos no escotismo. Risos. Mas sei lá, pode ser que tenha. Eu não afirmo. Que os diga os meus amigos virtuais. Eles são as testemunhas que podem afirmar sim ou não. Eles estão ligados diretamente a grupos, distritos região e nacional. Eles é que podem dizer de alunos de curso baba ovo ou daqueles que vão em seminários, congressos e Assembleias.  

                Vocês já viram um figurão sendo entrevistado? Sempre tem um baba ovo atrás sorrindo e concordando. Estes são puxa sacos da gema. E aqueles que ficam horas e horas em frente ao espelho treinando o que dizer, como se posar quando encontrar o chefão? Deus do céu! O chefão diz para fazer isto ele vai correndo, o chefão tem sede ele corre e trás um copo d’água. Em cursos o que tem de puxa sacos não está no gibi. Eles querem a todo custo ser da corte, ser um formador, ser um grande Chefe e puxar o saco faz parte deste bajulador inveterado. Quando se realizam as atividades onde estão presentes os grandes formadores, os Velhos Lobos, os da casta dos lords lá estão eles, bajulando, concordando dando um tapinha nas costas e olhando com aqueles olhos de tartarugas da lagoa, sempre sonhando ser como eles. Muitos me garantem que no escotismo não temos estes tipos. Juram de pé junto. Bem eles sabem melhor que eu se existem ou não. Para mim fica o dito por não dito.


                 Eu só digo que aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador. A bajulação é a moeda falsa que só circula por causa da vaidade humana... Vixe! Ainda bem que no escotismo temos uma maioria que corre disto. São chefes com C maiúsculo no sentido da palavra. Vocês os conhece só de ver sua postura, sua maneira de falar, suas ações e seus sorrisos. Mas não vamos deixar de saudar os puxa-sacos, pois não dizem que o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais? Risos. Puxa-sacos? Vivo a correr deles há anos!

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