Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

sábado, 16 de janeiro de 2016

Dicas que podem ajudar você!


Conversa ao pé do fogo.
Dicas que podem ajudar você!

          A tralha individual

           Houve um tempo que um escoteiro sempre se esforçava para conseguir toda sua tralha individual mesmo que demorasse anos. Essa tralha era composta de seu uniforme completo, inclusive o chapéu de abas largas, calçado preto e só usado quando estivesse em atividade escoteira. Não iria faltar o canivete escoteiro, a faca escoteira (com talco para proteger das ferrugens), o cabo trançado pronto para ser usado e colocado do lado direito do uniforme preso ao cinto. O apito era seguro por um trançado de couro marrom e preso no pescoço em cima do lenço. O cantil à esquerda. A machadinha pequena (com capa) dentro da mochila. Muitos ainda possuíam sua própria bússola. Eu sempre carregava minha velha Silva de guerra. A mochila era escolhida a dedo. Alguns com ajuda dos pais faziam a sua própria. Sempre limpa, uma ou duas vezes por semana era aquecida por algumas horas ao sol para evitar mofo. (não se esquecia de fazer o mesmo com o saco de dormir) Sempre levávamos bem enrolado, uns 30 metros de sisal. Como ajudava. Havia ainda alguns que gostavam do bornal. Eu nunca me privei de um. Resolvia muito minhas necessidades urgentes nas atividades aventureiras.

     Hoje temos as jovens participando. Acredito que elas também podem e devem ter seu material de campo completo. Alguns já compram tudo logo que iniciam as atividades isto se as condições financeiras dos pais assim o permitem. Eu engraxei muito sapato para ter tudo que sonhei. Acredito que o esforço individual, a economia, (o escoteiro é econômico e respeita o bem alheio) o trabalho voluntario sempre deve ser incentivado. Nada de só receber. Valorizamos o que adquirimos com trabalho e suor de meses e meses de luta. O desleixo, a falta de cuidado não é próprio de bons escoteiros.

    Afinal, o que são atividades aventureiras?
     
       Só o nome diz o que significa. Aventura! Descobertas! Experiências que nunca foram feitas. Viajar para outras localidades, sempre com o principio de ser um e não mais um herói dos seus sonhos. Vejamos algumas atividades aventureiras interessantes. Marchas de longa duração com a tropa - acampamentos volantes – bivaques – jornadas - excursões diurnas ou noturnas – escaladas – Aventura ciclística (neste incluímos as jornadas e bivaques usando este tipo de transporte). Sem esquecer é claro do bom e agradável acampamento escoteiro. Existem outras. Mas fico com essas para melhor explicitar o raciocínio. Em todas elas deve haver o principio de crescimento técnico. O chefe deve saber a potencialidade de cada participante.

             Partir para estas atividades deve-se lembrar da máxima ao sair para o mar. Se vai avie-se em terra. Assim ter a tralha individual completa ou quase, podemos partir para varias atividades aventureiras agradáveis e inesquecíveis que irão marcar em muito nosso crescimento Escoteiro. Isto feito estamos dando possibilidade de uma formação sem similar na educação escoteira, preconizada por Baden Powell. Atividades ao ar livre. Acredito que uma boa sessão escoteira, incluindo aí os seniores e guias não deve permanecer em suas sedes por mais de quatro reuniões consecutivas. Se isso acontece, é preciso repensar o programa.

   Antes de explicar algumas atividades (sei que a maioria dos grupos já fazem normalmente) comentaremos algumas dicas para que essas se tornem mais agradáveis. Lembro que essas atividades devem ser bem programadas, se possível com a participação do Conselho de Patrulha e devidamente aprovada pela Corte de Honra e dos chefes da tropa. A chefia sempre entra com boa dose de experiência e quem sabe uma ou outra atividade surpresa. Sem as opiniões dos jovens nada poderá ter o sucesso esperado. Afinal ela está sendo feita para eles.

     A “matutagem” de cada um - Ração individual e coletiva.

      Matutagem e ração individual e a alimentação imprescindível para a atividade aventureira. Ela tem um papel importante em qualquer atividade escoteira. Estamos pensando que esta atividade poderia ser feita a pé, de bicicleta, ou utilizando meios de transportes municipais e estaduais (ônibus ou trens). Um veículo ir acompanhando está fora de cogitação, salvo em acampamentos prolongados. Deve ser fácil de preparar e para isso a patrulha já estará bem treinada. Um cozinheiro experiente, vasilhame mínimo e embutido na mochila ou bornal próprio. No passado chamávamos de ração A, B e C. Cada jovem tem sua lista, distribuída pela patrulha anualmente. Vejamos:

   - Ração A – Exclusiva para pequenas atividades de um só dia. Consiste em lanche individual reforçado acompanhado de um chá ou café quente. Não pode faltar. Um fogão mateiro simples vale um acampamento. Nada de suco. Uma patrulha é composta de cinco a oito membros. Calcula-se quanto de café, açúcar (não esquecer material de limpeza) ou similar e dividir entre todos. Será levado bem acondicionados em sacos plásticos no bornal ou na mochila. Um intendente ou cozinheiro da patrulha é responsável para recolher quando for feita uma refeição.

   - Ração B – Para atividades de dois ou mais dias. Prepara-se um cardápio simples. Fácil de transportar e que não estrague dentro das mochilas e bornais. Lembramos que deve ser suficiente para alimentação de cada um. Se for dois dias terão dois almoços, um jantar, dois cafés e um lanche noturno. O que levar fica a critério. Não leve além do necessário e com um cardápio extenso. Nada de cardápio complicado. Será distribuído por todos exatamente conforme a Ração A. Tudo bem acondicionado, em sacos plásticos, e colocado na mochila ou bornal. Não esquecer que aí se incluem óleo, sal, material de limpeza. Cuidado com a falta de fósforos ou isqueiro. Se não tem um bom mateiro para fazer fogo sem fósforos é melhor se prevenir. Não é fácil fazer fogo. Sem treino só na TV e no Cinema tudo dá certo. Sem técnica e experiência, usar pedras ou pauzinhos é dor de cabeça.

    - Ração C – Para acampamentos de dois ou mais dias. O cardápio deve ser um pouco mais detalhado. Feito a lista de materiais as quantidades serão conforme os participantes. Uma mãe experiente poderá dar excelentes sugestões e quantidades. Se for uma atividade no sistema de patrulhas, a chefia em seu campo terá uma barraca de intendência para acondicionar tudo que foi levado. Sempre é bom esquecer-se de veículos de apoio. Afinal não é uma atividade aventureira?
Nota – Qualquer acampamento deve produzir na imaginação do jovem, que ele esta em um local distante, inexplorado e que está aprendendo a viver a vida de forma diferente. Para isso é importante que não haja residências por perto ou a vista, veículos, postes de luz, nada que possa dar a idéia que ele esta próximo da civilização.

Breve outras dicas. Obrigado.

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