Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

segunda-feira, 8 de maio de 2017

A Tropa de Monitores.


Conversa ao pé do fogo.
A Tropa de Monitores.

Obs. “Um artigo para quem está enfrentando problemas na tropa Escoteira, com saída de jovens, falta de ânimo, monitores que não sabem o que fazer com suas patrulhas”.
      
                    Sabe quando chega a hora de dar uma arrumada nas ideias? Pois é, a gente vai para a sede, olha a tropa e por mais que se dedique parece que nada dá certo. Quando inicia a reunião, faltam um, dois ou mais escoteiros de cada Patrulha. Os monitores perdem o sorriso. A formatura é feita de maneira desleixada. Se você é daqueles que costuma fazer uma inspeção depois da bandeira à apresentação tira todo seu ânimo. Você fica pensando onde está o erro? O que está acontecendo? Quando a tropa iniciou as atividades no inicio do ano, até que houve uma boa participação inicial. Sabemos que durante o ano muitos desistem. Mas isto é certo? Até mesmo escoteiros que você confiava se foram. Você sabe que alguma coisa precisa ser feita, mas o que fazer? Já tentou mudar, novos jogos, técnicas, fez cursos, leu e até agora nada. Até mesmo o curso Ponta de Flecha (?) não adiantou muito.

                     O que fazer então? Se você já fez muitos cursos de formação, conversou com outros escotistas e as ideias a cada dia vão diminuindo a “coisa tá braba”! - Precisa urgente de uma reciclagem e ou então se for IM fazer como a canção de Gilwell que aconselha um curso de novo para reforçar. Mas qual curso? Têm?- Se nada disto adiantou e você é daqueles que não desiste nunca o melhor mesmo é conversar. E olhe que seus bons fluidos e aconselhadores estão bem perto de você. Você me pergunta onde? – Seus monitores meu amigo. Isto mesmo. Eles são a solução de tudo. Mas eles? Olhe meu caro chefe se isto acontece você está agindo como se eles não fossem os responsáveis para conduzir suas patrulhas, aí está o seu primeiro erro. Conduzir não é dirigir mandar ou comandar.

                    Faça um plano simples. Converse com seus assistentes. Diga a eles que vai precisar muito deles, pois durante certo tempo você vai viver mais com seus monitores. O programa não pode parar e os Subs monitores deverão substituí-los nos prováveis impedimentos que irão acontecer. Ideias feitas, programas na cachola parta com um sorriso para a próxima reunião de Tropa. Comece normalmente. Deixe seus assistentes escoteirar. Você ponha mãos à obra. Após o cerimonial chame os monitores, hora de ouvir. Ouvir meu amigo e não falar! - Vá para um local calmo, sem barulho e comece assim – Amigos, vocês estão vendo que a tropa não anda bem. Muitos saindo. Outros desistindo. Crescimento nas etapas mínimo. Quero ouvir vocês e qual seria o melhor caminho para resolvermos a questão.

                  Claro, eles olharão espantados para você. Mas não fale nada só ouça. No inicio eles olharão entre si e pouco dirão. Aos poucos vão se soltar e você pode até ouvir o que não quer. Mas faz parte e, por favor, aceite! Após um tempo razoável pergunte a eles o que fazer para melhorar. Se eles não estiverem acostumados a serem consultados (isto é muito comum hoje), se prepare, pois no início nem saberão o que dizer. Melhor mesmo é conquistar a confiança deles. - Que tal uma excursão no próximo domingo só nossa? Vamos sair cedo, e voltamos à noitinha. Podemos quem sabe treinar um pouco de pista mateira ou fazer um fogão tropeiro, seja sincero, diga que não sabe fazer. Diga que nunca fez e vai ser a primeira vez. Cante com eles, mostre que é amigo e não o dono da tropa. Deixe-os fazer um café, assar umas batatas, quem sabe uma macarronada. Entendeu? Não faça nada, por favor! Deixe que eles pensem e façam. Se você tentar ajudar tudo vai voltar como antes. É importante que você só oriente e claro assistindo sempre o que eles farão. Aprender fazendo meu amigo!

                   A tarde chega quem sabe brincar um pouco? Fazer jogos com três ou quatro não é fácil. Porque não procurar uma sombra, sentar a vontade e contar “causos”. Eles e não você! Quem sabe eles não irão se abrir mais com você? Hora do retorno hora da limpeza do campo. Viu que tudo foi improvisado. Qual o intuito? Se conhecerem melhor. Sempre achamos que conhecemos a todos e muita vez passa despercebidas outras tantas que desconhecemos. Mas na volta não esqueça. Ao chegar à sede, pelo menos meia hora para analisar o que aconteceu se foi válido e se daqui para frente pode surgir à nova Patrulha DE MONITORES, Você o Monitor um deles sub Monitor e olhe pergunte se os sub monitores devem participar de alguma atividade.

                     Bem você deu o inicio. A arrancada foi feita. É hora de partir para um bom programa de treinamento dos monitores. Mas não esqueça, ele é continuo. Nunca para. Lembre-se que o treinamento constante não deve prejudicar as reuniões de tropa, pois elas irão servir se eles, os monitores estão mais motivados, se conversam mais com seus patrulheiros, e se as reuniões de Patrulha acontecem normalmente com a participação de todos nas ideias e sugestões. Durante pelo menos uma vez por mês, faça uma atividade só com eles. Pode ser de poucas horas ou de um dia e claro um acampamento deve ser marcado em breve. Discuta com eles como será este acampamento nos moldes de Gilwell. O que é isto? Fácil. Patrulhas autônomas. Escolhem seu campo, constroem tudo que precisam para desenvolver suas atividades. Terão tempo para as barracas, para o fogão seja suspenso ou não, para as fossas, para a mesa, para os bancos, para o toldo e uma infinidade de pioneiras com você longe deles. No seu campo meu amigo. Lá sim faça o que quiser.

                        Sempre digo para meus monitores que o mais importante em uma tropa é o programa. Ei! Não estou falando do programa de reuniões. Estou falando do programa que eles adoram. Atividades ao ar livre. Sei que você pode ser daqueles que gosta muito de atividades sociais, serviços comunitários, participação em bloco nas atividades religiosas. Não sou contra, mas uma por ano! Repetir sempre? Veja a foto da atividade que fez há dois anos, quando foram fazer uma atividade comunitária. Quantos escoteiros ainda estão naquela foto hoje? Meu amigo, a tropa quer ir para o campo. Querem atividades aventureiras. Quer ter um facão na mão. Querem comer arroz queimado, querem fazer o que muitos contam que fizeram. Sentar em volta do fogo, cantar, sorrir e contar seus causos. Assim dê a eles o que eles querem. Não invente!

              O importante para estancar o desanimo é fazer e não imaginar. Não prometa nada. Você já prometeu tanto e será que os que ainda estão vão acreditar? Deixe seus monitores à vontade para isto. Agora se você é daqueles que gostar de falar, de mostrar seus conhecimentos, de contar seus causos, de ficar espezinhando no campo de patrulha como fazer uma pioneiría, por favor, esqueça este artigo. Ele não é para você. Eu fico triste em saber que você ainda não “pegou” o verdadeiro sentido da coisa. Não está vendo a alta evasão nos últimos anos na tropa? Olhe tentei ajudar, mas se pensa diferente fique a vontade. Não vai adiantar dizer que a evasão hoje no Brasil passa de mais de quarenta por cento ao ano. Mentira? Porque a UEB não publica a verdade? Afinal ela tem tudo nos registros. Mas olhe se quer mudar está na hora. Pode contar comigo sempre. Breve irei publicar um artigo continuação deste.
Abraços fraternos e sucesso!

Chefe Osvaldo


Você está sentindo que nem tudo vai dando certo na sua Tropa escoteira? Os jovens estão desanimados, alguns saindo, uma evasão que não dá para estancar? É hora de ação, de mudar, se você quer dar um jeito nisto e acredita em seus monitores, este artigo pode ajudar você. Olhe só para chefes que não sabem onde estão pisando. Se você é um craque, se sua Tropa é um sucesso este artigo não é para você.

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