Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

sábado, 6 de janeiro de 2018

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Síntese de uma semana que passou.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Síntese de uma semana que passou.

                 Levantei tarde. Meu corpo só pedia cama. Velho não tem jeito. Ainda prostrado na cama com as mãos embaixo da cabeça meus pensamentos correram por tempos passados e tempos de hoje. Isto eu faço sempre. Seis dias de 2018. Só? Só, não tem mais. Tenho que sobreviver por mais um ano. Será que dá? Amigos e amigas insistem em dizer que não posso partir. Dizem que minhas histórias não podem parar. Seria bom se isso fosse verdade. Não brigo com o mundo, não brigo com meu destino. Aceito sem discutir. Não dou nó em pingo d’água. Presto continência aos doutores e não fujo da “raia”.

                 Como sempre escrevi na segunda, na terça na quarta quinta e sexta. Antes os sábados eu aplaudia a meninada escoteira pela reunião gostosa que ia acontecer. Hoje não. A maioria em férias. Entendo. É necessário aproveitar para dar uma viajada nas pelejas da vida. Quem não precisa? Eu sei Chefe que você tem outros afazeres e não só escotismo. Não discuto. Escotismo não é uma escola diária onde as matérias são dadas conforme a formação dos alunos. É uma maneira de aprender brincando, cantando e fazendo coisas que na sala de aula não existe. Nosso Líder dizia que o campo e aprender a fazer fazendo vivendo em grupo é o suficiente. Uma vez por semana por menos de três horas é o suficiente.

                Quatro por mês, quarenta por ano, descontando dois meses de férias. Juntando os acampamentos excursões e o escambal, temos uma média de duzentas horas por ano. Dizem que não precisamos mais. Outros reclamam. Eu prefiro não dizer nada, vivi os dois lados da razão e minha opinião eu prefiro não dar. Muitas vezes calando não esticamos discussões que não levam a nada.

                - Voltando à semana, no dia primeiro escrevi o artigo com o título Os Sonhos não Podem Morrer. Foi uma espécie de mea-culpa pelas respostas ferinas que dei a alguns que não concordaram com meu pensamento. Faço isso sempre, mas é duro você passar na escola escoteira por setenta anos e ver um aprendiz desdizer do que você disse. Isto hoje é frequente. Temos muitos cientistas escoteiros que sabem onde devemos caminhar sem medo de errar.

                - No dia dois prestei uma homenagem à canção “A Árvore da Montanha”. Achei que ela merecia um tributo por parte dos escoteiros. Queira ou não do lobinho ao pioneiro, do Chefe ao dirigente todos conhecem o repique da Arvore da Montanha. Como sempre era uma história simples e poucos se arriscaram a comentar. – No dia três em minha crônica perguntei: - “Qual o melhor acampamento para você?”. Fiz uma resenha do ontem e do hoje, da falta de locais, de materiais e que muitos estão trocando o campo pela boa ação na cidade, limpando córregos, praças ruas e o escambal. Isto tem futuro? Ninguém ousou comentar.

               - Hã! No dia três também postei um conto. “A dor de uma saudade”. Para chorar e poucos se arriscaram a ler. No dia quatro lasquei uma nova foto de BP em minhas paginas e grupos. Baden-Powell e seus comentários abespinhados, nem preocupantes, mas analítico no seu modo de pensar. Pela foto (ela tá bonito pacas!) e pelos comentários houve uma revoada nos comentários e compartilhamentos. Neste mesmo dia publiquei “As Associações Escoteiras no Brasil.”. Foi à conta. Dezenas de comentários a favor e alguns contra. Bateu o recorde da semana em compartilhamentos. Fico feliz quando dou uma martelada no dedo e todos gritam de dor. Risos.

              - Ontem dia cinco Escrevi mais uma carta a Baden-Powell. Fictícia é claro. Ele não vai receber. Uma pena. Mas quem sou eu um pobre mortal enviar uma carta espiritual a Baden-Powell? Necas de catibiriba. Mas me senti bem ao escrever. Poucos concordaram comigo. À noite a minha história “De ilusão também se vive”, não repercutiu. O sonho e a morte do Chefe Polar não teve muitas adesões. Histórias são assim, compridas poucos leem do começo ao fim. Entendo.

                Queira ou não foi uma boa semana. Meus boas noites foram recordações do meu tempo de escoteiro. Muitos não acreditam e eu não obrigo ninguém a acreditar. Eu e Célia todas as tardes vamos para a varanda para ver a vizinhança passar. Tarde! Dizem. Eita gente educada. Não temos montanha para ver o por do sol, fingimos que vemos suas cores indo se misturar com o negrume da noite. No pensamento já estou a martelar meus escritos da próxima semana. Dia nove só um.

               Já me considero um Velhote fazendo um novo aniversário. Comerei um pedaço de bolo, atenderei telefonemas de quem me quer bem e lerei os escritos dos amigos me desejando parabéns. Gosto disso. Muitos não se arriscarão a escrever, preferem os “chatos” símbolos Smiley e Emoji. Ops! Desculpem. Ainda sou da moda antiga prefiro um escrito de olá, tudo bem, mas que venham símbolos, não vou reclamar.

                Eita velho chato. Um dia um Chefe me disse: - Chefe nem morto iria participar do seu grupo. Voce é um pé no saco. Kkkkkk. Pois é, tem gente que gosta tem gente que não. Como dizia o Chefe Wander meu compadre: - E ele ficou com uma cara de “Besta” enfiou a viola no saco e se mandou para as montanhas. Dizem que vive lá até hoje!
Boa tarde.     

Nota - Uma resenha da semana que passou e do que escrevi. Nada de novo no Front! Comentários que li daqueles que se arriscaram ler. Como sempre sou danadamente crítico e velhote metido a Impeesa, um lobo dorminhoco que dorme demais. Evitei ao máximo contestar quem foi contrário aos meus pensamentos. Afinal eles estão na ativa e eu escondido na Toca da minha morada e pouco posso sair para ajudar. Uma bela e linda tarde para todos, abraços fraternos!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

obrigado pelos seus comentários