Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Um dia eu fui Chefe Escoteiro.


Um dia eu fui Chefe Escoteiro.

                    Para quem, como eu, sentiu quando criança o apelo da selva, que me levou a ser um lobo de Seeonee, talvez seja mais fácil falar da coragem necessária nos nossos dias, para assumir como “Chefe” de escoteiros. Esqueça o título. Não é tão importante como o trabalho que vai realizar. São desafios que nos impõe o simples ato de se estar em permanente luta contra alguns “valores” instalados no cotidiano da sociedade em que vivemos. Quem pretenda ser líder de jovens terá, forçosamente, que se entregar de corpo e alma que lhe exige a maior parte das vezes, completa dedicação a um trabalho em tempo quase integral e sem qualquer remuneração, mas com muita “obrigação”, como seja formar pelo exemplo os jovens cidadãos que irão ser os futuros líderes da nossa Pátria, falando do nosso querido Brasil.

                    É este é um enorme desafio que vemos ser imposto ao escotismo dos nossos dias, mas com a manutenção dos valores dos nossos ancestrais transportados para os nossos dias, depois de adaptados às realidades que os nossos jovens hoje têm necessidade de enfrentar, seja no campo ou na cidade. Para um Chefe Escoteiro, há que encontrar forma de vencer as “temíveis” pragas que são os computadores os jogos virtuais as programações “agressivas” das televisões que temos o desenraizamento da vida no campo, os mil e um concertos de “metálica”, “rock” ou outro tipo de musica, a vida sem regras vivida na noite, e tantas tentações, mas que seria fastidioso continuar.

                    No escotismo apenas podemos oferecer as noites de confraternização “ao redor da fogueira”, a realização que é conseguir fazer aquela mesa com amarrações perfeitas, porque é com orgulho que colocam a “técnica” dos nós em ação... E não é que ficou tudo ótimo? E o jogo que foi qualquer coisa para recordar, tal o empenho posto no mesmo... Até para mostrar aos “chefes” que merecem ir ao próximo acampamento nacional, não apenas para jogar, mas para brilhar. No final o escotismo é fiel ao lema: - “Mens sana in corpore sano” – (“Uma mente sã e um corpo são”).

                  Perguntei-me diversas vezes se isto suficiente para uma escola de vida virada para uma formação integral e contínua. Estou convencido que é um grande passo como programa educativo dessa “Escola de vida”. Estive ativo no escotismo desde o sete anos e hoje estou chegando aos 76 anos. Deixei as atividades de campo há alguns anos. Foi uma parte importante da minha vida aquela que passei no escotismo, aprendendo até aos dias de hoje a “Cumprir meus deveres para com Deus e a Pátria obedecendo a Lei do Escoteiro, como disse no dia da minha promessa”.


                  Costumava em meus cursos que colaborei no passado lembrar aos novos chefes que ser Escoteiro não é andar com uniforme, cumprimentar com a esquerda, fazer a saudação, passar alguns dias acampado, seguir pista, lançar canções para o ar... Existe algum muito mais importante que se chama dignificar o Uniforme Escoteiro e ao escotismo que alguém um dia chamou o Uniforme da Alma!                  

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