Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Apenas uma reunião de Gilwell.



Apenas uma reunião de Gilwell.

                    Não eram tantos, mas era um número considerável para aquela reunião de Gilwell em uma floresta perto da cidade. Um bom bocado nunca tinham participado e esperavam ansiosos pelo seu inicio. Sempre tiveram o sonho de estar lá, junto com irmãos escoteiros que tiveram de se esforçar para pertencer com orgulho do 1º Grupo de Gilwell. Muitos comentavam que o que ali se passava era confidencial, outros não escondiam que era uma reunião de amigos, uma historia uma lenda, e confraternizar com a Canção de Gilwell lembrando o título de sua matilha ou patrulha e cantar como se ainda estivessem em cursos passados.

                   A espera do inicio fazia com que muitos olhassem no relógio, conversassem entre si, para que a impaciência não tomasse conta do sonho de ser mais um do 1º Grupo de Gilwell. Finalmente foram chamados ao salão. Em circulo olhavam uns para os outros, os mais novos e mais antigos o que se deduzia que ali a fraternidade reinava de maneira concreta e real. Ninguem esperava, mas adentrou a sala um Velho Escoteiro, fisionomia carcomida pelo tempo, com um toque, toque de sua bengala, foi até onde estava o dirigente da reunião e educadamente pediu a palavra. Todos o fitaram e esperavam ansiosos no que ele ia dizer.

- Caros amigos e irmãos de Gilwell, estamos aqui reunidos alguns pela primeira vez, pensando como seria e como deve nosso encontro e nos transformar na Grama Verde Gilwell onde histórias ficaram marcadas para sempre em volta do fogo na clareira. Muitos de vocês já ouviram falar do primeiro encontro onde Baden-Powell dirigiu uma breve palavra a todos. Não vou repetir suas palavras e sim acrescentar outras que vale a pena ter a atenção de todos. – Vocês sabem, essa nossa vida é tão curta... O tempo em que ficamos neste mundo é tão breve... E esquecemos que existem tantas coisas boas, úteis, concretas e que, principalmente, estão ao nosso alcance e as deixamos de lado. Não lhe damos a atenção necessária. Talvez por não acreditarmos que os momentos e os detalhes são únicos. Ou talvez por esquecermos que as oportunidades podem ser descartadas, mas dificilmente repetidas.

- Deu uma parada, respirou fundo e continuou: - Estamos sempre nos queixando pelas grandes obras que não podemos realizar e deixamos de lado aquelas pequenas que nos são possíveis. Vivemos desejando asas, enquanto nossos pés nos convidam a pisar firme no chão. Acreditamos que a nossa felicidade está naquilo que desejamos e deixamos de amar o que possuímos. Nossa vida é breve e temos muita coisa útil a realizar. De modo algum se justifica nossa busca por satisfações efêmeras, enquanto nossa realização está justamente naquilo que já é nosso.

- Respirou fundo e terminou dizendo: - Devemos nos lembrar de que passaremos por este caminho, este mundo, uma só vez. Precisamos, portanto, aproveitar estas oportunidades única e breve, precisamos reconhecer que somos chefes e se estamos aqui foi porque Deus nos deu esta missão. Que o espírito de BP esteja neste encontro, que Gilwell signifique para todos mais que apenas um lenço e um certificado... Sempre Alerta!

                    Deu um sorriso, e saiu da mesma maneira que entrou desaparecendo na penumbra da floresta onde se realizava a reunião!


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