Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

sábado, 24 de junho de 2017

Que Chefe sou eu?


Que Chefe sou eu?

             Hoje é sábado. Todos escoteirando. Resolvi escrever sobre o “Chefe”. Sem ofensas. Não coloque a carapuça! Afinal nem lhe conheço e fazer comentários do seu modo de ser é falta de cortesia e educação. Portanto fica o dito pelo não dito. Como diz a Célia muitas vezes só falo bobagens. Vixi! Mas eu gosto de pensar como são os chefes escoteiros de hoje e de ontem. Pensar. Não fiz pesquisa. Não tenho dados reais. Mas cá prá nós tem cada tipo que a gente pensa: - Este sim é o tal, seus jovens terão futuros promissores. E os outros? Tem aqueles que... Calma vamos dar nome aos bois custe o que custar.

O Chefe Viajante.
- É um bom sujeito. Está em todas. Não leva a tropa, mas sempre está com alguém. Pode ser um amigo pode ser um filho ou a esposa. Não perde uma. Convidou? Ele vai estar lá. Sempre tira foto de onde foi ou com quem conversou. Conhece gente à beça. Tem bom papo boa prosa e prá dizer a verdade nem sei se a tropa ou alcateia dele existe, pois ele quase não vai à reunião.

O Chefe sabe tudo.
- Ele é demais. Conhece prá xuxu! Se você fala em B.P ele quase diz que esteve lá em Brownsea e fez curso em Gilwell. Se você diz sobre o Sistema de Patrulha ele faz com perfeição. Se falar da Corte de Honra à dele é a melhor. Aí você vai até lá no seu grupo e volta cheio de decepção. Falar mais o que?

O Chefe universitário.
- O cara é demais. Fez faculdade e faz questão de dizer prá todo mundo. Acha que domina o escotismo de cabo a rabo. É capaz de criar modificar, fazer e acontecer. Tem explicação tem papo e acha que tem a solução do escotismo na mão. Já li sobre um que dizia que sabe o que os jovens querem. Perguntar para eles é perder tempo dizia. Valha-me Deus destes tipos. É de doer.

O Chefe doutor.
- Não, ele não é médico “devogado” ou parecido. Ele quer aprender. Não perde um curso. Saí de lá abraçando dizendo que foi o melhor curso do mundo. Está sempre perguntando levantando as mãos e fazendo anotação. Tem pilhas de cadernos e apostilas. Lê tudo que lhe cai as mãos. Tem sua biblioteca particular. Adora ofertas de material escoteiro. Seria ele o Chefe ideal para o escotismo crescer? Pode ser.

O Chefe Internacional.
- Não perde uma atividade fora do Brasil. Passa anos juntando seu rico dinheirinho só para estar em um Jamboree. Conheci um que esqueceu que sua família estava fazendo economia para ele se esbaldar nas “estranjas”. Quando volta é capaz de ficar com você contando cada passo do Japão, na Austrália, dos Estados Unidos, da Inglaterra na França e nossa! O cara conhece toda a liderança mundial!

O Chefe Colecionador.
- Adora. Tem coleções de tudo. Sempre leva consigo dúzias de lenços do seu grupo para trocar. Tem distintivos, manda confeccionar só para trocar. Tem aqueles que desde a época dos “Companheiros da Pena” (Penpal) escreviam só para tirar o selo para sua coleção. Exibem com alegria e fazem questão de se fotografar.

O Chefe chefão.
- Ele é o tal. Fez a IM corre para fazer os cursos de formação. Sonha ser um formador. Acha que tem prestígio e está sempre junto aos grandes do poder. Quando recebe uma conta, uma medalha ou um simples diploma de mérito faz questão de tirar uma foto e distribuir nas redes sociais. Sinceramente não sei como é sua tropa, pois na sua página não tem fotos. Só dele junto aos figurões.

O Chefe anjo.
- Simples, educado, conversa com humildade. Não levanta a voz. Aceita tudo que você diz. Se falar mal dos nossos dirigentes ele completa – Temos que nos preocupar com as crianças, eles lá em cima sabem o que fazem. Como diz BP este é o Chefe padrão. Será que é o que precisamos para melhor o escotismo no Brasil?

O Chefe menino.
- Este sim, briga por um lugar ao sol. Quando entra muitas vezes entrou adulto. Criança não participou do escotismo. Agora sonha em acampar, fazer nós, pular a fogueira, subir no pau de sebo, atravessar uma garganta no nó de evasão. Sonha em acampar, cozinhar, fazer pioneirías cantar dançar e representar no fogo de conselho. Muitas vezes quer fazer às vezes do escoteiro ou lobinho.  

O Chefe formador.
- Ele dirige ou participa de dois ou três cursos por ano. Tem pose de BP. (nem sei se BP era assim). Alguns fazem questão do elogio dos alunos. Outros estufam o peito para dizer “Eu sei como fazer”. Ele sempre diz a palavra final. Adora a parafernália visual eletrônica. Um dia vi um borrachudo dar uma mordida em um e ele o pegou, torceu seu pescoço e disse: - Aprendeu papudo!

O Chefe com Letra maiúscula.
- Este sim é o exemplo. Ouve seus jovens, visita sua casa. Conhece os pais. Ouve e analisa como melhorar a formação com seus escoteiros ou lobos. Sabe que a patrulha e a Corte de Honra é seu manancial para desenvolver toda tropa. Adora acampar com seus monitores. Faz pelo menos três acampamentos anuais com a tropa. Respeita e é cortês com seus assistentes. Suas patrulhas ou matilhas são quase eternas no tempo que ficam no escotismo. Tem um olhar simpático, não é arrogante, sabe cumprimentar e tratar bem a todos que estão a sua volta.


                Vou parando. Teria ainda muitos tipos de chefes para comentar. Outro dia volto. Eu mesmo não me qualifiquei. Quem sabe Chefe Linguarudo? Risos. Pode ser. Não sou Salomão, portanto não sou ninguém. A você meu caro Chefe, tudo de bom, meus parabéns e olhe seja quem você é eu só posso lhe dar um abraço, um sempre alerta e um até breve. E viva a tradição Escoteira!

nota: - Falta do que fazer resolvi analisar os chefes que temos no Brasil e no mundo. Mas eu? Mal fui à Argentina e no Uruguai como posso saber? O que conheço para analisar? Nem mesmo tenho poder de entrar no SIGUE aquele programa que sabe até quem são os escoteiros de Marte. Mas dizem que sou linguarudo e pelo sim pelo não, escrevi. Como dizia Boris Casoy “Doa a quem doer”. Risos.   

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