Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Valeu a pena e se valeu!


Conversa ao pé do fogo.
Valeu a pena e se valeu!

                 A cada dia que passa minha felicidade aumenta. Aumentou quando cheguei pela primeira vez no Orkut. Depois com minha nova casa o Facebook. Comecei do nada, uma página simples que foi crescendo até atingir hoje os 5.000 amigos. Muitos me procurando e eu sem condições de abrir a porta da minha morada a eles. Tomei uma resolução e comecei nova página. Já passou dos 3.000 amigos. Nela recebo todos com o coração aberto. Como tudo que faço rende frutos, comecei um grupo que hoje está com quase 17.000 amigos. Na sequência vieram mais dois grupos. Minhas histórias meus contos e meus artigos já são conhecidos de norte a sul. Tenho amigos no Rio Grande do Sul e passando por todos os estados do Brasil fiquei o pé no Acre. Logo vieram os amigos da America do Sul, da Europa e da America do Norte. Ásia e Oceania deram seu alerta e estão aqui presente. Quem imaginava?

                Eles chegaram e deram-me a honra de comentar, curtir e compartilhar meus escritos de um simples escritor escoteiro que um dia se arrolou como um expert em escotismo que nunca foi. Tive algumas defecções. Tinha de haver. Afinal apesar de ter nascido UEB e pretender morrer com ela não assino em baixo tudo que fazem. Certo ou errado os que eu considero e considerava como errado o caminho que estavam fazendo nos níveis regionais e nacionais, a maioria dos dirigentes preferiram não ser meus amigos. Deixaram minhas páginas e os grupos que atuo. Tenho que aceitar a lógica democrática mesmo sabendo que nossa associação não é democrática. Minha experiência começou em outubro se não me engano no ano de 1947 onde tive a felicidade de iniciar minha vida Escoteira. Nunca desisti e mesmo menino não me deixava levar por tudo que diziam. Quando Comissário Regional em Minas Gerais apresentei uma série de estudos que fiz do escotismo e sua falta de crescimento. Nunca deram a mínima como até hoje não dão.

                Em São Paulo convidei uma centena de chefes, formadores, bem colocados na direção para conversarmos e ver se o nosso rumo era certo. Não estávamos crescendo e poucos lideres nas comunidades conheciam o nosso valor.  Em poucos meses a maioria se afastou. Uma porque foram admoestados pelos dirigentes, outra porque não concordavam com o que eu apresentava. Era um direito. Todos temos. Tive a hora de ser um Líder em cinco Grupos Escoteiros. Duas vezes Comissário Distrital e membro da Equipe Nacional de adestramento (hoje formação). Durante alguns anos fui o responsável pela Equipe de Adestramento em São Paulo. Orgulho-me dos amigos que fiz em mais de duzentos cursos que apliquei em vários estados brasileiros. Nunca em tempo algum abaixei a cabeça ou me acovardei, ou mesmo aceitei as alterações que fizeram do programa Escoteiro. Fui e sou contra a nova vestimenta, não por ela em si e sim pela maneira impositiva, pela maneira discutida em quatro paredes, pela falta de transparência e mesmo dizendo que sim eu sei que não houve consultas e nem pesquisas. Em um belo espetáculo apresentaram seus resultados em uma reunião do Congresso Escoteiro. Até então ela permaneceu escondida a sete chaves. Isto é transparência? Houve  democracia?

               Recebo mensalmente dezenas de relatos de perseguições, de chefes que desistem de jovens que reclamam o que acontece em seus grupos. Vejo em muitas páginas alguns sendo ameaçados, e sempre com o velho chavão de se não está satisfeito vá à assembléia ou então copiam o que diziam os ditadores do passado. Brasil ame-o ou deixe-o! Escotismo! Ame-o ou deixe-o! – Por quê? Porque eu tenho de desistir? Eu não comecei ontem, em fiz uma promessa em 1947. Eu fiz escotismo como poucos fizeram. Eu rodei o Brasil como Escoteiro. Eu fiz tudo para ajudar a todos que me procuraram. Falei com pessoas importantes, saí do emprego diversas vezes para falar com governadores e outros políticos que julgava podiam trazer dividendos ao escotismo. Em meu estado estive presente apertando a mão de milhares de chefes em mais de uma centena de cidades.

                 Um dia quase desisti. Cheguei a pensar em fazer um escotismo à parte, outra associação, mas sem fugir do método e do programa de Baden-Powell que os lideres dizem ser deles. Os que assim o fizeram são motivos de perseguições e processos nas diversas estâncias judiciais do Brasil. A ideia não foi avante. Eu ia lutar a moda Escoteira, com um sorriso nos lábios e meu amor ao movimento badeniano que sempre esteve preso em meu coração. Com a internet achei um campo ideal. Hoje escrevo histórias que sei são contadas em centenas ou milhares de reuniões de tropa e alcatéia. São cantadas em versos em Fogo de Conselho. Quer maior orgulho? Meus artigos onde faço comentários sobre os desmando, sobre a ideia anti democrática de muitos que em um ano eleitoral fizeram de tudo pelo seu candidato, vi que no escotismo não abrem mão da ditadura do proletariado. Poucos se dão o direito de discordar e eu sei que se fizerem isto as perseguições se farão existir.

                 Escotismo ou Escoteiro é uma palavra mundial. Não tem dono. Quem se arvora em ter os direitos não tem nenhum espirito Escoteiro ou respeito com nosso fundador. Ele se acha como um potentado de um país qualquer onde um só manda e os demais obedecem sem discutir. Não existe volta para as mudanças que fizeram. Os antigos aqueles que participaram de um escotismo de raiz, um escotismo aventureiro onde um chapéu de abas largas era reconhecido em qualquer parte do Brasil, não reconhecem estas alterações. Alegam os amigos do poder que vivemos uma nova era, precisamos ser moderno para crescer. Querem nos fazer crer que é o caminho para a glória. Mas eu meus amigos e minhas amigas ainda luto mesmo sabendo que sou um Escoteiro que anda só. Os novos que hoje lideram as sessões Escoteiras não tem o que discordar. Aprenderam assim, mas eles também deviam pensar que sem a democracia não somos ninguém. Eu sempre digo que meu direito termina onde começa o seu.

        Sempre digo que não entendo de politica. Não sei fazer normas e nem tampouco sei agradar a gregos e troianos. O que sei fazer e acho que faço muito bem é motivar através dos meus escritos que no dia a dia posto aqui. Quero levar as  mentes Escoteiras o que é um escotismo fantástico onde o jovem vive uma realidade, onde a fé que remove montanhas irá fazer dele no futuro um homem ou uma mulher que poderemos acreditar em sua honestidade, em sua ética em sua honra e em seu caráter. Hoje me sinto realizado. Meus livros e escritos que a UEB nunca se interessou é lido por boa parte dos Escoteiros do Brasil. Seja da UEB ou de outras associações que eu os considero meus irmãos.


                  Ainda visto meu uniforme caqui com orgulho. Tenho o meu lenço da Insígnia o mesmo que ganhei em 1966. Coloco as poucas medalhas que me deram e olhe recebi por ser um dirigente, pois se não o fosse não teria recebido. Não aceito que por não ter o registro na UEB possam dizer que não sou Escoteiro, para mim apenas um número, uma burocracia. Fiz meu melhor escotismo sem ele. Acho que não sabem o que é valor, o que é honra, o que é ética, dignidade e a palavra Escoteira. Serei o que sou ontem hoje e sempre. E tenho um enorme orgulho de ser um Escoteiro que ama sua farda, sua promessa e que até em seus últimos dias irá se orgulhar de um movimento que é de Baden-Powell e de mais ninguém. Sempre Alerta! 

  

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