Conversa ao pé do fogo.
Em algum lugar do presente.
Um tributo ao Chefe Escoteiro.
Vejo exclamações, um
calor excitante e uma alegria sem fim de Chefes que saúdam com ênfase seus
jovens meninos e meninas. Ali estão eles na Tropa Sênior, na Tropa Escoteira ou
os simpáticos Lobos azuis das terras de Seeonee. Sempre é bom ver isto, ver que
a motivação aflora que ela apaga as pedras encontradas no caminho, que sempre
existe um por do sol para a lua rechonchuda e brilhante que sabe no amanhã
aquele formoso sol irá retornar. “C’est lá vie”, ou melhor, dizendo a vida é
assim mesmo, perder hoje para ganhar amanhã. O Chefe Escoteiro não tem na vida
um mar de rosas. Encontra-se sim muitas vezes algumas perfumadas em seu caminho
quando vai para o campo a lobear ou escoteirar com seus miúdos curumins saracoteando
por estradas ou trilhas tentando ver quando aparece uma borboleta azul ou
vermelha, a esvoaçar o céu para fotografar.
Seja ele ou ela começando
seu aprendizado ou um velho Escoteiro que segue modesto e despretensioso seu
conhecimento de anos de experiência, porque não dizer humilde com orgulho seu
caminho a seguir. Ali é sua trilha, sabe
que sua senda é olhar para aquela escoteirada ou lobada pensando que um dia
eles serão pessoas de bem. Sua prece diária é de um vencedor. Orienta-se com
seus amigos, faz cursos, abraça seus assistentes ou chefes e segue seu caminho
sem procurar um atalho para encontrar seu desfecho, pois ele não tem fim. Seu
coroamento do êxito da sensação de felicidade lhe abrota quando uma pequenina
face se abre num sorriso como a dizer: - Obrigado Chefe. Ele sabe que esta é sua
paga sua retribuição seu honorário seu prêmio seu galardão. Sabe que o sorriso
partindo dos seus pequenos tem valor enorme para lhe dar novo ânimo, sua moral
se eleva a confiança aumenta e com determinação lembra-se de sua decisão de um
dia ter se tornado um deles, aqueles chefes abnegados que não tem dia e nem
lugar para escoteirar...
Olha uma nuvem que passa e vê o
vento trazer muitas outras, formatos diversos uma delas parecendo à foto do
fundador. Homem inesquecível, memorável notável e famoso se igualando aos
maiores educadores da humanidade. Seus olhos brilham ao lembrar-se da vida do
seu herói. Rataplã ele canta baixinho, um lobo ou um escoteirinho o acompanha –
Do arrebol Chefe, Escoteiro vede a luz! A menina escoteira sorri e completa –
Rataplã olhai o sol e a Lobinha grita em plenos pulmões - Do Brasil que nos
conduz! Fascinante, ele ou ela quase choram de emoção. Isto é bonito demais! É
como uma revoada de pardais que resolvem voar sobre o céu azul para saudar aqueles
bravos e isto lhes dá enorme sensação do dever cumprido. Sabem que é preciso
ousadia para romper a crença da derrota que muitos apostam que vai acontecer. Sabem
quem dita às regras muda de rota e quer ser livre e feliz de verdade com aquele
batalhão de jovens que os ensina que não tem fim de pista, só o caminho a
seguir.
O que era antes de estar aqui? Um sábado monótono, tedioso, maçante,
enfadonho e aborrecido. Mas tudo muda o passado hoje é presente. Um sorriso
cantante lhe faz lembrar que passou a ser um educador. Quem sabe mais que isto,
pois lhe chamam de mestre de Chefe de Akelá de tantas coisas que o bom mesmo é
saber que se tornou um irmão mais Velho. Quer ajudar e escoteirando vai aprendendo
a ensinar. Chega o dia de Promessar. Nunca esqueceu. Data marcante para sempre
na memória. Foi uma apoteose. Agradeceu a Deus pela oportunidade de se sentir
responsável de poder ajudar, de poder abraçar e falar ao mundo que agora
pertencia a maior fraternidade de jovens Badenianos que existe e que nunca será
superada por nada. Sabe que ali se estivessem vivos, Aramis, Athos Porthos e D’Artagnan
juntariam vozes e abraços a gritar: - Um por todos, todos por um!
Volta para casa... Diz
sempre alerta e melhor possível. Está sorrindo. Dever cumprido. Deu o que podia
para fazer a meninada feliz. Pais e mães o olham espantados ao ver que tem os
olhos brilhantes e um sorriso nos lábios. Seria tão bom assim? Pensam eles. A
saga que não acaba. O dia que não termina, pois sábado que vem tem mais. Vai
para casa abraça seu filho ou sua filha, ela a esposa querida ao seu lado a
dizer que valeu. Outros estão sós, mas acompanhados por Deus. Dever cumprido, tarefa
realizada sem imposição ou obrigação. Aceito por uma dádiva e alegre em saber
que ajudou a fazer seu país melhor. Não é assim que Ele seu mestre B-P disse? –
Deixe o mundo melhor do que encontrou! Vida vencida. Dormir com alegria de ter
ajudado. Ele sabe que ali pode surgir um dia alguém que vai mudar nosso país!
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