Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Em algum lugar do presente. Um tributo ao Chefe Escoteiro.


Conversa ao pé do fogo.
Em algum lugar do presente.
Um tributo ao Chefe Escoteiro.

                      Vejo exclamações, um calor excitante e uma alegria sem fim de Chefes que saúdam com ênfase seus jovens meninos e meninas. Ali estão eles na Tropa Sênior, na Tropa Escoteira ou os simpáticos Lobos azuis das terras de Seeonee. Sempre é bom ver isto, ver que a motivação aflora que ela apaga as pedras encontradas no caminho, que sempre existe um por do sol para a lua rechonchuda e brilhante que sabe no amanhã aquele formoso sol irá retornar. “C’est lá vie”, ou melhor, dizendo a vida é assim mesmo, perder hoje para ganhar amanhã. O Chefe Escoteiro não tem na vida um mar de rosas. Encontra-se sim muitas vezes algumas perfumadas em seu caminho quando vai para o campo a lobear ou escoteirar com seus miúdos curumins saracoteando por estradas ou trilhas tentando ver quando aparece uma borboleta azul ou vermelha, a esvoaçar o céu para fotografar.

                      Seja ele ou ela começando seu aprendizado ou um velho Escoteiro que segue modesto e despretensioso seu conhecimento de anos de experiência, porque não dizer humilde com orgulho seu caminho a seguir.  Ali é sua trilha, sabe que sua senda é olhar para aquela escoteirada ou lobada pensando que um dia eles serão pessoas de bem. Sua prece diária é de um vencedor. Orienta-se com seus amigos, faz cursos, abraça seus assistentes ou chefes e segue seu caminho sem procurar um atalho para encontrar seu desfecho, pois ele não tem fim. Seu coroamento do êxito da sensação de felicidade lhe abrota quando uma pequenina face se abre num sorriso como a dizer: - Obrigado Chefe. Ele sabe que esta é sua paga sua retribuição seu honorário seu prêmio seu galardão. Sabe que o sorriso partindo dos seus pequenos tem valor enorme para lhe dar novo ânimo, sua moral se eleva a confiança aumenta e com determinação lembra-se de sua decisão de um dia ter se tornado um deles, aqueles chefes abnegados que não tem dia e nem lugar para escoteirar...

                     Olha uma nuvem que passa e vê o vento trazer muitas outras, formatos diversos uma delas parecendo à foto do fundador. Homem inesquecível, memorável notável e famoso se igualando aos maiores educadores da humanidade. Seus olhos brilham ao lembrar-se da vida do seu herói. Rataplã ele canta baixinho, um lobo ou um escoteirinho o acompanha – Do arrebol Chefe, Escoteiro vede a luz! A menina escoteira sorri e completa – Rataplã olhai o sol e a Lobinha grita em plenos pulmões - Do Brasil que nos conduz! Fascinante, ele ou ela quase choram de emoção. Isto é bonito demais! É como uma revoada de pardais que resolvem voar sobre o céu azul para saudar aqueles bravos e isto lhes dá enorme sensação do dever cumprido. Sabem que é preciso ousadia para romper a crença da derrota que muitos apostam que vai acontecer. Sabem quem dita às regras muda de rota e quer ser livre e feliz de verdade com aquele batalhão de jovens que os ensina que não tem fim de pista, só o caminho a seguir.

                     O que era antes de estar aqui? Um sábado monótono, tedioso, maçante, enfadonho e aborrecido. Mas tudo muda o passado hoje é presente. Um sorriso cantante lhe faz lembrar que passou a ser um educador. Quem sabe mais que isto, pois lhe chamam de mestre de Chefe de Akelá de tantas coisas que o bom mesmo é saber que se tornou um irmão mais Velho. Quer ajudar e escoteirando vai aprendendo a ensinar. Chega o dia de Promessar. Nunca esqueceu. Data marcante para sempre na memória. Foi uma apoteose. Agradeceu a Deus pela oportunidade de se sentir responsável de poder ajudar, de poder abraçar e falar ao mundo que agora pertencia a maior fraternidade de jovens Badenianos que existe e que nunca será superada por nada. Sabe que ali se estivessem vivos, Aramis, Athos Porthos e D’Artagnan juntariam vozes e abraços a gritar: - Um por todos, todos por um!


                      Volta para casa... Diz sempre alerta e melhor possível. Está sorrindo. Dever cumprido. Deu o que podia para fazer a meninada feliz. Pais e mães o olham espantados ao ver que tem os olhos brilhantes e um sorriso nos lábios. Seria tão bom assim? Pensam eles. A saga que não acaba. O dia que não termina, pois sábado que vem tem mais. Vai para casa abraça seu filho ou sua filha, ela a esposa querida ao seu lado a dizer que valeu. Outros estão sós, mas acompanhados por Deus. Dever cumprido, tarefa realizada sem imposição ou obrigação. Aceito por uma dádiva e alegre em saber que ajudou a fazer seu país melhor. Não é assim que Ele seu mestre B-P disse? – Deixe o mundo melhor do que encontrou! Vida vencida. Dormir com alegria de ter ajudado. Ele sabe que ali pode surgir um dia alguém que vai mudar nosso país!

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