Uma pequena
Crônica.
Um pouco de
meninos, por favor.
- Vocês dizem: -
Cansa-nos ter de privar cm crianças. Têm razão. Vocês dizem ainda: - Cansa-nos,
porque precisamos descer ao seu nível de compreensão. Descer... Rebaixar-se...
Inclinar-se... Ficar curvado... – Mas estão equivocados. Não é isto o que nos
cansa, e sim, o fato de termos de elevar-nos até alcançar o nível dos
sentimentos das crianças. Elevar-nos, subir, ficar na ponta dos pés, estender a
mão. Para não machucá-las! J.Korczak.
Tenho escrito alguns
artigos que alguns amigos fazem questão de comentar. Bom isto. Alguns defendem
a EB (Escoteiros do Brasil) diferente das minhas posições pessoais. As dou
pensando que passei pela vida escoteira como se tivesse tido a oportunidade de
remar minha própria canoa. Eu desejo sempre o melhor para todos os meus amigos
e de maneira nenhuma irei dizer que o meu caminho e a minha trilha é a melhor.
Mas como diz a Célia minha esposa, hoje eu a copiei: Marido nas minhas três quintas
feiras vou virar o mundo de cabeça para baixo. Adoro minha esposa. Somos unha e
carne e pensamentos quase iguais. Pensei em virar o mundo pelo avesso. Risos. Mas
que mundo? O escoteiro? Difícil. Sou avesso a EB no seu estilo atual.
Ando pensando onde
estão os jovens escoteiros e lobos. Vez ou outra alguém comenta sobre eles e
até publica uma foto. Procuro sempre um campo de patrulha, meninos vivendo sua
aventura, construindo suas pioneiras cozinhando correndo atrás de borboletas e
fazendo o escotismo que fiz. Ops! Longe de seus chefes! Mas é uma miragem. E os
lobos? Matilhas funcionam? Ora bolas não estão dizendo que eles devem aplicar o
sistema de patrulhas, nada disto, mas seria possível ouvir, conversar e perguntar
se estão contentes? Um dia Chefe Lomanto comentou comigo: - Chefe Vado
Escoteiro, se você dá uma vara e anzol sem isca para o escoteiro pescar, ele
acredita. Nunca pescou e nem sabe que sem isca nada se pega.
Chefe isto é feito irão
responder alguns. Falam-se em acampamentos, mas o que vejo? Chefes e chefes. Lá
estão eles na frente dirigindo, comandando, e sinalizando isto quando não estão
em uma atividade regional ou nacional dizendo que desta vez a coisa vai. Vai?
Para onde? Eu sei que sem um adulto não podemos praticar escotismo. Bem tem
senões. Na minha época em nosso grupo quase não precisávamos deles. Sabe o que entristece?
Ver os lobos e escoteiros, perfilados, sentadinhos em fila, ouvindo um Cidadão
escoteiro falar. Ou então sem ele ser consultado ser levado para uma atividade
que não seria o que ele pensava e foi decidida pelo chefe. E os jogos?
Monitores e primos para que? Afinal lá está o incansável chefe explicando o que
fazer.
Sei que muitos não são
assim, quem sabe este novo escotismo Uebeano pode dar certo. Mister Bob um
chefe dirigente já dizia: Chefe, acho que viver é isso. Viver é mudar. Você não é o
mesmo de ontem, e nem o mesmo de amanhã. Mas olhe não me leve a
mal. Se for para seguir o método de B.P não acredito. A EB está caminhando para
um novo escotismo. Nem sei se pode ser chamado escotismo. Mas que ela seja
feliz nos seus planos. Posso sempre estar errado, mas meu ponto de vista será
sempre o ponto de vista do rapaz. Sem isto o escotismo é uma utopia. A EB não
diz, não fala e nem comenta. Mas eu gostaria muito de ver uma pesquisa da
Evasão Escoteira. Afinal qual a média de anos que o jovem permanece no escotismo?
Se B.P pensou em um
mínimo de dez anos para que o jovem absorvesse todo seu potencial no escotismo,
vai longe este número hipotético. Será que um dia vamos ver patrulhas ou
matilhas com dois três anos juntas? Ufa! Acho que é pedir demais...
Para onde vamos? Uma
vez li em um Livro do João Ribeiro algum que dizia: - Para onde vamos? Até hoje
eu me pergunto para onde. Estamos mesmo no Caminho do Sucesso? Não sei.
Analisar o passado o presente e prever o futuro não me cai bem. Não sou mago,
mas escotismo meu amigo ainda tenho minhas dúvidas.
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