Crônicas de
um Velho Chefe Escoteiro.
As coisas não
são como a gente quer.
Não são mesmo. Já pensou você olhar uma pessoa
e dizer o que pensa? Se for seu tipo tudo bem se não forem serão palavras
mordazes que ninguém quer ouvir. Não isto não pode acontecer. Temos que refrear
o pensamento nossos impulsos. Já pensou você em um curso escoteiro, cansado,
vontade louca de dormir e um formador falando, e falando e falando... Será que
ele gostaria de ouvir o que tinha a dizer? Seria seu fim como Chefe escoteiro.
Isto sem contar seu Chefe,
seus amigos antipáticos e até mesmo quando reclama de Deus por não satisfazer
seus desejos. Mas ele é diferente, ele ouve ele entende. Ainda bem! Mas hoje
não vou falar dos que nos cercam, vou ficar no escotismo. Como faço dele uma
filosofia de vida adoro expressar o que penso e o que não posso fazer. Ah!
Escotismo. Pensando bem o que seria do amarelo se todos gostassem do azul?
Diz a poetiza se todos nós
fossemos iguais, ninguém tendo de menos ou demais, quão monótona esta nossa vida
seria quanto sossego, quanta calma... Que tédio que paz... Já pensou? Ô Chefe,
deixa de ser malandro, bacana, seja um pouco de nós! E a Chefinha, bonitinha,
conquistando o Chefe e quem sabe é seu marido? Coisa boa não vai acontecer!
E o Dondinho lobinho filhote
da chefona, que quer a todo custo das especialidades e sem ter idade o Cruzeiro
do Sul? – Putz! Que raiva! E a mamãe Zezé, a mamãe Lurdinha pegando no meu pé? Chefe
e meu filho? Só tem trinta especialidades e o filho da Neném tem quarenta? Pô!
O melhor é calar. Xarape! Não diga nada pode se magoar ou magoar alguém.
Eu não sou fã de carnaval.
Sempre achei que estes dias eram bons para acampar. Uma vez me oferecem cem
reais para tocar meu clarim no Desfile do Ilusão Esporte Club. Famoso na minha
cidade na época. Cem paus não eram de desprezar. Eram três dias e com trezentos
paus eu iria comprar uma faca nova e um canivete suíço. Aceitei! Vestiram-me uma
bata azul na frente do carro alegórico. O cara me beliscando; - Toca. Toca! Que
vergonha! O som fanhoso!
Um dos diretores encheu um lenço
de lança-perfume. Enfiaram em minha cara, em questão de minutos toquei tanto
que se houvesse ali algum Faraó ele me levaria para ser seu representante do
povo... Tocando Clarim! Mas voltemos ao tema. Hoje como sempre recebi diversos
pedindo para entrar em minhas páginas. Não nego. Nunca neguei. Mas preciso de
nome, de foto de algum a identificar. Nem sempre colocam.
Francamente não é fácil
parabenizar alguém com nome de Periquita Bruxa Louca, Juvenal Xerife Escoteiro
ou Maria fulana dos Campos do Arrebol. E as fotos? É educado e gostoso olhar o
perfil de alguém. Principalmente uniformizado. Adoro. Mas lá vem os sem camisa,
os tatuados (?) os cheios de brinco (Putz!), os fazendo caretas, os caras de
gato ou cachorro e aqueles que fazem apologia aos seus candidatos.
Pensando bem é melhor não abrir
mão de falar e dizer o que quiser. Iremos ofender muita gente. Um sorriso nos
lábios e um palavrão na mente. E olhe chega de Chefe feroz, dizendo que vai
fazer isto e aquilo. E aqueles que não perdoam? E os que se comprazem a ficar
discutindo pontos de vista na postagem de alguém? Brucutu! Vou ficando mais
doce, deixando o azedo no ar. Bom demais ser velho. Muitos aceitam mesmo não
querendo aceitar.
Vou me demitindo e partindo, indo
prús raio que o parta! Abraços fraternos, um aperto de mão, mas como vou
abraçar e apertar a mão do fantasma sem foto, a cara do gato, do cachorro ou do
papagaio? Gente mil desculpas. Cada um tem livre arbítrio para ser o que quiser!
Excelente carnaval. No lugar dele eu preferia um bom e ótimo acampamento
escoteiro. Este sim iria me fazer vibrar!
Nota – Meu comentário de hoje é que se
você tem no seu perfil a cara do seu gato, do seu cachorro ou do seu papagaio,
não leia esta crônica não vale a pena. E se não tiver foto no seu perfil
cuidado, pode um dia virar fantasma e sair por aí!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado pelos seus comentários