Conversa ao
pé do fogo.
Está faltando
motivação em sua patrulha?
Caros monitores de
patrulha.
Estou escrevendo este pequeno
adendo pensando que alguns de vocês podem estar sentindo-se desanimados, vendo
suas patrulhas a cada reunião mais e mais perdendo a motivação. Isto já
aconteceu em minha patrulha muitas vezes quando eu era da idade de vocês. Chega
uma hora que os jogos as atividades aventureiras vão perdendo aquele sabor que
tinha no inicio quando começamos nossa jornada no escotismo. Passado o tempo
muitos já pensam em outras responsabilidades na vida pessoal, aquela conversa
franca já não está mais adiantando. O Conselho de Patrulha virou uma rotina de
um pequeno papo e todos querendo ir embora, pois outro programa os espera. Sei
que a maioria dos meus irmãos chefes escoteiros vêem com preocupação e tentam
ao seu modo animar ou mesmo conversar com os rapazes e moças mais velhos da
patrulha e que podem sim motivar a patrulha para que ela não desista do seu
ideal.
Muitas vezes isto acontece por
nossa causa, nós chefes também temos aquele dia de desanimo, de cansaço, de um
trabalho exigido demais na nossa vida profissional e familiar. Dizer que alguns
assuntos só podem ser resolvidos pelos pais é jogar nas costas deles muitas
coisas que nesta missão nós prometemos seguir e enfrentar. Assim não sei se é a
melhor solução. Uma vez meus caros monitores me embrenhei em plena mata, com os
monitores a procura de achar a melhor solução para dar uma nova vida, uma nova
alma aos escoteiros da patrulha. Foi bom, pois ficamos ali por dois dias só em
função de achar o caminho do sucesso que poderia dar novo animo a patrulha.
Sempre soube deste que me entendo por Escoteiro que você pode ficar com um
jovem por anos a fio na tropa sem conhecê-lo em profundidade e em três ou
quatro noites de acampamento saber tudo sobre ele.
Já ouvi de muitos monitores
dizerem que alguns patrulheiros se mostram aborrecidos e desalentados com as
atividades e que a estes faltam o espírito Escoteiro que todos nós buscamos.
Até posso compreender a aflição de um monitor ao ver que a patrulha não anda,
não deslancha e a tristeza é maior quando no sábado alguns passam a faltar sem
uma boa explicação. Um dos monitores disse aos demais que as Atividades de
Patrulha estavam deixando a desejar. Ele não sabia como fazer para entusiasmar
novamente a todos os patrulheiros. Só sei que ficamos quase uma noite em volta
de uma fogueira, muitas vezes em silêncio olhando as estrelas no céu sem
ninguém ter uma boa ideia, uma boa sugestão para que tudo voltasse como antes.
Um deles me chamou a atenção para um fato – Será que nós monitores não temos
culpa? Qual o exemplo que estamos dando? Outro se perguntou quantos Lis de Ouro
a Tropa teve nos últimos dois anos. Isto gerou uma discussão gostosa e que as
perguntas apareciam e as respostas também. O desanimo poderia ser pelas
especialidades, pelas etapas, pelos cordões e até mesmo pelas estrelas de
atividade que estavam rareando.
Chefe! – Disse um dos
monitores, na minha patrulha apesar de todos os meus esforços não consigo que
os meus escoteiros se compenetrem dos seus cargos, Parece que só vão por aonde
eu vou e fazem o que eu faço... Todos nós ali em volta da fogueira olhamos para
o monitor e olhamos para dentro de nós mesmos. Como acertar sem conhecer os
desejos e as dúvidas de cada um deles? Como educar e forjar caráter se não
conhecemos bem a cada um dos nossos comandados? Estas ponderações resultou numa
animada discussão ali naquela floresta, sob um fogo que estava quase apagando não
sei se por causa do calor de uma discussão gostosa que acontecia. Muitos se
entusiasmaram de tal maneira que disseram para se próprio que era hora de
mudar.
Chefe! Podemos passar uma
noite em um acampamento com nossa patrulha? – Pensei que sim desde que tomada às
providencias necessárias, em local escolhido a dedo, próximo a um sitio bem
formado, quem sabe cercado e deixá-los viver por um dia e uma noite a certeza
que haviam crescido e queriam se conhecer. Se este fosse o remédio porque não
tomá-lo? Eu sabia que não seria a solução final, mas deixar que se entendessem
que se conhecessem e que aprendessem a se respeitar seria um enorme passo para
ajudar na motivação que tanto os monitores se ressentiam e que gostariam que
agora tudo fosse diferente. Disse eles que para isto acontecer eu faria duas
visitas ao acampamento para ver e sugerir prováveis desvios. A partir daí faríamos uma grande competição
por três meses, com prêmios aos que atingissem um patamar de eficiência, lutar
para que as patrulhas se enfronhassem mais nos distintivos a que tinham
direito. Era um jogo de todos e não de meia dúzia. Um plano foi elaborado.
Sei que não foi um sucesso
tudo que foi feito, mas sei que foi um caminho que eles mesmos escolheram.
Durante algum tempo a motivação aconteceu e a partir daí com a participação
mais efetiva da Tropa seria sim um caminho a seguir para manter motivada e
unida a patrulha. Sei que para mim foi uma grande lição. Quando confiamos à
resposta será sempre positiva. Como dizia B-P ou somos ou deixamos de ser. A
melhor maneira de manter a patrulha motivada é motivando nossos monitores e
vocês são a alma e o coração da patrulha. Meu caro monitor, eu conto com você!
E olhem, eu desejo hoje uma
fenomenal, uma extraordinária, uma estupenda, uma fantástica reunião de Tropa.
Sempre Alerta! Atividades mil para vocês!
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