Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Conversa ao pé do fogo. Falando por falar...


Conversa ao pé do fogo.
Falando por falar...

-Sobre a promessa.
É fato e repetido que a promessa é no escotismo uma das solenidades mais importante na vida do jovem e do adulto. Ela marca e fica para sempre. Eu não comungo uma renovação de promessa, mas aceito que outros a façam. Afinal minha promessa foi e é para sempre! Não dizemos assim? Sempre achei que o dia da promessa de um jovem ou adulto seria um dia especial. Dia só dele e de mais ninguém. Sem entrega de distintivos, certificados nada. Dois ou mais fazendo a promessa? Sei não. Tenho minhas dúvidas. Se o Chefe da tropa ou alcateia preparou o jovem ou a jovem para este dia, conversou com ele, ouviu dele suas opiniões sobre este dia, então, o dia é só dele. Que este dia seja revestido de solenidades, de tradições de místicas e simbolismo que a sessão tenha criado.

Sobre vestir ou não vestir o uniforme ou vestimenta.
Pensando bem... Temos uma reunião por semana, três ou quatro por mês caso não tenha nenhuma atividade extra. Some isto por um ano, considerando férias e impedimentos. Quantos dias temos para estarmos uniformizados? Poucos muito poucos. Agora usar outra peça que não uniforme fica bem em quem ainda não fez a promessa. Mas os promessados? Dizem alguns que precisamos economizar. Economizar? Uma vez por semana? Quatro por mês? No campo a camiseta tem validade, mas nas inspeções, nos cerimoniais usar outra peça que não uniforme não dá para entender. Já somos tão pouco vistos fora dos muros da sede que nem sei se justifica ir para a reunião de camiseta e sem uniforme. E olhe mesmo na sede com grandes atividades eu não tiraria meu uniforme. É como disse um vizinho meu quando me viu uniformizado: - Uai! Voce é escoteiro? Ainda existem?

Sobre qualidade e quantidade.
Baden-Powell comentou que admitia até 28 ou 32 escoteiros em uma tropa ou mesmo 20 ou 24 lobinhos em uma alcateia. Ele dizia que podia haver gente mais capaz que ele e conseguir formar o que ele não iria conseguir. Sabemos que o nosso movimento é uma fraternidade livremente aceita, não tem caráter de obrigação e onde os chefes atuam com supervisão. Sabemos que nosso método é feito de uma sequência de atividades, adaptadas conforme a idade, exercitadas principalmente ao ar livre, onde ensinamos a ajuda recíproca, confiando a eles responsabilidades pensando que seu caráter se afirme. Sabemos que a prática da demonstração e da descoberta, do aprender fazendo faz parte do nosso método. Sabemos que temos uma responsabilidade enorme para desenvolver o método escoteiro. A preocupação deve ser com a qualidade e não quantidade. Confiar no rapaz para que ele seja responsável pela sua própria educação e disciplina, dar liberdade ao espírito de competição e da aventura é parte importante do nosso programa. Nossa preocupação única deve ser com o jovem em especial.

Sobre democracia.
Vejamos o que Baden-Powell comentou sobre a democracia: - “A maior ameaça a uma democracia é o homem que não quer pensar pôr si mesmo e não quer aprender a pensar logicamente em linha reta, tal como aprendeu a andar em linha reta”. A democracia pode salvar o mundo, porém jamais será salva enquanto os preguiçosos mentais não forem salvos de si mesmos. Eles não querem pensar, desejam apenas ir para frente, seguindo a ponta do nariz através da vida. E geralmente, estes, alguém os guia puxando-os pelo nariz! - Saia da sua estreita rotina se quer alargar sua mente. – Nada mais a dizer sobre a democracia escoteira.

Tradições.
Temos? Não só aquelas tão explicitadas e comentadas. Mas veja bem, repare o destro e sua maneira peculiar de colocar o chapéu e segurar o seu bastão.  Preste atenção e tente entrar na mente do lobinho quando é autorizado a participar pela primeira vez do grande uivo. Olhe com atenção o Monitor ao levar seu bastão, formar e dar o grito da Patrulha. Tente entender um antigo escoteiro que retorna a sede para dar um alô ou um Sempre Alerta. Veja como ele sorri no cerimonial, na oração, na inspeção veja como ele está se sentindo das doces recordações do seu passado. Ele se sente feliz em ver que nada mudou... Isto não seria tradição? E aquela tropa que faz sua promessa em uma caverna? Em uma gruta? E os fogos de conselho cheios de tradições? Sabemos que o que fazemos são meios para atingirmos os fins. Qual? A formação do caráter e do jovem. Quando se cria não se descontrói. Isto chamamos de tradições. A forma mais antiga de se conhecer histórias é através da oralidade. A história contada pelo seu pai, pela sua avó, seu bisavô. Muitas vezes não precisamos de um registro escrito, mas não podemos nunc esquecer nossos mitos, contos ritos e ensinamentos que vieram do passado.

Uma ótima reunião neste sábado. Meu melhor possível, meu sempre alerta e meu servir a todos que estarão reunidos outra vez procurando aprender mais e mais do escotismo Badeniano.
Sempre Alerta.


Nota de rodapé: Um pequeno comentário sobre temas que podem influenciar aos jovens no escotismo: - A promessa Escoteira – Sobre vestir ou não a vestimenta ou o uniforme escoteiro – Sobre a Democracia – Sobre qualidade e quantidade e sobre tradições. Uma pequena pincelada. Nada novo para muitos dos chefes atuantes. Fraternos abraços e Sempre Alerta.

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