Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Os Caqueanos estão voltando.


Conversa ao pé do fogo.
Os Caqueanos estão voltando.

                  Urra! Bravoô! Anrê! Os Caqueanos estão voltando às origens. É bom? Para mim é ótimo, para alguns outros tanto faz e para aqueles que instituíram a vestimenta é sinal de contrariedade. Verdade? Nada disto, estou apenas “farreando” um assunto já gasto e que não importa a quase ninguém do escotismo moderno. O Escotismo que a EB está criando e que a maioria aceita sem pestanejar. Mas isto não é o correto? Acho que sim. Li aqui outro dia um comentário de um Escotista já antigo, daqueles que passaram por muitas funções e que é claro nas suas palavras: A disciplina do escoteiro e do Chefe é ponto de honra para o Escotismo Nacional!

                  Um bravoô para ele! (hoje estou dando muitos bravos, tenho que maneirar). Eu não sou assim, sou meio indisciplinado. Bem melhor explicar para todos entenderem. A disciplina em nosso movimento é fantástica. Mas não temos o direito de discordar? Se tudo que se faz, se modifica se ordena fosse democrático, com consultas, com pesquisas e respeitando a individualidade, eu assino em baixo que a disciplina tem que ser respeitada.

                  Não vou voltar novamente o que penso da vestimenta. Foi imposta e aceita por quase oitenta por cento do nosso efetivo. Ninguém pode confeccionar. Tem de comprar da EB e pronto. Deu-se liberdade para quem quisesse ficar com o caqui e sem pestanejar deram uma guilhotinada no traje. Pobre traje! Mas vá lá que muitos estavam bagunçando o coreto e precisa de uma podada para nos fazer iguais como membros sócios da EB. Sinceramente? Eu até aceito a vestimenta, mas como está sendo usada por alguns, desculpe. Não dá para aceitar. Qualquer um pode ver que a sociedade não nos vê com bons olhos. Porque pelo menos não ter uma norma firme, de apresentação pessoal, sem imitar o que não deve ser imitado?

                 Pois é. Eu fico feliz que os Caqueanos. Eles estão retornando. Muitos orgulhosamente e garbosamente já se apresentam conforme pede o figurino do uniforme. Você não vê camisas fora da calça, não vê meiões caídos, não vê calçado colorido e se orgulha quando um se apresenta na sua melhor pose. Li outro dia um artigo de um entendido em apresentação pessoal que disse: A apresentação pessoal diz muito da nossa personalidade, daí ser tão precioso vestir-se bem. Diz que somos julgados o tempo todo e se não apresentamos conforme a situação pede, podemos ser mal interpretados. Quando você não está corretamente vestido está sendo visto com “maus olhos” pelas pessoas que observam você.

                 Mas vamos parar por aqui. Afinal os “çabios” da EB determinaram como vestir a vestimenta. Abriram mão para a modernidade (?), criaram uma apresentação que foi adotada por muitos e inclusive Velhos Escoteiros como eu. Desculpe, fico triste quando vejo alguém fazendo a promessa, recebendo a IM, liderando um curso escoteiro com a camisa fora da calça, meia curta de várias cores, chapéus ou bonés tirados da imaginação. Ah! Volta a Gilwell? Assim?

                 Mas aí estão eles. Os Caqueanos. Até o chapéu de abas largas está de volta. Estupendamente na molécula craniana. Legal mesmo. Interessante, alguns estados Brasileiros aderiram pouco à vestimenta. Outros ficaram no caqui. Meu estado de origem não se vê nenhum caqueano. Por quê? Ah! Liderança que segue sem pestanejar. E depois me disseram que quem decide é a unidade local. Os grupos. Quantas histórias eu podia contar das imposições, dos elogios dos chefes que já fizeram sua escolha, e os meninos? Sigam o Chefe e sejam felizes.

                 Parabéns a você se veste um caqui ou uma vestimenta com orgulho e boa apresentação. Parabéns a você que se apresenta bem uniformizado. Ainda bem que tem vestimenteiros que sabem usar seu uniforme. Palmas longas e sinceras aos do Mar e do ar que sabem se apresentar bem com suas performances de raízes que nunca perderam. A gente sabe e se não sabe devia saber que a primeira impressão que temos de um escoteiro, é normalmente formada quando você o vê, como ele se apresenta e melhor ainda quando lhe dá um aperto de mão.

                 Eu um Velho Chefe Escoteiro gagá, já mais prá lá do que prá cá, ainda me sinto no direito de dizer: - Sou um caqueano de raízes. Sou um caqueano que ama seu uniforme. Dele nunca irei me separar. Nenhum líder ou Rei irá dizer o que eu devo usar. Ele o caqui fez de mim o que sou. Com ele fui e sou um escoteiro feliz, um acampador emérito, um aventureiro que conquistou o que sempre sonhou para si. Obrigado a Deus e a Baden-Powell por ter me dado o amor escoteiro. Setenta anos escoteirando, setenta e sete vivendo. Ainda bem, pois a felicidade escoteira mora em meu coração.



Nota de rodapé: - O sorriso é fundamental quando nos apresentamos. Cara fechada fecha as portas para o sucesso. Com bom humor e um sorriso você pode conquistar o mundo. A primeira impressão que temos de uma pessoa é quando vemos como está vestida, quando você a cumprimenta, pois este gesto simbólico de satisfação faz parte da nossa maneira de ser. Seja você é um exemplo e mostra a todos que estão a sua volta que sabe se apresentar orgulhosamente quando veste seu uniforme ou vestimenta meus parabéns! 

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