Crônicas de
um Chefe Escoteiro.
Divagando...
A fraternidade.
Dizem-me coisas interessantes. Coisas
escoteiras é claro. Dizem-me tanto que fico pensando se isto é real. Alguns se
ressentem por encontrar um ambiente alegre e fraterno no início e depois aos
poucos tudo vai mudando. O padrão não deveria ser este dizem. – Chefe, há um
desejo de ser alguém, muito mais do que pode ser e isto não pode ser normal.
Onde está nossa lei? Ele ou Ela não sabe que temos uma? Onde anda o primeiro, o
quinto e o décimo artigo? E tantos outros? Porque esta rigidez de comando, de
ser o melhor?
Outros são diferentes. Falam
bem de coisas escoteiras. Dizem que estão no melhor dos mundos, que encontraram
ali sua verdadeira identidade. Que ali tem irmãos e não só amigos, que são
fraternos e que tentam ajudar uns aos outros. Quanto tempo isto dura? Garantiram-me
que para sempre. Dois lados, duas moedas, dois pensamentos duas ações. Um são
infelizes mesmo tentando ajudar outros têm a felicidade presente em cada
momento e isto motiva a fazer o que fazem para sempre.
Porque esta diferença em
agir, em participar com um verdadeiro espírito de eu abraço você, você me
abraça e juntos seremos felizes para sempre? Não foi o fundador que acreditou
que o escotismo podia modificar o mundo, dar o verdadeiro sentido da amizade do
amor da ajuda ao próximo? Fraternidade o que é? Em linguagem simples disseram
que a fraternidade é um conceito filosófico profundamente ligado às ideias de
liberdade e igualdade e com os quais forma o tripé que caracterizou grande
parte do pensamento revolucionário francês: - “Liberdade, igualdade e
fraternidade”.
Temos muitas definições e uma
que me toca profundamente é que a fraternidade significa a união de seres, que
possuem o mesmo objetivo par atingi-lo, mesmo não percorrendo o mesmo caminho
juntos trocam conhecimentos se respeitando mutuamente como irmãos. Mas me
pergunto, no escotismo não devia ser assim? Sei que a maioria tem este pensamento,
mas cá entre nós, tem cada peça de fazer inveja que onde estão e onde atuam mais
atrapalham que ajudam.
Sei não, mas acho que
precisamos dar um passo para que as pessoas se aproximem mais, se respeitem mais
e que esqueçam que não são os donos da verdade. Cada um tem conhecimentos que o
outro não tem. Queira ou não para muitos o escotismo é um bicho de sete
cabeças. Dizem para nós que nada conhecem e esquecem que em seu coração em seu
sorriso em seu abraço tem tanto de escotismo que nos faz bem só em olhar.
Sábio foi Baden-Powell que disse
que mesmos espalhados por todo o mundo os Escoteiros são irmãos. Têm os seus
sinais secretos pelos quais se reconhecem, e são prestáveis e hospitaleiros
para todos. Um Escoteiro seria capaz de te oferecer o que tivesse de melhor
para te dar de comer e para te alojar, mas esperaria tanto que lhe pagasses por
isso como que lhe cuspissem na cara. Um Escoteiro é capaz de sacrificar a sua
vida para salvar o seu amigo ou mesmo para salvar um estranho... Especialmente
se esse estranho for uma mulher ou uma criança.
E ele continua: - Os Indianos chamavam ao Kim o «Pequeno Amigo de Todo o
Mundo», e todos os Escoteiros deviam esforçar-se por merecer esse nome. O
espírito é que conta. A nossa Lei e Promessa de Escoteiros, quando realmente as
pomos em prática, afastam todas as ocasiões de guerras e lutas entre as nações.
Eita BP. Suas palavras
nunca serão esquecidas. Melhor mesmo é esperar a mudança que todos esperamos no
mundo. O Escotismo pode ser a fonte inesgotável desta fraternidade mundial.
Encerrando por aqui. Palavras
simples e verdadeiras nem sempre são muito apreciadas. Vejamos o que disse dois
grandes homens da história sobre a fraternidade: - Não fortalecerás os fracos,
por enfraqueceres os fortes. Não ajudarás os assalariados, se arruinares
aqueles que os paga. Não estimularás a fraternidade se alimentares o ódio.
Abraham Lincoln. E Chico Xavier arremata: - O Cristo não pediu muita coisa, não
exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele
só pediu que nos amassemos uns aos outros. – Simples assim!
Nota de rodapé: - Nos últimos dois
dias tirei um tempo para conversar com alguns amigos e amigas de minha página. Não
foram muitos. “Alguns responderam com monossílabos, outros dizendo o de sempre
– ‘SAPS” e outros dizendo bom dia e boa noite e silenciaram. Em alguns senti
fraternidade em outros frieza. Recebo muitos pedidos de amizade. Aceito todos. Penso
que quando me procuram querem confraternizar e dizer o que sentem do escotismo.
O medo à dúvida de ser abordado de maneira indelicada faz muitos fugirem. Mas
eu me pergunto: - Porque então continuar como amigo na minha página?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado pelos seus comentários