Crônicas de
um Velho Chefe Escoteiro.
Ele era
apenas o cozinheiro, mas um cozinheiro feliz.
Maquidonalde era
cozinheiro da Patrulha Raposa. Não perdia oportunidade para mostrar seus
conhecimentos culinários e suas qualidades de poeta de cozinha. Varapau o
monitor o adorava. Dizia calmamente que sem um bom cozinheiro uma patrulha não
era nada. – Turma vai com calma, deixe-o a vontade. Não critiquem. É um péssimo
cozinheiro aquele que não pode lamber os próprios dedos!
– Maquidonalde sorria e
enquanto fazia aquela macarronada deliciosa deixava a turma do prato saborear
suas palavras: - Patrulheiros, qualquer um pode fazer vocês se deleitarem com a
primeira garfada de um prato, mas só um cozinheiro de verdade pode fazer você
sentir prazer até no último! A patrulha esfomeada ouvia sem dizer nada. – Sabem
que o melhor tempero da comida é a fome? E quando ele dizia: - A boia tá pronta
era uma algazarra um bater de pratos e caneca com sorrisos incontáveis.
Hoje me lembrei de
Maquidonalde. Perdi a conta dos tempos que saboreei suas iguarias. Sabia de
tudo, a cozinha no campo para ele não tinha segredo. Fritava peixes que se desmanchavam
na boca de tão saborosos. Fazia sopas incríveis com Lobrobô do mato, com
Mandioca e até mesmo com maxixe e mamão do mato. Era uma época que ainda
podíamos caçar um quati, um tatu e fritar umas rolinhas na vara do fogão de
barro. Tudo hoje mudou, para melhor é claro. Mas eu ainda dou valor a um bom
cozinheiro. Aquele que além de bom mateiro sabe cativar seus escoteiros com um
manjar gostoso demais!
Belos tempos... Tempos
que não voltam mais!
Nota: - Acampar... Excursionar... Dormir sob as estrelas... Uma bela atividade aventureira! Bom demais, melhor que tudo, quem já faz e experimentou não esqueceu jamais!
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