Cada um
escolhe o seu caminho.
Se você está lendo esta pequena
crônica é porque já leu outras que escrevi. Dei-me ao luxo de em todas elas
dizer o que penso, de escrever a favor ou contra, pois dizem que os velhos
escoteiros tem este direito e que ninguém pode tirar. Verdade ou não aproveitei
a deixa e falo de tudo. Dentro da minha ética não desmereço ninguém. Muitas
vezes fico magoado, mas na maioria das vezes a alegria é maior e isto me dá
forças para continuar. Adotei o escotismo como filosofia de vida há tempos.
Quem sabe desde aquele sábado que minha mãe me apresentou ao Chefe João Soldado
lá pelos idos de 1947. Para dizer a verdade errei muito, mas nunca me arrependi
do que fiz. Sigo aquele ditado que é melhor arrepender-se do que não fez pelas
coisas que fez. Passei por situações difíceis no meio Escoteiro. Enfrentei e
nunca desisti.
Tenho a consciência tranquila, pois
não guardei mágoas de ninguém. Desde pequeno que aprendi que o escotismo é
fraternidade e amor. Se fui um dia sisudo foi para desafiar outros que tentaram
modificar os princípios que sempre acreditei. Não tive inimigos e se existem eu
desconheço. Nos meus alfarrábios conto histórias, crio na imaginação meus
sonhos, mostro o caminho que acredito e tento a minha maneira simplória colaborar
com quem quer aprender. Me meti em tudo no escotismo. Li demais. Participei
demais. Se tivesse forças seria candidato a modificar o que estão fazendo hoje.
Desmanchar este nó górdio que fizeram. Sempre
acreditei em um escotismo irmão, sem imposições onde todos pudessem ter o direito
de se expressar, de votar e ser votado apesar de que tentam nos enganar dizendo
que hoje é assim.
Costumo dizer que houve muitas invenções. Criaram
situações copiadas ou da sua imaginação ou colando fatos de outros países que
se julgaram moderno. Não me prendi as nuances e nem na crença dos que estão ai
dirigindo os destinos escoteiros no Brasil. Meu tempo e meu passado já viu
muitos como eles, saltando valores e criando outros a bel prazer como se
estivessem escrevendo a história escoteira. Qualquer um em sã consciência pode
ver que nos últimos quarenta anos os resultados não aconteceram. Nunca fomos
tão esquecidos pela sociedade Brasileira. Se hoje entre os pares da mesma
crença se fala muito se apegue muito a sua nova filosofia, fico pensando daqui
a quantos anos eles ainda estarão aqui com os mesmos princípios e os mesmos ideais.
Criamos uma raça de sonhadores.
Muitos com seus valores a dizerem que agora tudo vai mudar. Discute-se nas
paginas das redes sociais certezas que nunca foram testadas. Outros afirmam que
o caminho deveria ser outro. Aprenderam agora e já são suprassumos na filosofia
de Baden-Powell. Aqueles que poderiam mesmo ajudar foram colocados à margem da
historia. Uma pequena plêiade de homens se julgaram possuídos dos mais altos
conhecimentos para tudo mudar. Não perguntaram a ninguém se este era o caminho
a seguir. Nunca em tempo algum pesquisaram consultaram para saber o que deu e o
que não deu certo. Se a Sociedade mudou não foi porque foi informada. A
pequenez do marketing ficou por conta de uns poucos que ainda acreditam que
este movimento tem um valor sem igual.
Costumo contar histórias de
meninos e meninas sonhadores, criadores de novas filosofias e concepções de
vida. Nos meus contos nem tudo tem um final feliz, pois ainda não chegamos na
perfeição desejada do ser humano. Não me meti em outras plagas, se o fiz foi brincando
de fazer, seja com políticos, sobre a sociedade, sobre os destinos da
humanidade tudo sem eira e nem beira, pois mesmo me considerando um inculto, um inepto das letras sempre voltei
ao que amo e que sempre amei nas asas de imaginação de um Escoteiro. Meu tempo
vai passando. As engrenagens mesmos sendo lubrificadas não podem mais ser trocadas.
Olho a minha ampulheta do tempo e vejo que não estarei presente em um final
feliz ou não. Queria aplaudir a ideia de um homem criou e lutou para mostrar
que podemos fazer um mundo melhor.
Não irei interromper nunca minha
escolha pessoal que fiz ao me dedicar sem ofender um escotismo que acredito.
Sempre irei dizer que alguns homens probos na lide escoteira se esqueceram que
uma associação sem memória é uma associação sem futuro. Ainda tenho muito a
aprender. Não sou um Lider nato, não sou um Velho Lobo e nem um chefão. Não
tenho cargos, e nem sou um líder nacional. Aprendi a não me privar da lealdade,
da sinceridade, da ética e da palavra. Meu escotismo sempre foi simples, espontâneo,
aberto a criatividade procurando ver que o mundo tem suas alegrias, seus
coloridos e suas surpresas. Nunca deixei que me amarrassem a normas que
pudessem me prender a caminhos que não escolhi. Sou livre, sou Escoteiro do
mundo, não estou preso a nenhuma sociedade ou associação que desconhece o livro
arbítrio e não deixa que cada um possa dizer o que quer e fazer mesmo assumindo
suas responsabilidades.
Nada mais a dizer.
Chefe Osvaldo.
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