Crônicas de
um Velho Chefe Escoteiro pateta!
Se hay
Gobierno soy contra! Se no hay tambien soy contra!
(“Soy contra” costuma ser associada ao
anarquismo, uma filosofia que vê todas as formas de autoridade governamental
como desnecessárias e... É uma utopia concretizável só no âmbito do grupo.
Anarquismo e anarquia tem outro significado: - Falta de organização e/ou
liderança, confusão, bagunça).
Preciso me policiar. Tem hora
que pareço radical e tem outras vezes que sou sensato demais. Pois é, nem tanto
mar nem tanto terra. Quando publico um artigo que agrada há alguns, quase
ninguém comenta. Se desagradar aos Politicamente Corretos lá vêm críticas,
discordâncias e o escambal. Já disse que tenho “espírito de porco” sou um Robin
Wood às avessas, e por isso mesmo me abstenho de defender ou participar do
poder. Não entro e evito entrar na seara da politica brasileira, Não é meu
metier. “Porca lá Miséria”! Afinal a vida passa, vou aprendendo na Escola da
Vida e procuro ser aluno exemplar.
Francamente? Não gosto de
polemizações de poucos. Um punhado de dois ou três martelando suas premissas
sempre querendo ser o último a dar seu testemunho para provar que estou certo
ou errado. Uma vez pensei em convidar uma boa turma de Politicamente Corretos e
aqueles que levaram no lombo as crises que passaram no escotismo de
Baden-Powell. Sou macaco velho. Já fiz isto no passado diversas vezes. Choveram
ameaças, advertências, intimidações e coisa e tal dos mais chegados ao poder.
Eles não aceitam críticas. De jeito nenhum.
Muitos acham que meus escritos
atingem uma gama enorme de leitores. Engano. Muitas vezes sei que falo para uma
minoria silenciosa e muitos deles nem entendem o que quero dizer. Outros têm
outras prioridades e até mesmo aqueles que me escrevem contando seus percalços
na sua lide escoteira nada dizem quando deveriam dizer. Mas e daí? Não vou
jogar o Escoteirinho de Brejo Seco e nem mesmo seu Chefe Zé das Quantas na
fogueira ou na toca do Chery Kaan.
Eu já roí a corda do
tempo, não tenho mais desejos de poder, de ser o que não sou. Mas apimento onde
possa arder meus comentários sobre o escotismo atual. Doa a quem doer. Claro
que um dia vou parar. Quando esticar as canelas ou quando sentir que os
resultados aconteceram conforme pensou Baden-Powell quando criou o escotismo.
Queira ou não os expertos e experientes lideres digo com algum diminuto
conhecimento: Nossos resultados são pífios. “Sempre um ou outro tentando
exaltar uma nova safra de dirigentes, mas repito: - Nada de novo no Front”!
A celeuma aconteceu quando
comentei sobre Condecorações. Uns diziam que não precisavam outros que elas
tinham validade e os mais chegados ao poder diziam que não tem almoço grátis.
Perguntem ao Chefe Zé das Quantas. Ele não conseguiu esta façanha. Nunca
recebeu e nunca irá receber nada. Outro diz que é necessário, que as sedes
próprias regionais devem existir. Esqueceu-se de dizer que se cobra para tudo.
Nada de benevolência ou mesmo tentar empatar a despesa com a receita.
E ficam eles martelando, tentando
explicar. Moço! Vá explicar ao Zé das Quantas que nunca ganhou e nem chora por
isso. Vá explicar ao Escoteirinho de Brejo Seco! Eles acampam com quaisquer dez
tostões, ganham bambus que dizem custar os tubos, fazem amigos nas fazendas,
nos sítios e tem mil lugares para acampar. Agora acampamento de rico é outra
coisa. Tudo pago até as quentinhas são orientadas por uma nutricionista. Não
tem mais Pioneiría a não ser para fazer aquele célebre banho no barro. Logo
termos cursos escoteiros para nutrição escoteira e como se barrear sem fazer
força.
Pois é Fumanchu o cozinheiro de
minha Patrulha em outras eras já era! Ufa! Acho que está na hora de meter a
viola no saco e despachar minha mente para o Tibet. Lá tem Xangri-lá a cidade dos
sonhos e da felicidade perfeita. E você meu caro leitor emérito defensor da
elite escoteira, que só lê quando escrevo o que não gosta o que acha que estou
errado desculpe. Afinal você participa de um grupo padrão, cheio de gente
endinheirada, nasceu em berço de ouro, têm medalhas as pencas, (sei que merece)
fez escotismo de automóvel não sabe como é não ter tutu nem para pagar o ônibus
até a sede. Ou vai a pé ou de bicicleta. Mas e daí? Quem se importa? A EB a UEB
e outras firulas de siglas que ainda vão inventar?
– Cala-te boca! Em vez
de fechar a matraca eu devia me penitenciar aos donos do poder e bater
palminhas tirando do meu salário mínimo uns vinte paus para que eles enricassem
mais! Como diziam ao Cesar o imperador de Roma? Levantando a mão direita e grita:
Ave Cesar! Os que vão morrer te saúdam! Ban! Vai puxar o saco assim lá no “cacha
prego”.
nota - Vendo alguns poucos se doendo nos meus
escritos, principalmente sobre as Condecorações, pensei com meus botões o porquê
eles não fazem o mesmo com meus contos. Caramba! Um punhado de um ou dois resolveram
explicar o inexplicável. Chega de se doer pela pobre UEB e martelar que não tem
almoço grátis. Mas que chatice! Será que isto vai mudar as concepções dos sem
medalha? Dos sem dólar? Dos sem barracas e dos sem sede? Poxa vida. Acho que
falo demais. Chega de me dar conselhos. Estou velho demais para isto. Quem sabe
preciso me policiar, pois tem até um que disse o que eu não disse. Direito de
resposta? Excelência! Pode me ceder a palavra?
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