Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro pateta! Se hay Gobierno soy contra! Se no hay tambien soy contra!


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro pateta!
Se hay Gobierno soy contra! Se no hay tambien soy contra!

(“Soy contra” costuma ser associada ao anarquismo, uma filosofia que vê todas as formas de autoridade governamental como desnecessárias e... É uma utopia concretizável só no âmbito do grupo. Anarquismo e anarquia tem outro significado: - Falta de organização e/ou liderança, confusão, bagunça).

                Preciso me policiar. Tem hora que pareço radical e tem outras vezes que sou sensato demais. Pois é, nem tanto mar nem tanto terra. Quando publico um artigo que agrada há alguns, quase ninguém comenta. Se desagradar aos Politicamente Corretos lá vêm críticas, discordâncias e o escambal. Já disse que tenho “espírito de porco” sou um Robin Wood às avessas, e por isso mesmo me abstenho de defender ou participar do poder. Não entro e evito entrar na seara da politica brasileira, Não é meu metier. “Porca lá Miséria”! Afinal a vida passa, vou aprendendo na Escola da Vida e procuro ser aluno exemplar.

                Francamente? Não gosto de polemizações de poucos. Um punhado de dois ou três martelando suas premissas sempre querendo ser o último a dar seu testemunho para provar que estou certo ou errado. Uma vez pensei em convidar uma boa turma de Politicamente Corretos e aqueles que levaram no lombo as crises que passaram no escotismo de Baden-Powell. Sou macaco velho. Já fiz isto no passado diversas vezes. Choveram ameaças, advertências, intimidações e coisa e tal dos mais chegados ao poder. Eles não aceitam críticas. De jeito nenhum.

               Muitos acham que meus escritos atingem uma gama enorme de leitores. Engano. Muitas vezes sei que falo para uma minoria silenciosa e muitos deles nem entendem o que quero dizer. Outros têm outras prioridades e até mesmo aqueles que me escrevem contando seus percalços na sua lide escoteira nada dizem quando deveriam dizer. Mas e daí? Não vou jogar o Escoteirinho de Brejo Seco e nem mesmo seu Chefe Zé das Quantas na fogueira ou na toca do Chery Kaan.

                Eu já roí a corda do tempo, não tenho mais desejos de poder, de ser o que não sou. Mas apimento onde possa arder meus comentários sobre o escotismo atual. Doa a quem doer. Claro que um dia vou parar. Quando esticar as canelas ou quando sentir que os resultados aconteceram conforme pensou Baden-Powell quando criou o escotismo. Queira ou não os expertos e experientes lideres digo com algum diminuto conhecimento: Nossos resultados são pífios. “Sempre um ou outro tentando exaltar uma nova safra de dirigentes, mas repito: - Nada de novo no Front”!

               A celeuma aconteceu quando comentei sobre Condecorações. Uns diziam que não precisavam outros que elas tinham validade e os mais chegados ao poder diziam que não tem almoço grátis. Perguntem ao Chefe Zé das Quantas. Ele não conseguiu esta façanha. Nunca recebeu e nunca irá receber nada. Outro diz que é necessário, que as sedes próprias regionais devem existir. Esqueceu-se de dizer que se cobra para tudo. Nada de benevolência ou mesmo tentar empatar a despesa com a receita.

              E ficam eles martelando, tentando explicar. Moço! Vá explicar ao Zé das Quantas que nunca ganhou e nem chora por isso. Vá explicar ao Escoteirinho de Brejo Seco! Eles acampam com quaisquer dez tostões, ganham bambus que dizem custar os tubos, fazem amigos nas fazendas, nos sítios e tem mil lugares para acampar. Agora acampamento de rico é outra coisa. Tudo pago até as quentinhas são orientadas por uma nutricionista. Não tem mais Pioneiría a não ser para fazer aquele célebre banho no barro. Logo termos cursos escoteiros para nutrição escoteira e como se barrear sem fazer força.

            Pois é Fumanchu o cozinheiro de minha Patrulha em outras eras já era! Ufa! Acho que está na hora de meter a viola no saco e despachar minha mente para o Tibet. Lá tem Xangri-lá a cidade dos sonhos e da felicidade perfeita. E você meu caro leitor emérito defensor da elite escoteira, que só lê quando escrevo o que não gosta o que acha que estou errado desculpe. Afinal você participa de um grupo padrão, cheio de gente endinheirada, nasceu em berço de ouro, têm medalhas as pencas, (sei que merece) fez escotismo de automóvel não sabe como é não ter tutu nem para pagar o ônibus até a sede. Ou vai a pé ou de bicicleta. Mas e daí? Quem se importa? A EB a UEB e outras firulas de siglas que ainda vão inventar?


              – Cala-te boca! Em vez de fechar a matraca eu devia me penitenciar aos donos do poder e bater palminhas tirando do meu salário mínimo uns vinte paus para que eles enricassem mais! Como diziam ao Cesar o imperador de Roma? Levantando a mão direita e grita: Ave Cesar! Os que vão morrer te saúdam! Ban! Vai puxar o saco assim lá no “cacha prego”.       

nota -  Vendo alguns poucos se doendo nos meus escritos, principalmente sobre as Condecorações, pensei com meus botões o porquê eles não fazem o mesmo com meus contos. Caramba! Um punhado de um ou dois resolveram explicar o inexplicável. Chega de se doer pela pobre UEB e martelar que não tem almoço grátis. Mas que chatice! Será que isto vai mudar as concepções dos sem medalha? Dos sem dólar? Dos sem barracas e dos sem sede? Poxa vida. Acho que falo demais. Chega de me dar conselhos. Estou velho demais para isto. Quem sabe preciso me policiar, pois tem até um que disse o que eu não disse. Direito de resposta? Excelência! Pode me ceder a palavra?

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