Uma Crônica
de final de ano.
Feliz Natal
Escoteiros... Um Ano Novo cheio de amor e paz!
O ano vai chegando ao fim. Não sei analisar
se foi bom ou ruim. O Brasil passou e passa por mudanças que podem gerar
frutos. A politica foi desnudada e apresentada aos brasileiros como ela é.
Falta de credibilidade e homens que deviam ser exemplos de ética e honra, mas
mostraram que seu caráter não era o que pensávamos ser. Será que isto sempre
foi um fato em nosso país? Já tivemos no passado homens que podíamos orgulhar? Em
minha opinião sim. O ontem não é mais o hoje e o amanhã existe a possibilidade
que tudo ira mudar.
E o Escotismo? Não sei. Para mim
tem uma nebulosa a minha frente que não dar para ver o seu futuro. Nunca
desisti de comentar o que penso. Tornei-me em alguns momentos uma voz perdida
na comunidade escoteira. Muitos discordam do que penso e faço. Sabem que não aplaudo
nossos dirigentes. Muitas das minhas ideias são ventos que não se fixam e se
perdem em qualquer lugar. Não aplainam os caminhos onde todos deverão passar.
Há uma crescente de novos lideres que gostam do que fazem. Combatem o
imediatismo e dizem que as ideias de BP já não trazem nada novo nas hostes na
educação moderna dos jovens.
E eles? Sorriem, fazem e desfazem
não se importam com que os outros pensam. São donos da verdade, fazer consultas
aos associados é uma ilusão que para eles não merece credito. O Voluntário
Escoteiro hoje se tornou um joguete da associação. Recebe as instruções e se
quer discordar ou opinar logo são chamados às falas por seu superior hierárquico.
A Corte dos Lords está formada por pessoas que se endeusaram se tornaram Reis e
de seus atos não há discordância e a aceitação é plena e insofismável.
Esqueceram-se do objetivo. O adulto
no escotismo hoje em sua maioria procura também seu lugar ao sol em detrimento
dos jovens. (não todos). Suas fotos, seus atos sua performance se sobrepõe aos
meninos e meninas escoteiras que deveriam ter prioridade. Os chefes turistas
são uma realidade. Qual é o nosso objetivo? Baden-Powell disse que nosso
movimento é uma fraternidade livremente aceita, não tem caráter de obrigação o
adulto só atua com supervisão. Verdade? Basta ler e reler o pensamento de BP no
seu programa e método.
É isso mesmo que estão fazendo? O
mote em dizer que o objetivo é a criança deixa a desejar. Se pensarmos bem, a
rápida expansão do Movimento Escoteiro durante seus primeiros aos foi devido ao
método novo de educação, que se apresentava de uma maneira simples e que atraia
os jovens pela sua própria simplicidade. Recorria a uma linguagem fácil, muito
afastada dos termos técnicos utilizados no mundo pedagógico e sociológico de
hoje. Quem sabe este é um dos motivos para nos meios educacionais não citarem
Baden-Powell ou o escotismo como fonte originária das novas ideias e técnicas.
Para que serve o Movimento
Escoteiro? Qual sua finalidade? Onde entra o adulto nesta maneira simples de
formação? – Ouça os jovens. Converse com eles, fale com eles, aprenda com eles
e deixe-os ir aprendendo a fazer e errando tanto que possível. É isto mesmo que
estamos fazendo? Desculpe, mas poucos ainda se preocupam com isso. Nossos
lideres se contradizem afinal eles fazem diferentes. Mudam, trazem novas
ideias, novas práticas educacionais, formam programas nunca procurando saber se
deu certo. Pesquisas? Não existem Consultas às bases.
Mas vamos voltar ao Natal. Vamos
desejar a todos que aprendamos com nossos próprios erros. Vamos aprender a
respeitar, a tentar entender aqueles que labutam ao nosso lado. Foi um ano até
razoavelmente bom. Pena que muitos se afastaram, magoados pelo tratamento que
receberam. Pena que as admoestações as ameaças e a procura dos meios legais
para silenciar os discordantes ainda não chegaram ao fim. Dizem que não, mas
Baden-Powell está sendo esquecido, seu programa e método já é considerado
arcaico.
Dizem que hoje os jovens não
querem mais o sonho da vida selvagem, do sobreviver nas dificuldades, eles já
sabem o que querem e discordam até mesmo de uma Lei e uma Promessa que não faz
parte do seu habitat. Se o escotismo pudesse mostrar as vantagens das
atividades ao ar livre, seja na mística criada por Kipling em uma floresta com
lobos e outros animais mostrando como podem sobreviver, ou pelo sistema de
patrulhas infalível meio de conviver em grupos, onde se aprender a respeitar
onde cada um aprende que servir não é só uma ideia ou uma palavra. É muito
mais.
Não tenho condições de comparar
o menino do ontem com o menino de hoje. Culpa dele ou do adulto? No presente é
melhor? Os exemplos estão aí. Os mais antigos podem me contradizer ou concordar.
O que precisamos mesmo é uma dose de humildade, de fraternidade, de saber
respeitar para ser respeitado. De perguntar antes de fazer, de ser leal cortês,
ou melhor, dizendo, aprender com nossa Lei tão esquecida por muitos que se
aproximam do Movimento Escoteiro.
Mas deixemos de lado as dúvidas. Feliz
Natal... Mesmo você que me lê e não esta entre meus amigos das minhas páginas,
a você que saiu dela por pedido de um que acha que não mereço crédito. O tempo
vai passando, mais um Natal que passo por ele, não sei quantos ainda irei
passar. “Chover no molhado” faz parte do que acredito. Não bato palmas para
muitos dirigentes escoteiros emplumados. Desejo sim a eles um feliz natal e um
ano novo cheio de paz e amor.
Sempre Alerta! Meu sincero e forte
Abraço Fraterno. “Feliz Natal”
Nota - Perguntaram-me
uma vez para que serve o escotismo. Pensei muito para responder: - Seria uma
escola de formação de caráter? De fraternidade? De ter direitos de pensar e opinar?
Ainda não esqueço as palavras de B.P: - É uma
pena que um homem tenha que viver sessenta anos para adquirir alguma
experiência de vida e a leve para o túmulo, cabendo aos que o seguem começar
tudo de novo, cometendo os mesmos erros e enfrentando os mesmos problemas... Feliz
Natal!
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