Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

quarta-feira, 16 de março de 2016

“O Poder”


Conversa ao pé do fogo.
“O Poder”

                  Poder é o direito de deliberar, agir, mandar e, dependendo do contexto, exercer sua autoridade, soberania, a posse de um domínio, da influência ou da força. Segundo a sociologia, poder é a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros. Existem diversos tipos de poder: - O Poder social, o Poder econômico, o Poder militar, o Poder politico entre outros. O contrário são as necessidades de alguém que não precisa poder, são os chamados educadores. Para ser um é preciso muito mais que ter conhecimento. È preciso ser humano e jamais supervalorizar o intelecto e a razão em detrimento do amor e da emoção. É uma vontade de ajudar pessoas e dar a elas mais oportunidades no futuro.

Entre o Poder e o Educador.

- Chefe Idelfonso Lavosier. Dirige uma Tropa Escoteira de elite em um Grupo Escoteiro muito bem estruturado. Se sente bem. Tem apoio, não precisa se desdobrar para conseguir as necessidades da Tropa. É metódico, sabe onde pisa e conhece a maioria dos jovens de sua sessão. Sabe que seus pais são universitários, ótimo poder aquisitivo, dão uma proteção enorme aos seus filhos, exigem respeito para com eles, não toleram gritos e atividades que venham a prejudicar sua saúde. Ele sabe que qualquer erro seu será chamado à atenção. Já soube de alguns pais que revoltados com a ação de alguns chefes levaram os casos aos tribunais.

- Chefe Marcondes Lusiel. Terminou o segundo grau. Empregado em uma fábrica de parafusos. Não conseguiu ainda ser promovido a encarregado nem supervisor. Acredita que tem condições e seus chefes não reconhecem. Não acredita em tratamento educacional na base do amor e da educação. É constantemente humilhado pelos seus superiores na fábrica. Encontrou no escotismo uma espécie de desforra. Acha que formar caráter é preciso exigir muito mais que os jovens podem dar. Insiste em se mostrar como o dono das ideias. Finge que na Corte de Honra ouve seus monitores, mas no final é ele quem determina e diz o que fazer. Não aceita opiniões, costuma dar palestras por tempo indeterminado. Acredita que bons jogos são aqueles de força, de astúcia e se alguém se machucar é porque não serve para ser Escoteiro.

- Chefe Alessandro Benevides. Insígnia de Madeira. Dirige a Tropa pensando em ter um cargo maior. Sabe que merece. No grupo só ele possuem e mais ninguém. Já pensou em ir para outro grupo. Não foi por causa de sua filha que disse que se saísse nunca mais seria escoteira. É displicente nos programas. Vez ou outra faz algum curso, mas sente um peixe fora d’água com as sessões dadas pelos formadores. Acha que sabe tudo. Ele é quem devia estar ali dando palestras. Comparece em todas as reuniões do distrito e região. Faz amizades com todos, pois sabe que um dia terá que contar com cada um. Não valoriza muito seus monitores, sistema de patrulhas para ele é proforma, pois não acredita muito. Afinal em sua insígnia pouco se falou sobre isto.

Chefe Maria Eugênia Soares. Entrou por causa do filho. Ia todos os dias levá-lo e resolveu ser um deles. Inteligente aprendeu em pouco tempo a mística da jângal, seu desenvolvimento suas normas e crescimento conforme os projetos da UEB. Sabe bem sobre a mística. De assistente foi para Akelá onde atua. Não entende porque a Alcatéia não tem um numero considerável, pois sempre está com oito a doze lobos. A evasão não é grande, mas a procura é quase nenhuma. Participa das reuniões das chefes de lobinhos no distrito, mas as discussões nunca deram a ela as respostas que precisava. É bem vista entre os chefes. Educada nunca eleva sua voz. Sabe tratar a todos com educação e considera-se uma pessoa responsável com boa formação para educar jovens.

Chefe Portland Neto. Formação secundária. Não se considera bonito, mas sabe que seu sorriso destrói qualquer forma de superioridade por parte de outros. Tem uma ótima Tropa com quase vinte e oito jovens. Tem uma evasão menor que dois por cento ao ano. Trabalha com monitores. Deixa boa parte do programa nas mãos deles. Ensina como formar com um sorriso nos lábios, dá a eles seu chifre do Kudu e poder de formar para jogos, palestras, cerimonias e bandeiras. Sempre após a inspeção pede que um dos monitores faça nele uma inspeção também. Não anda abraçado, mas sabe dar um abraço e um sempre alerta que motiva a quem o recebe. Os pais são seus amigos. Sempre o convidam para um almoço, um lanche ou um passeio qualquer. Nunca foi humilde demais, sempre respeitou seus superiores sem badalar, lisonjear ou mesmo adular para ter seus favores.

                                Quem manda aqui? Quem tem o poder? Porque as pessoas buscam o poder? Dizem que o dinheiro não é tudo, no deserto, por exemplo, não serve para nada. Será porque muitos tem o sonho de mandar, de realizar, de comandar e receber elogios, promoções em forma de poder? Isto leva a valorizar mais as amizades, o lado social, os desafios de liderança, ascensão social? Ao contrário quais as vantagens de ser um educador? Somos felizes com nossas atividades de formação de jovens? Quando a semente que plantamos cai em solo fértil é motivo de orgulho? Será que como educadores nos transformamos ao mesmo tempo em fonte de conhecimento? Será que sem perceber nos transformamos ao mesmo temo em ponte e fonte do conhecimento para dar a ele uma razão de viver e ter um futuro melhor? Será que ajudamos o jovem ou a jovem a pensar e com despertamos sua consciência crítica do futuro cidadão para saber cumprir e exigir seus direitos? Fica o sentimento do amor fraternal e a certeza que em muitos corações seremos sempre lembrados.

                               Ter poder ou ser um educador? Grandes homens da história foram humildes sem ter a intenção de mandar. Mandela dizia que para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar. O educador nada mais é que alguém que ensina a fazer o bem, a mostrar o caminho do sucesso aos seus escoteiros e lobos. Nosso fundador Lord Baden-Powell deixou escrito o que achava sobre um Chefe Escoteiro: - “A tarefa do Chefe Escoteiro (que verdadeiramente é interessante) consiste em explorar o íntimo de cada jovem, descobrir a sua personalidade para então encontrar e desenvolver o que é bom, deixando o ruim de lado.” Baden-Powell.


Fim.

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