Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

JORNADA - Fasc.03 e 04


JORNADA fasc.03

Vocês dizem:
- Cansa-nos ter de privar com crianças.
Têm razão.
Vocês dizem ainda:
- Cansa-nos, porque precisamos descer ao seu nível de compreensão.
Descer, rebaixar-se, inclinar-se, ficar curvado.
Estão equivocados.
Não é isso o que nos cansa, e sim, o fato de termos de elevar-nos até alcançar o nível dos sentimentos das crianças.
Elevar-nos, subir, ficar na ponta dos pés, estender a mão.
Para não machucá-las...
                                                     JANUSZ KORCZAK

AO CHEFE DA TROPA - É ELE O RESPONSÁVEL PELO ADESTRAMENTO PROGRESSIVO.

Capitulo I
     - “Avistamos o coqueiro ao longe. Não havia a menor dúvida que era o ponto marcado no pequeno mapa que nos foi entregue pelo Chefe da tropa. Tínhamos percorrido pouco mais de 10 km. Nosso percurso estava correto e nosso Passo Duplo tinha dado a distancia exata com poucos erros na metragem. A satisfação aflorou em nossa mente e um pequeno sorriso ajudou a saborear a jornada naquela tarde seca, mas gostosa para uma aventura de Primeira Classe”.
     Quem nos contava esta “aventura” eram dois escoteiros da Patrulha Javali, que tinham causado um grande reboliço, devido terem extrapolado em mais de oito horas o término da jornada, conforme determinações do Comissário Distrital.
     Haviam-se passado duas semanas do evento, mas eles diziam mesmo assim que foi o maior desafio que até então tinham enfrentado.
     Ali sentado, junto a mais quatro jovens, eu o único adulto me divertia com a maneira simples e simpática da historia como era contado pôr eles. Eu me satisfazia em estar junto aos rapazes e a simplicidade com que contam suas grandes aventuras. Isto sempre me emocionou.
- Nosso horário - continuaram - estava perfeito. Fizemos uma pequena parada para uma nova tomada de rumo, e a bússola do meu companheiro, uma velha “Silva” de guerra, marcava sem erro nosso azimute, ponto a ponto. Um pequeno desenho no Percurso de Giwell, e fomos em frente. Chegamos a uma bifurcação, e foi aí que a “Vaca foi para o brejo”.
     Poderia jurar que a posição da bússola estava correta. O coqueiro ao longe me dava esta certeza e meu companheiro também concordava. Pelas instruções, encontraríamos próximo um sitio um pouco afastado da estrada carroçável, onde seria o nosso pernoite.
     Nossas instruções eram explicitas: - consultar o mapa sempre! - Não o fizemos.
     Avistamos o que devia ser o sítio marcado, onde o Chefe já havia contatado antes o proprietário e tínhamos autorização do pernoite. Procuramos o mesmo e este nos recebeu educadamente, se prontificando a ceder instalações ou o terreno, mas notamos que parecia surpreso com a nossa chegada.
     - Montamos um pouco abaixo de sua residência nossa barraca e após um banho em um córrego próximo, aproveitamos o lusco fusco da tarde para dar uma melhorada em nosso relatório, no percurso e o no croqui. A noite chegou, fizemos uma sopa acompanhada de pães. Após aquela suculenta refeição, limpamos tudo, fizemos um pequeno fogo, conversamos e fomos dormir bem cedo.
     - O dia amanheceu com um sol radiante. Estávamos confiantes que tudo caminhava conforme o planejado. Após o desmonte e limpeza do terreno, agradecemos ao proprietário e fomos em frente. Encontramos o coqueiro e a certeza era tanta, que nem consultamos o velho mapa, pois pensamos não haver erro de direção. Andamos uns 4 km, e aí foi que tropeçamos em nossa jornada. A estrada havia acabado. Consultamos o mapa e nada demonstrava onde estávamos. Nosso horário tinha avançado e ficamos preocupados, mas nosso Adestramento não deixava margem de dúvida: - Quando se sentirem perdido, voltem ao ponto anterior.
     - Chegamos ao sítio onde havíamos pernoitado pôr volta das 12 horas. Pela programação, deveríamos encontrar o Comissário e nosso Chefe as 16 hs num ponto determinado do mapa. Nosso erro agora ficou claro. Havia dois pés de coqueiros. Fomos até o segundo e avistamos um novo sítio. Este é que seria o local do pernoite.
     - O mapa agora estava claro. Infelizmente não o consultamos acreditando piamente na nossa intuição. Avistamos uma senhora que nos perguntou se estávamos atrasados, pois ela e o marido nos esperavam no dia anterior. Explicamos o que acontecera e agradecemos. Voltamos ao ponto de partida e aí sim, fizemos uma nova orientação pelo mapa.
     - Nosso relatório era sucinto, mas real. Nada omitimos e só conseguimos chegar ao local combinado pôr volta das nove horas da noite. Encontramos o Comissário e mais alguns chefes mais do que preocupados. Eles tinham pedido ajuda na vizinhança para uma busca completa e até aquele momento não tinham nenhuma pista. Nossa chegada foi um alvoroço.
     - Estamos aguardando a solução da nossa jornada. O Comissário alegou que não cumprimos todas às etapas.  Entregamos nosso relatório, o croqui e um trabalho pedido sobre a devastação ambiente no nosso percurso.
     - Agora vejam vocês. Preparamos-nos como nunca. Fizemos tudo o que foi pedido, Infelizmente erramos o caminho, mas conseguimos consertar. Para nós valeu. Foi uma das atividades mais gostosas que fizemos. Se não conseguirmos a Primeira Classe, não sei não. Eu ficarei muito chateado.
     Compreendi o que ele estava dizendo. Às normas são claras quanto à jornada. Conhecia o Comissário e ele era novo no cargo e não tinha experiência anterior. Claro que não iria falar isso para eles, mas já tinha a certeza que não seriam aprovados. Estaria certo?
     - Conhecendo os dois como os conheço eu daria sem pestanejar a jornada como aprovada.  
     Alguns dias após, procurei o Chefe da Tropa, pois minha curiosidade estava aguçada quanto à jornada dos jovens.
     Ele comentou sinceramente comigo que eles não seriam aprovados e que não podia fazer nada.
     - agora veja você - falou - preparei pessoalmente a cada um. Ficaram com o Monitor dias e semanas aprendendo leitura de mapas, a fazer croquis, relatórios de jornada e dominavam completamente o assunto. Estavam super animados, pois eram bons escoteiros e dentro da Patrulha o Monitor tinha enorme consideração com ambos. Achei um erro o Comissário não ter destacado outro Chefe que conhece mais o assunto. Não quero criticá-lo, mas você sabe que ele nunca foi Escoteiro quando jovem. O seu Adestramento é mínimo Assumiu sem conhecer nada do Escotismo. Preparou-se com outro comissário e esta foi sua primeira prova de jornada. Pensei até em conversar com ele, mas quando tentei, ele demonstrou logo sua “autoridade” de comissário. Até disse para ele que uma aventura como eles viveram poderia valer mais que tudo na Jornada.
Vai ser difícil dizer a eles que terão que repetir. Claro, são bons escoteiros e aceitarão, mas perderemos com isto um bom tempo no Adestramento de ambos.
     Algumas semanas depois soube que eles repetiram a prova. Desta vez se saíram bem, pois fizeram tudo direito conforme estava escrito.  Mas na segunda vez, não houve aquela “pitada” de aventura, tão desejada e ela sim, é que traz o crescimento e mostra do que o Escotismo é capaz.
     Acreditava que vale mais uma aventura marcante do que uma prova sem surpresas. Uma jornada só teria valor se tivesse algum a destacar. O Comissário não entendeu isto.
O assunto era interessante e o guardei comigo para discutir ou ouvir do “Velho” a sua opinião. Como dizia a Vovó, era um “prato cheio” para ele, pois adorava elogiar tais tipos que “infestam” o Escotismo.
     Bem, domingo vem aí, e vou me divertir e aprender a beça com o “Velho” e o Comissário novato. 
                                                                                 O...PATA...TENRA..


JORNADA   fasc.04

- É tudo como na historia da Bela Adormecida, quem sabe até pior.
A Bela Adormecida ficou dormindo cem anos, mas todos os outros ficaram dormindo também, e acordaram junto com ela:
Os cozinheiros, às moscas, todos os empregados e até o fogo da lareira. Acordaram do mesmo jeito como tinha sido antes.
Eu acordei completamente diferente!.
PARA MEDITAR...
                    PARA QUEM SABE FAZER E QUER ACERTAR.

CAPITULO II

     O Chefe do Grupo convidou o “Velho”.  Ele aceitou. Eu sabia que os dirigentes iriam fingir alegria ao vê-lo, mas só isto. No fundo, a participação dele naquela reunião não era bem-vinda. Sabiam pôr experiência própria, que o “Velho” tinha outras maneiras de interpretar o Escotismo na sua essência e metodologia, divergente dos padrões atuais. Pôr isso nunca o convidavam. Alem do mais, alguns não teriam a chance de  como dirigentes, colocar suas idéias do que aprenderam para os poucos presentes.
     - É necessário que os chefes de Tropa verifiquem com mais cuidado a preparação da documentação de processos para  o Liz de Ouro ou Escoteiro da Pátria. - quem falava era o Comissário Distrital - Estamos recebendo de volta da direção Regional ou Nacional quase todos que foram enviados pôr erros primários. Isto vem prejudicar e muito a entrega dos distintivos que os jovens tem direito.
     Ele evitava olhar para o “Velho” e este sabia disso. Não era assim que ele aceitava às regras do jogo. Para ele, a função do Comissário de Distrito era simples e direta. Deveria ser um Escotista ou Antigo, com conhecimentos técnicos, um amigo em todas as horas. Alguém com experiência suficiente para conversar sobre os problemas dos jovens, ajudar e aconselhar a maneira correta do funcionamento de um Grupo e suas sessões.
     Felizmente nem todos os distritos eram assim. Para ele, deveria ser um cargo eletivo, mas que só pudessem participar aqueles que tivessem “Espírito Escoteiro” e conhecimento advindo de suas experiências de vida.
     O “Velho” sabia que a nova estrutura dispensava o Distrito, mas não aceitava essa realidade. Qualquer um podia ver que os Grupos mal ou bem, quando havia Distritos tinham certa movimentação entre si e dentro da competitividade Escoteira, melhoravam o nível e a fraternidade era uma constante. 
     Agora não. Estavam sozinhos. Mas essa é outra historia.
     A Direção Regional estava presente com um Assistente de Ramo. Os Grupos se fizeram representar pelos Chefes de Grupos (agora Diretores) e os chefes de Tropa.
     O Assistente Regional tomou a palavra. Jovem ainda tinha entrado como Pioneiro e estava fazendo “carreira” conforme muitos outros, em busca de cargos mais elevados. Como dizia o “Velho”, se tivéssemos salários para este pessoal, a luta seria desigual.
Dissertou sobre como fazer os processos. Levar em consideração às datas destacadas no POR fotos, ficha etc. O “Velho” prestava atenção e eu sabia que no fundo ele mordia a língua para não retrucar.
     Mas não agüentou muito tempo. Pediu a palavra e pôr educação lhe foi dada. Isso contra a vontade. Todos conheciam sua maneira de falar, pigarrear e até estranhavam dele não ter ascendido ainda o seu querido cachimbo.
     - Eu sei que vocês não gostam muito da minha presença. (era curto e grosso) Paciência. Aceitei vir aqui porque ainda penso que os jovens poderão ter tudo aquilo que sonham. Falar do passado ou dizer que o que foi feito deu certo, talvez não vai ajudar. Vocês estão vivendo uma nova era. Pessoas como eu não são bem-vindas. Já deveríamos ter encostados nossas “chuteiras”.
     - Podem até dizer que hoje o mundo é outro, agora tem a TV, o computador e a Internet. Sei que acham que estou ultrapassado e “estou fazendo horas extras” aqui na terra e minha opinião é ultrapassada.
Todos deram boas gargalhadas. - Ainda não fui para o “Grande Acampamento”. Nem sei se vou, pois não tenho muita vontade de ir, ficar junto aquela turma de antigos e velhos não dá para encarar. - Mais risadinhas - Ficaria calado, se estivesse vendo os Grupos funcionando a pleno vapor. Às tropas cheias. Se a evasão caísse para menos de 20%. Se nosso efetivo chegasse à pelo menos um Escoteiro ou Escoteira pôr cada 1.000 habitantes. Nada disso acontece. Vocês sabem muito bem. Não entendo o porquê não querem enxergar a realidade. Paciência.
     - Vejam só, na última semana, dois jovens foram reprovados na Jornada. Motivo? - atraso na chegada. Muitos estão desistindo porque não recebem os distintivos e condecorações que tem direito. É a burocracia a serviço do Movimento Escoteiro. Vale mais o papel do que a palavra do chefe. Nós sabemos perfeitamente, que mais da metade dos processos são montados na ultima hora. Não adianta fingir. Conheço Grupos que tem “gênios” ‘ só para montar processos. Claro é desonesto, mas em cada 10 Títulos Liz de Ouro e 10 Escoteiro da Pátria, afirmo e confirmo que um número considerável é montada. E nossos dirigentes sabem disso. Os jovens podem ser prejudicados?
     - Poderão me dizer que a culpa é do Chefe, mas e o jovem, que culpa ele tem? Desonesto é estes Escotistas que ultrajam nossa Lei Escoteira. Mas isto acontece porque? - Vocês sabem. Os responsáveis não prestam muita atenção se o objetivo está sendo alcançado, devolvem um processo só para provar a eles mesmos que conhecem todas às Normas. Nesta hora, nada vale o trabalho de anos feito pelo Chefe, que não teve tempo de se preocupar com detalhes insignificantes.  O que ele diz não vale. Vale o que ele escreveu.
     - Alguém se preocupou em saber quantos Liz de Ouro e Escoteiros da Pátria são entregues pôr ano? - Uma ninharia. Só recebem aqueles grupos mais preparados burocraticamente. Se não fosse assim, teríamos centenas de jovens recebendo estes títulos. E vejam meus caros, com isto o Escotismo só teria a ganhar! - Centenas, milhares de jovens permanecendo no movimento e ele crescendo, pois vários deles tenho certeza, iriam participar quando em idade adulta. Repito, não me venham dizer que pode haver falsidades. Ou confiamos ou não. Falsidade é a maneira com que ela é feita agora, todos sabem e não dizem nada. 
     Ninguém falava. O silencio era total. - O “Velho” continuou. - O que é uma jornada de primeira Classe? - É uma demonstração de que o Adestramento do jovem chegou ao seu ponto culminante. E olhem que nas grandes capitais ela está sendo substituída em nome do perigo, da marginalidade entre outros.
     O Assistente não se conteve. - Acredito que esta é uma opinião isolada - falou - Estamos fugindo do tema principal. Nossa reunião tem um caráter sério e pretendemos que todos tenham o mesmo conhecimento para evitar erros futuros. Vocês já conhecem o "Velho".  Com todo o respeito, ele parou no tempo e não vê que estamos agora com nova direção e são dirigentes do mais alto gabarito. O efetivo está sendo aumentado, novos estudos estão sendo feitos, os Grupos já estão sentindo a expansão e sabem que nossos dirigentes estão atingindo a objetivos que nunca foram alcançaram no passado.  Às palavras do “Velho” valem para outra época. Vamos continuar, portanto com as explicações do Comissário do Distrito.
     - Arrogante o moço! - falei comigo mesmo.
     - O “Velho” levantou foi até junto ao Assistente e perguntou! - Qual a sua idade filho?
     - 23 anos. - respondeu - Porque?
 - Notei que você é um jovem inteligente, mas que só enxerga até a ponta do nariz! - falou o “Velho”.
     O Assistente ficou vermelho e tentou uma resposta a altura. Ele era da nova safra, daqueles que falam muito para impressionar, mas com nenhuma experiência em tropa ou mesmo ter tido a oportunidade de adestrar jovens e ver se suas convicções se transformaram em realidade no crescimento deles.
     - Calma - muita calma meu filho - falou o “Velho” - Você conhece a Lei Escoteira?
     - Claro que conheço! - respondeu.
     - Ótimo - Então deixe de ser uma “Toupeira” e olhe ao seu redor. O que você vê? - O movimento está pobre e não merece isso. Palavras no papel é uma coisa, a realidade em nossos grupos é outra. Abra seus olhos. Você pode ajudar. Porque não participa diretamente de uma sessão qualquer para poder dizer que tudo está dando certo nesta burocracia infernal? - Para cada jovem que abandonar o Movimento não venha com explicações e procure enxergar dentro de si sua própria culpa.
     O “Velho” se afastou, sentou na sua cadeira e não falou mais nada. Não adiantava.
Os presentes estavam assustados. Não era aquilo que esperavam.
Continuaram com o as informações e explicações. Ali era calar e ouvir! - Escotismo mesmo nada. Democracia nada. Tudo já estava escrito e determinado. Ninguém mais falou.
     O “Velho” também permaneceu calado o restante do tempo. Era sempre assim. Não adiantava falar.  Às discussões, às conversas eram maneiras agradáveis de dizer que havia democracia. Não havia. Vencia aquele que tinha liderança nata e conduzia a reunião de maneira tal que não poderia haver senões. O "Velho" já conhecia aqueles dirigentes. Sempre apareciam como os “salvadores” e depois nada.
  Os demais sempre acompanhavam. No final, era sempre a mesma coisa. Se você estiver disposto a seguir às regras do jogo, seja bem vindo, caso contrario, procure outro movimento para atuar. Se fosse o jogo de BP tudo bem. Mas era o jogo deles com regras novas.
     Numa quarta feira gorda, estava sentado em minha poltrona favorita, e vi que os programas de TV não me interessavam.  Falei com minha esposa que fazia um trabalho extra para sua empresa que iria dar um volta na casa do "Velho". 
     - Ele e a Vovó estavam na Sala Grande, conversando animadamente. Cumprimentaram-me e continuaram a conversar. Não interrompi. Sem querer, entrei no assunto da conversa. Era sobre o convite para uma reunião que ele havia recebido para participar de um debate sobre jornada, processos de Liz de Ouro e Escoteiro da Pátria.
     - Outra vez? E vocês acham que eu devo ir? - acho que sim, falou a Vovó. - Não sei não. Poderia até plantar uma sementinha nestas cabeças duras. Mas nada vai mudar.
     - A esperança é a última que morre - não é você quem diz isto? - falou a Vovó. Está bem. Vamos lá.
     Estranhei do convite. Mas se o convidaram era porque alguma coisa valeu na ultima reunião que participou.
     Ficamos conversando sobre diversos assuntos até tarde da noite. O “Velho” estava alegre e dava grandes risadas em qualquer assunto que tocávamos. O Escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades. Dificuldades não sei, mas que o “Velho” estava alegre estava.
     O Adestramento Escoteiro tem coisas que só a experiência pode explicar. Eu sabia que o “Velho” tinha muito a dar ao movimento. Bastavam “eles" deixarem.  Como dizia minha mulher “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Infelizmente não fiz minha prova de Jornada. Gostaria de ter feito. Não tive a oportunidade. Felizes são os jovens que podem ainda viver esta aventura.
                                                                                       O...PATA...TENRA

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