Historias e estorias que não foram contadas

Historias e estorias que não foram contadas
uma foto, de um passado distante

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

SENIOR, UM DESAFIO - Fasc. 38 e 39


SENIOR, UM DESAFIO  fasc. 38
- Levar-se muito a sério enquanto jovem é o primeiro passo para tornar-se um “PEDANTE”.
Um pouco de bom humor poderá tirá-lo deste perigo e também de muitas ocasiões desagradáveis.
- Aquele que se elogia é, geralmente aquele que necessita de ajuda;
- Um cidadão equilibrado vale meia dúzias de extravagantes;
- Muitos querem seus direitos, antes de os terem merecido.
                                 BADEN POWELL

A VOCÊS SENIORES, QUE ESTÃO FAZENDO DA AVENTURA A REALIDADE DE SEUS SONHOS!

CAPITULO I

- A carta foi entregue ontem. Achei interessante, pois aqui na cidade, vendo falar das maravilhas do modernismo e das novas tecnologias a nosso serviço, ainda senti que a natureza sempre fará parte da vida do homem, esteja ele em qualquer século do passado ou futuro. - quem falava era o "Velho".
A Sala Grande estava iluminada naquela noite de dezembro, numa quarta feira, no meio da semana, pois a vista do "Velho" cansada e seus óculos fortes precisavam de iluminação o que não acontecia nos outros dias em que o visitava.
Ele achou interessante o tema da carta, seu linguajar e a sinceridade do antigo Sênior de uma tropa que  colaborou há tempos atrás.
- Prezado "Velho" - começava a carta - : Até parece que foi ontem que estivemos junto naquela tropa, onde as lembranças nunca mais sairão da minha mente.
- Não sei porque resolvi escrever para você, já que tenho um sem numero de amigos para me comunicar nas diversas regiões desse nosso pais. Mas achei o motivo. Foi você quem me deu forças para enfrentar em minha vida de adulto um novo desafio no trabalho que estou iniciando.
Aqui estou escrevendo, sentado numa barranca do um velho rio, caudaloso, que nasce em uma serra,  atravessa  três estados  e é considerado o mais longo do mundo entre sua nascente até o mar.
- De vez em quando além dos caiaques, canoas e pequenos barcos, passa uma ou outra “Gaiola” , como é chamada aqui, transportando um “mundo” de gente, bichos e tantas outras coisas que não sei como não afunda. Sua visão lembra os filmes do velho Oeste Americano, daquelas barcaças movidas à lenha, que atravessavam o Rio Mississipi e as belas estórias dos musicais famosos que até hoje ainda fazem sucesso  nos clássicos da Metro, com seus astros inesquecíveis que você não deve esquecer.
- Avisto também os pescadores e suas tranas, varando de margem a margem a procura dos peixes que lhes dão o sustento.
- Dizem que Cristo passou pôr aqui e nunca mais voltou. A seca é forte, o calor chega a 40 graus mas é suportável.
- Sou responsável pôr uma fazenda imensa e aceitei ser o administrador, sem saber sequer reconhecer o garrote macho da fêmea. São mais de 15.000 cabeças de gado. Os ventos que cortam de norte ao sul, as matas, os pastos verdejantes e agora secos, os amigos com que convivo no dia a dia, o nascer e o pôr do sol, marcam qualquer um que sabe admirar a natureza o que difere totalmente da minha vida na cidade. Tudo que aqui vejo e encontro é  visto na prisma de um velho Escoteiro Sênior.
- É uma fazenda de cria, recria e engorda, não tem outra cultura a não ser o milho e a cana, que serve para ração que fazemos anualmente em silos próprios para o gado.
- "Velho", você não sabe como me sinto, solto em um cavalo na frente da boiada, abrindo uma tronqueira, seja na lida simples do manuseio entre piquetes, ou levando para a curralama, vendo atrás de mim aquele mar de chifres,  a poeira subindo aos céus e os vaqueiros aqui e ali gritando - : “Vamo Risoleta, Vai aí Redonda, oia vaca veia fia da mãe!”
- Passo pela cruz fincada à beira da estrada, me benzo e peço a Deus pela alma daquele que se foi. Olho para o céu  sem nuvens a  procura de alguma previsão  de chuva.
- "Velho", minha família se adaptou maravilhosamente!. Não sabia que neste mundo eu encontraria a verdadeira felicidade no trabalho.
- Como dizia você é um desafio Sênior e eu achei agora que ele valeu à pena. Foi bom ter escolhido e me formado em Administração de Empresas, mas aqui, tive que aprender tudo de novo . A função é totalmente diferente. Mas acreditaram em mim e não vou decepcionar!
- Teria muitas coisas para contar, mas fica para uma próxima vez. Acredito que você gostaria de vir até aqui me visitar e conhecer meu novo habitat, mas os 3600 km que nos separam pode dificultar. O convite está feito. É só avisar.
Até uma próxima vez, do seu amigo e ex-senior, mas sempre Escoteiro!
O "Velho" sentia orgulho quando aqueles jovens entravam em contato com ele. Jovens na maneira simples de dizer, pois todos eles hoje passavam dos 40 anos.
- Foi uma das experiências mais difíceis em minha vida como Escotista. Falava o "Velho". Até hoje estudo com profundidade o ramo Sênior, pois ele além de ser difícil, se choca pela idade com todas as facilidades que são oferecidas aos jovens no mundo de hoje. Você pode confirmar pois é o ramo de menor número, dificilmente chega a  três patrulhas, e olhe que na maioria dos casos é uma só.
- Neste ramo só as atividades aventureiras não bastam. É preciso muito mais. No meu tempo era um pouco mais fácil, mas agora seria necessário uma mudança profunda sem modificar o essencial e para isso, um envolvimento não só dos seniores, mas também daqueles que lutam lado a lado no ramo, sem aquela idéia que sempre me pareceu evasiva, ou seja os seminários e outros encontros, que nunca mantiveram uma linha de definições visando uma temática sem fugir do essencial.
- Os participantes a cada ano se modificam devido à evasão. Tudo que é discutido e aprovado não é testado na sua totalidade dentro do tempo necessário para sentir o resultado. A não ser pequenos detalhes insignificantes, nunca atendem as necessidades da idade.
- Não adianta falar o obvio. Sabemos que as patrulhas funcionam mais democraticamente, os monitores são eleitos pôr um determinado período, e este é decidido em Conselho de Tropa, que nos seniores é soberano. Tudo isso você aprende num bom CAB ou Insígnia Sênior.
- Sem um bom Sistema de Patrulha quando participaram na Tropa Escoteira, existem grandes dificuldades na maturidade democrática e aceitação sem imposição.
- As sugestões que são trazidas pelos mais experientes, se chocam com a fase do adolescente em sua forma de pré-adulto que se julgam possuídos. As atividades quando não são adequadas e não havendo uma perfeita sintonia ou aceitação da liderança, tanto do monitor quanto aos dirigentes, faz com que ele (o Sênior) procure outra forma de diversão e essas estão sendo oferecidas em toda a sua plenitude dentro da comunidade ou fora dela.
- É uma idade difícil, onde surge com mais intensidade a busca do sexo oposto, do Shopping, das Danceterias, do computador e de outras formas de lazer que muitas vezes nos mostra uma transformação errônea na nossa visão de adulto e ficamos sem saber o que queremos deles ou quem sabe, o que eles querem de nos.
- O perigo das drogas, dos outros amigos que surgem sem muita formação e se os pais não estiverem preparados para enfrentar esta situação, o seniorismo pode ajudar e muito.
- Acho que nossa própria estrutura tem alguma culpa dessa evasão tão gritante. Não pretendo discuti-la aqui. Mas existem muitas formas para acertar.
- O primeiro passo se chama democracia. Nesta idade somente ela pode impor através da maioria uma idéia, uma ação e uma permanência que trará dividendo não só ao Sênior, mas a toda a coletividade e o país.
Vovó entrou na Sala Grande, e me cumprimentou efusivamente como sempre fazia. Junto a ela, estava uma amiga de infância e acredito que as duas estavam em um excelente tête-à-tête na ante sala e agora resolveram se juntar a nós. Claro que o assunto foi alterado mas para minha surpresa ele voltou de outra forma e que serviu de aprendizado no trato com jovens nesta faixa etária.
- Meu filho - dizia a amiga da Vovó - é meu orgulho. Nós não tivemos outros (era viúva) , mas vocês não imaginam a alegria quando vi ele recebendo a Insígnia de Escoteiro da Pátria.
- Em casa ele vibra com tudo que acontece na tropa e ter chegado onde chegou. O Escotismo me ajudou e muito, principalmente o Chefe da Tropa, que além de ser amigo do meu filho vai com ele em diversas atividades que eles escolhem  nos fins de semana. Ainda bem que ele é jovem e consegue se aproximar das idéias do meu filho. Se fosse mais velho não sei o que seria. Claro , não posso prever o futuro.
- Nós o conhecemos bem - falou a Vovó, ele já esteve algumas vezes em nossa casa, mas se assusta com o "Velho" - riu - Treme inclusive quando fala com ele - riu de novo.
- Mas o "Velho" não é assim - retrucou a amiga da Vovó - Eu acho ele até simpático e sempre muito educado e prestativo com os jovens!
- Eu sei, eu sei, - era a Vovó quem falava - Mas ele sem perceber mantém uma distancia  e isso não deixa que seu filho se aproxime. A convivência sempre será respeitosa e isso é o correto. O "Velho" nunca seria um amigo íntimo do seu filho. Pode até ser um “aconselhador” o que nem todos os jovens querem.
- Vocês tem razão - falou o "Velho" - Não tenho a idade para  conversar e tentar aproximar minhas idéias junto a jovens nessa idade. É muito difícil para mim. Quando passamos dos 40 anos, começamos a ver o mundo de outra forma. Tento até compreender mas se entro no tema me dou mal. Parece que todos só querem ouvir e penso que estou em um bom diálogo o que no fundo não passa de um monólogo.
- Sei que os jovens gostam de ouvir, mas na maioria ouvem só pôr respeito. Graças a Deus o Escotismo tem também esta parte boa. O respeito com os mais velhos.  Desde a idade de lobinho o jovem aprende isso.
 - Deu um sorriso  e finalizou - Mas pessoas na minha idade tem sua utilidade de vez em quando. Posso chegar e falar sem ser interrompido! E quem sabe pode valer à pena o que digo apesar de ser quadradão!
Lembrei que no outro dia meu horário de trabalho seria modificado. Teria que levantar bem cedo pois um colega estava de férias e eu iria substituí-lo.
O seniorismo é interessante, mas fica para o uma próxima!.
                                                                           
                          O...PATA...TENRA



SENIOR, UM DESAFIO  fasc. 39

Ações falam mais alto que palavras e um sorriso denuncia:
- Gosto de você. Você me faz feliz. Estou satisfeito pôr vê-lo. Um sorriso insincero? - Não, este não engana ninguém.
Todos nós somos capazes de
Conhecer quando ele é forçado!.                                                                                  
DALE CARNEGIE

AOS PAIS, QUE SE INTERESSAM PELA EDUCAÇÃO DOS SEUS FILHOS

FINAL

A brisa da noite era gostosa e convidava a ficar ali apreciando o silencio. O céu estava cheio de estrelas e podíamos ver os satélites que iam e vinham na imensidão do universo.
Aquele fevereiro prometia. Não houve chuvas e o Acampamento Sênior tinha tudo para dar certo pois se o tempo ficasse firme o programa estava fadado ao sucesso!
Estávamos acampados em um parque do Estado, na área mais distante, onde o público não tinha acesso e a floresta de eucaliptos totalmente agreste se misturava a outras vegetações mostrando que quando a  natureza não é interrompida ela  se faz.
Dentro da floresta havia uma antiga estrada de ferro e sabíamos que ligava duas usinas de produção de cimento, hoje desativadas e abandonadas. Três vagões estavam soltos nos trilhos, e servia e muito a diversão nos tempos livres, para que os seniores empurrassem pôr uns 4  a 5 km e deixassem eles voltarem em descida e velocidade compatível até as proximidades dos campos de patrulha. Eles se divertiam à beça e a anarquia organizada era o sabor de aventura e de sucesso na atividade. O que mais divertia, era um antigo poço que abastecia as locomotivas a vapor e que  jorrava uma torrencial cachoeira de água quando aberto o registro. O Banho dos seniores se transformava numa verdadeira festa e os chefes precisavam lembrá-los do programa para que eles abandonassem aquela atividade tão saudável. 
No dia anterior, uma atividade aventureira, programada com antecedência mas em local desconhecido foi realizada. Ela tinha se iniciado com o nascer do sol e terminada ao pôr do sol. Neste período, ficamos nós, três Escotistas durante todo o dia a sós sem a presença dos seniores.
Nesta noite, após uma atividade noturna, alguns se recolheram e outros ficaram ali conversando em volta de uma pequena fogueira e muitos assuntos foram comentados. Sorrisos não faltaram até que o último Sênior resolveu ir dormir.
Ficamos eu e mais dois chefes,  calados, deitados em cima de uma lona, em volta do fogo, olhando o céu, as estrelas, os satélites. A imensidão do universo era um espetáculo à parte. Até um ou outro cometa foi visto varando o espaço onde a vista podia alcançar. Ali estava visível em toda sua nitidez, o “escorpião”, as “três Marias” o “Cruzeiro do Sul” e tantas outras constelações nossas conhecidas.
Um dos chefes comentou sobre a beleza do universo e o total desconhecimento da nossa civilização em saber a mínima parte do que ele é e até onde podemos ir e entender.
Já estávamos filosofando. A grandeza de tudo aquilo era esplendida mas totalmente incompreensível.
Eu, inerte e olhando também para o alto, deixava meu pensamento ficar a vontade, sem forçá-lo a uma busca do desconhecido.
Uma coruja piou num carvalho próximo. Atraiu nossa atenção. Voltamos à realidade. Era um acampamento Sênior mas não podíamos nunca esquecer de tudo que estávamos vendo e que Deus está presente ali em toda a sua plenitude. Só não vê quem não quer. 
Não era o meu primeiro acampamento com os seniores. Ouve outros. Meu aprendizado estava seguindo o curso normal.
Após algum tempo, em que não se pode medir, voltamos à realidade e as conversas e trocas de idéias avançaram altas horas da noite. Comentávamos as dificuldades em manter na ativa aqueles jovens, cujo programa  era difícil de manter. Nosso Conselho de Tropa funcionava muito bem. Quase todos vieram da Tropa Escoteira com exceção de três. Eram três patrulhas com cinco seniores em cada uma. No ano anterior chegamos a quatro mas alguns não continuaram.
De vez em quando apareciam na sede para uma conversa, um papo mas não se mostravam interessados em voltar a ingressar nas patrulhas.
Todos os dirigentes da Tropa Sênior eram jovens, na faixa dos seus 24 a 28 anos, inclusive eu. Tínhamos facilidades em estar junto a eles em atividades paralelas extra sede e suas famílias eram amigas onde sempre fomos bem recebidos. Mas sentíamos a dificuldade em manter um padrão de programas aceito e feito pôr eles.  Se divertiam muito nas atividades e adoravam os acampamentos e excursões programadas mas as reuniões de sede não eram bem sucedidas.
No segundo dia do acampamento pela manhã, tivemos uma bela surpresa. Chegaram três ônibus cheio de jovens, uniformizados e a principio achamos ser algum grupo aproveitando o feriado prolongado. A surpresa foi maior, pois não eram do Movimento Escoteiro e sim Desbravadores. Cerca de 150 jovens, na faixa etária de 9 a 18 anos. Moças e rapazes. Junto, uns 20 adultos, mães, pais e chefes.
Estranharam a nossa presença, mas logo nos entrosamos quanto à divisão do local. Os seniores estavam mais afastados, dentro da própria mata e a chefia um pouco fora da área mais aberta, mais próxima aos seniores. Havia sem problemas local para todos. Mas como seus sistemas diferiam do nosso uma área aberta próximo ao campo da chefia seria essencial.
- Os mais velhos montaram barracas grandes e uma cozinha que deduzimos seria para todos. As atividades mostravam que o Sistema de Patrulhas era totalmente desconhecido.
Alguns ficavam com os menores e outros com os maiores, andavam para ali para lá, cantavam hinos faziam um ou outro jogo e na maioria das vezes ficavam sem fazer nada.
Aos poucos começaram a observar os seniores. Os padrões, o método e querendo aprender  foram se aproximando e as amizades foram feitas com facilidades. No terceiro e penúltimo dia, os seniores já estavam formando patrulhas entre eles, dando atividades técnicas enfim, nosso programa foi totalmente alterado e aceito pela chefia pois era um novo desafio. Não se discutia religião, pois ali a fraternidade falava mais alto.
Até o fogo de Conselho que era considerado uma tradição foi alterado. Fizemos em conjunto com os Desbravadores. Eu que não gosto muito de tais tipos de Fogo de Conselho, me diverti a beça. Para eles foi o máximo.
No último dia participaram conosco na Cadeia da Fraternidade. Uma grande emoção para os participantes. Pelas lágrimas de ambos os lados, sentia-se a confraternização de dois movimentos que parecia um só.
Não sei o resultado para eles, mas para nós foi uma injeção de ânimo que perdurou pôr muitos meses. Durante um certo tempo recebemos as visitas deles assim como as patrulhas também os visitaram.
Passaram-se alguns meses e junto com o "Velho" eu participava de um encontro de Chefes Seniores do Distrito. Claro que não deixei de contar para o "Velho" toda aquela atividade anterior e ele inclusive me explicou como foi que surgiu os Desbravadores. Não só eles, mas outros com nomes diversos, ligados a alguma ordem religiosa.
Pelo que soube, ouve uma cisão entre a Direção e as Entidades Mantenedoras em seus países, no caso algumas igrejas, e surgiu esta organização, tentando fazer um movimento similar ao Escotismo principalmente atividades aventureiras, mas sem a nossa estrutura, Método e Programa.
- Funcionava mais pôr imposição familiar e era  e é uma formula para atrair os jovens na filosofia da igreja. Qualquer atividade aventureira sempre será bem vinda pelos jovens, finalizou o "Velho".
Junto aos presentes o "Velho" era bem vindo. Todos os Escotistas seniores do Distrito admiravam e mantinham uma grande amizade, aceitando e até o procurando para sugestões de atividades.
Era uma reunião informal onde trimestralmente verificava o andamento das atividades distritais programadas e aproveitava-se o tempo para trocar idéias  de  programas efetuados e os seus resultados.
O "Velho" ouvia mais do que falava. Seu Escotismo Sênior era de outra época. Hoje esses rapazes tem dificuldade e muita em assimilar um compromisso semanal, pois muitas outras atividades lhes são oferecidas todos os dias.
Discutimos, conversamos, falamos e o "Velho" só usou uma vez a palavra para nos aconselhar:
 - Vocês já sabem como agir como funciona e como deve ser a estrutura da Tropa Sênior, mas lembrem-se, procurem fazer uma pesquisa que eu já fiz e continuo fazendo: - O número de seniores que abandonam as tropas e que se enveredam pelo banditismo, as drogas ou em atividades contra a lei, é praticamente nulo! - Quase não existe. Tenho visto e posso afirmar que a maioria não tem qualquer vício, até o fumo não é normal em seu meio.
Pôr pior que seja nosso programa atingimos algum objetivo. Os seniores podem até ter  uma ou  outra divergência em suas famílias, mas quando adultos, são leais, sinceros, amigos e sempre se despontam nas suas atividades profissionais pela perseverança e pôr saber que a vida é um grande desafio.
- Podemos não perceber mas o pouco que transmitimos é superior a tudo aquilo que outras organizações podem oferecer. O Trabalho de vocês é muito importante. Vai haver evasão não tenham dúvida. Mas não se preocupem com isso. Nosso papel como colaborador no lar, na igreja e na escola, se bem feito, dá resultado!
- Não quero tomar muito do tempo que  me deram, mas vocês não terão felicidade maior em ver os jovens crescerem, constituir famílias e lembrarem que o Escotismo lhes deu muito. Esta é a alegria do sacrifício de hoje.
Não era o "Velho" que eu conhecia, com seu didatismo e técnicas escoteiras.  Mas assimilei suas palavras. Não precisávamos mudar tudo. Bastava adaptar. Criatividade entre os seniores e os Escotistas seriam as bases para que uma tropa Sênior pudesse funcionar a contendo.
O importante, repito as palavras do "Velho", é o resultado. Este sim, é que vale todo um programa de uma vida dedicada ao Escotismo!.
                            O...PATA...TENRA...
  

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